Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Conhecer a Ciência Cristã

Será que estou na direção certa?

Da edição de fevereiro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


A Maioria Das pessoas já deve ter-se confrontado, alguma vez, com a pergunta: “Qual é meu propósito na vida, qual é minha verdadeira carreira?” Ansiamos por ver claramente o caminho a seguir e por encontrar nele plena realização. Contudo, as frias e duras “realidades” da vida às vezes fazem-nos duvidar de que isso seja possível e fazem-nos duvidar ainda mais de que exista um Deus capaz de nos ajudar.

Freqüentemente, nossa vida parece uma série de atitudes desconexas, resultantes em grande parte do acaso ou das circunstâncias. Mas a Ciência Cristã nos ajuda a ver as coisas a partir de outro ponto de vista, com uma perspectiva espiritual que nos mostra que Deus de fato existe, Ele nos ama e podemos encontrar o caminho certo com a orientação de Sua lei. O livro de Provérbios diz-nos de maneira simples: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Prov. 3:5, 6.

Essa idéia é de vital importância, como constatei há alguns anos, quando me encontrava num impasse. Fiz uma lista de minhas opções de carreira conforme minha opinião: A, B, C ou D, como nos testes de múltipla escolha e pedi a Deus que me indicasse a opção certa. A resposta acabou sendo algo que eu não esperava e que não estava em minha lista. Vou contar-lhes o que aconteceu.

Durante alguns anos, meu marido e eu tivemos um conjunto de rock com cinco integrantes. Compusemos várias canções, tocamos em clubes noturnos e chegamos a gravar profissionalmente em estúdio. Achávamos que o caminho seguro para o sucesso, no ramo da música, seria ter um contrato com uma gravadora. Com tal objetivo, preparamos um pacote promocional que incluía: nosso curriculum com as referências, fotografias, letras de músicas e uma fita com canções inéditas. Creio que encaminhamos pelo correio, pessoalmente e através de apresentações, mais de cinqüenta desses pacotes promocionais, mas não recebemos nenhuma proposta. Era difícil aceitar a rejeição mas, convictos de que o rock era o caminho certo para nosso sucesso, continuamos lutando com esse objetivo, como se nada mais existisse.

Finalmente, apareceu uma proposta modesta de gravação. Aceitamos, confiantes de que esse seria o passo inicial para alcançarmos o objetivo tão esperado. Acontece, porém, que a intenção da gravadora era usar o projeto como um meio de pagar menos impostos. O álbum chegou a ser editado, mas não havia planos de promovê-lo em lojas de discos ou emissoras de rádio. O disco tão esperado foi um fracasso. Ficamos arrasados.

Poucos anos antes, eu havia tomado conhecimento da Ciência Cristã e de vez em quando lia o Christian Science Sentinel e o livro Ciência e Saúde, da Sra. Eddy. Por meio dessa leitura, aos poucos eu ia desenvolvendo uma compreensão diferente sobre como procurar a orientação de Deus. Vi que a oração não faz com que Deus fique a par de nossa situação, mas sim coloca-nos mais em harmonia com Sua sabedoria.

Sendo a Mente que tudo sabe, Deus já conhece e supre todas as necessidades reais de Seus filhos. A compreensão mais clara de que Deus e o homem são inseparáveis, que adquirimos por meio da oração, ajuda-nos a perceber que estamos sempre sob o terno cuidado do Criador, sabiamente governados e guiados. Essa compreensão abre-nos os olhos para a provisão que vem de Deus e capacita-nos para discernir Sua direção. Era chegada a hora de pedir humildemente a orientação de Deus, sem determinar quais opções me pareciam mais apropriadas. A resposta parecia ser que deveríamos abandonar a idéia de nos dedicarmos exclusivamente à música. Mas o investimento emocional e financeiro que havíamos feito para chegar àquele ponto era tão alto, que abandonar a carreira naquele momento estava fora de cogitação. Essa resposta não era a que eu esperava. Por isso, a princípio, não lhe dei atenção.

Na Bíblia, há uma história semelhante, de um homem que não estava disposto a ouvir a mensagem de Deus. Seu nome era Jonas, e quando veio a ordem de Deus para que fosse à cidade de Nínive, ele se recusou a obedecer. Talvez ele imaginasse que pregar a Palavra de Deus numa cidade grande e depravada seria uma tarefa impopular e ingrata.

Segundo o relato, Jonas pega um navio para outra cidade. A caminho, um vento muito forte põe o navio em perigo. Lança-se a sorte para ver quem havia supostamente provocado a ira de Deus e causado a tempestade. A sorte recai em Jonas, que reconhece sua responsabilidade e admite sua desobediência. A seu pedido, a tripulação o lança ao mar e um grande peixe o engole. Depois de passar três dias e três noites no ventre do peixe, orando a Deus, Jonas dispõe-se a seguir a ordem de Deus.

