Comecei A Namorar quando ainda frequentava o colégio. Achava que provavelmente encontraria alguém, em dado momento, por quem me interessasse o bastante para querer desposá-lo. Concluí a faculdade e comecei a lecionar; passaram-se dois, três, quatro anos ....
Durante esse tempo namorei diversos rapazes. Mas acabei me cansando do “jogo do namoro”. Às vezes me esforçava para impressionar alguém para que gostasse de mim, outras vezes descartava mentalmente algum rapaz que eu já tinha decidido não ser “aquele” esperado. Havia também fases em que matutava sobre se o casamento realmento era importante. Vários membros de minha família haviam se divorciado e casado novamente e nem sempre eram felizes. Além disso, as estatísticas sobre casamentos terminados em divórcio não eram nada encorajadoras.
Serei sempre grata à minha mãe por ter me matriculado numa Escola Dominical da Ciência Cristã quando eu ainda era pequena. Ensinaram-me a seguir os ensinamentos de Cristo Jesus a respeito de amar desinteressadamente, de não julgar os outros e de seguir a orientação de Deus, como quando Cristo Jesus instruiu seus seguidores a não buscar as coisas exteriores, mas sim buscar “em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.”
Procurei referências sobre casamento, plenitude, realização e idéias correlatas, tanto na Bíblia como em obras da Sra. Eddy, e elas me deram uma sólida orientação e me ajudaram a ver o que era importante no casamento.
Lembro-me de que certo dia sentia-me insatisfeita e insegura sobre o que o futuro me reservava. Ocorreu-me este pensamento: “Talvez Deus não queira que eu me case!” Pensei então: “Está bem, se essa é a vontade de Deus, então vou fazer o que Deus quer de mim.” Mas não fiquei satisfeita, por que tudo parecia como se Deus fosse um ser humano e eu estivesse sendo obrigada a aceitar um plano humano incompleto. Era como se eu dissesse: “Está bem, então serei mártir.” Mas o pensamento que me veio a seguir, muito enaltecedor, serviu para corrigir a noção de que a vontade de Deus poderia ser menos do que perfeita para com Sua criação. Pensei: “A vontade de Deus é de que você seja feliz.”
Quase fiquei surpresa com esse pensamento; percebi que Deus proveria, e em verdade já estava provendo felicidade para Sua filha. Mais tarde vi que isso estava de acordo com a declaração da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. Não é egoísta; por isso, não pode existir sozinha, mas exige que toda a humanidade dela compartilhe.”
Percebi que se a felicidade é espiritual, não pode vir em quantidade limitada. Não poderia ser dada a algumas pessoas e negada a outras. Também vi que a felicidade não poderia ser restrita aos contos de fadas. Tinha de ser tangível aqui e agora, e numa variedade infinita de maneiras.
Compreendi, então, que poderia ser feliz se me casasse e também poderia ser feliz se não me casasse, porque a “felicidade é ... nascida da Verdade e do Amor.” Ela não vem em decorrência de certos acontecimentos. Se persistentemente confiarmos na Verdade e no Amor, em vez de confiar na personalidade humana, um maior senso de felicidade será sempre evidente em nossa experiência. Uma compreensão da Verdade não pode deixar de ajustar o que quer que seja desarmonioso em nossa vida, pois não há lugar para enganos ou erros na Verdade. A expressão genuína do Amor divino não produz outra coisa a não ser harmonia e satisfação. Sabendo que eu só precisava volver-me a Deus para encontrar a felicidade e que esta não dependia de eu encontrar, ou de quando encontrasse o “príncipe encantado”, parei de cismar, sonhar, esperar e analisar.
Dois ou três dias depois desse estudo e dessa mudança de pensamento, recebi um telefonema de um jovem, explicando que recebera meu número de telefone de um amigo comum e perguntando se eu não gostaria de sair com ele. Quando nos encontramos, não tratei de avaliá-lo como marido em potencial ou como alguém a ser “descartado” (e isso me acontecia pela primeira vez!). Apenas senti-me completamente livre, sabendo que Deus controlava a ambos como Sua criação.
Ao longo dos meses seguintes, esse rapaz e eu descobrimos que tínhamos opiniões afins em muitos pontos importantes e que realmente gostávamos da companhia um do outro. Estamos agora casados há vários anos e nunca cessamos de agradecer pela luz da Verdade que está disponível a cada pessoa, quando buscamos a orientação de Deus.
Natick, Massachusetts, E.U.A.
Tenho a satisfação de confirmar o testemunho de minha esposa. Ela me contou, depois de casados, como havia orado e pensado sobre o casamento, com base na Ciência. Como relatou, um amigo deu-me o número de telefone de Nancy e eu o guardei na carteira por mais de um ano, antes de lhe telefonar. (Eu estava certo dia esvaziando minha carteira quando dei com o pedaço de papel e me senti inclinado a telefonar-lhe.) Como se viu, minha ligação veio logo após o estudo e a oração que ela relatou.
Posso certamente atestar a integridade de Nancy e que seu testemunho retrata a experiência tal como ela me relatara.