Muitos de nós, com certeza, já tivemos experiências como a de Jonas, depois de haver escolhido um caminho que, em nosso íntimo, sabíamos não ser correto. E é provável que, tal como Jonas, tenhamos percebido finalmente que nos livramos das conseqüências das decisões erradas quando damos ouvidos ao cicio tranqüilo e suave da intuição espiritual. Contudo, para ouvir a orientação de Deus, temos de silenciar a interferência da justificação própria e do egoísmo. Às vezes temos até de abrir mão de sonhos há muito acalentados.

Quando aprendemos mais sobre Deus como Amor infinito e sobre nós mesmos como Sua semelhança espiritual, sob o amparo constante de Seu terno cuidado, vemos que Deus realmente tem pleno controle de Seu universo. Vemos que tudo o que nos concerne está sob a jurisdição da lei divina. Compreendemos que não há fundamento na crença de que talvez não sejamos dignos de Sua mensagem nem capazes de recebê-la. Silenciando, pela oração, a vontade própria e o temor, começamos a sentir-nos em paz e a discernir a orientação clara da Mente que tudo sabe.

A Ciência Cristã leva-nos à compreensão de que nada está fora do controle de Deus. Também ajuda-nos a entender a natureza enganosa d crença de que o homem não passa de um mortal que vive precarimente num universo físico sujeito ao acaso. Em realidade, somos a idéia espiritual de Deus, e Ele controla cada uma de Suas idéias. Nunca poderíamos perder nossa condição real de filhos amados de Deus. Não importa a aparência das coisas, a lei divina de progresso e harmonia sempre governa Sua criação.

Quando nos dispomos a escutar, a humilde oração: “Faça-se a Tua vontade, Pai”, pode trazer-nos uma resposta inesperada, uma resposta que talvez não tenhamos previsto humanamente e que não se encaixe perfeitamente em nosso plano pessoal. A obediência a Deus só pode nos abençoar, independentemente das aparências.

Em meu caso, continuei a escutar e a resposta que ouvi foi uma surpresa. Uma amiga falou-me sobre uma oportunidade de emprego realcionado com uma matéria que não fora meu forte na faculdade. Embora não fosse a glamourosa carreira que eu tanto almejava, pareceu-me certo analisar essa oportunidade. A entrevista acabou resultando numa oferta de emprego, que aceitei.

Nos treze anos que passaram, ficou claro para mim que aquele passo inesperado foi fundamental para o início de uma carreira plena de realização. O resultado foi crescimento espiritual, oportunidade de servir à comunidade e suprimento financeiro para minha família. Meu marido e eu ainda nos divertimos muito compondo canções e tocando música com nossos amigos.

Aprendi que a oração traz consigo um ajuste adequado de nossa vida, inclusive em curas físicas. Ela não trata de remanejar a matéria nem de manipular as circunstâncias; ao invés disso, a oração ajuda a trazer à luz a harmonia da natureza de Deus, o bem puro, e o fato de que o homem é Sua imagem e está seguro sob Seu cuidado. Nossos passos rumo ao Espírito tornam-se, assim, mais firmes e seguros. Vemos que não somos destroços bioquímicos flutuando num mar de casualidades. Pelo contrário, começamos a compreender que nossa vida é totalmente espiritual e ordenada por Deus.

Talvez não pareça fácil abandonar a noção generalizada de que estamos sujeitos a acontecimentos que estão fora de nosso controle. Mas, com a ajuda de Deus, podemos lográ-lo, porque nossa vida, em realidade, é mais do que aquilo que o olho vê. Em seu livro Unity of Good, a Sra. Eddy observa: “Agora, esse mesmo Deus é nosso auxílio. ... Ele tem misericórdia de nós e guia cada acontecimento de nossa carreira.” Unity of Good, pp. 3—4. Cada um de nós é essencial para a plena expressão da Mente divina. Ninguém mais pode ocupar nosso cantinho especial no universo de Deus.

Talvez a qualidade de nosso pensamento e de nossa vida seja ainda mais importante do que nossa ocupação específica. Nós podemos ter várias ocupações, mas a única carreira que verdadeiramente não muda é a de filho amado e reflexo fiel de nosso Pai-Mãe.

Cristo Jesus, diante de Pôncio Pilatos, declarou: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” João 18:37. Não importa para onde Deus nos está dirigindo: em qualquer lugar podemos dar testemunho da natureza divina. Quando começarmos a ver nosso propósito a partir de um ponto de vista mais elevado, perceberemos que glorificar nosso Criador, expressando Sua natureza, é o verdadeiro e único caminho para nossa realização.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / fevereiro de 1993

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.