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Seguindo em frente

Da edição de fevereiro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Um Estudante Universitário, tarde da noite, estava se preparando para um exame importante. Havia pilhas de livros à sua volta e papéis espalhados por todos os lados. Parecia que ele estava agindo como qualquer estudante na véspera dos exames. Porém, com o passar das horas, chegou a um ponto difícil em que não conseguia mais ir em frente. Todo esforço que ele fazia para seguir adiante era inútil. Faltavam somente poucas horas para o amanhecer.

Então, algo fora do comum aconteceu. Fora do comum, talvez para quem não está acostumado a procurar soluções espirituais. Ele pôs de lado todos os livros e papéis. Recostou-se na cadeira, sentindo talvez um pouco de desespero, e começou a pensar em Deus. Não foi nada mágico nem complicado, o modo dele se dirigir a Deus. Era simplesmente um coração aberto que sentia um profundo desejo de conhecer a Deus, sentir Sua presença, confiar nEle completamente.

Nenhum raio transcendental se manifestou naquela noite, pelo menos, nada que pudesse parecer assim teatral. Mas uma mensagem muito clara e simples veio-lhe ao pensamento. O estudante sentiu uma profunda convicção de que Deus é Mente. De certa forma, isso não foi propriamente uma surpresa. Ele crescera como Cientista Cristão e um dos ensinamentos básicos postos em evidência por Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, é que a Bíblia nos ajuda a compreender a Deus como sendo Mente, a única origem de toda verdadeira consciência, inteligência e sabedoria.

Algo tocou profundamente o pensamento do estudante, com relação a essa simples verdade de que Deus é Mente. O despontar dessa verdade realmente abriu os becos sem saída, eliminando os bloqueios, os obstáculos, tudo que parecia se opor à sua habilidade de seguir em frente, naquela noite. Aliás, muitas coisas se abriram que tiveram um impacto poderoso e positivo em seus estudos e em sua vida universitária.

Posteriormente, ele descobriu mais sobre o que possibilitara esse avanço, na noite em que se sentira tão inspirado pelo fato de Deus ser Mente. Esta declaração no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, explicou isso: “A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa.” Ciência e Saúde, p. 283.

Muitas pessoas têm de enfrentar situações em que as coisas chegam a um ponto morto. Talvez um atleta lutando contra antigas contusões. Talvez um comerciante cujo estabelecimento esteja na iminência de falir. Marido e mulher que chegaram a um impasse. Alguém que se defronte com um prognóstico médico de que algum órgão está perdendo suas funções. Uma atividade da igreja que tenha encontrado oposição.

De várias maneiras, a existência mortal definiria nossa vida como vulnerável a uma série de obstáculos. Tenta dizer que não há como prosseguir: devido aos músculos, ao dinheiro, à outra pessoa, à doença, ao medo.

Não é que não tentemos lidar com as diversas maneiras pelas quais a materialidade se opõe aos nossos esforços para avançar. Podemos até lutar valentemente. Mas se não nos conscientizarmos da natureza da Mente divina, talvez nos encontremos dando murros em ponta de faca.

Para algumas pessoas, pode soar meio estranho considerar a Mente como “a fonte de todo movimento”. Talvez algum tipo de movimento, isso sim. Mas de todo movimento? Para compreender o que talvez pareça um conceito radical demais, seria bom ponderar esta declaração insistente da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “A Ciência Cristã declara que a Mente é substância e também que a matéria não sente, não sofre, nem goza.” Ibid., p. 414. Isso contrasta fortemente com o que todo o mundo “sabe”, isto é, que a matéria é substância. Contudo, o ensinamento de que a substância suprema, real e permanente é a Mente, em vez da matéria, abre a porta para vencer, através da oração, as coisas que tentam nos impedir de seguir em frente.

A visão que a Sra. Eddy tinha da realidade divina inclui, como um de seus fundamentos, o fato de que a matéria não tem a substância que parece ter. Embora essa teoria não seja nenhuma surpresa para os físicos de hoje, a Sra. Eddy sentiu que não era apenas uma questão da matéria ser difícil de se definir. Ela ensina que a Mente, em vez da matéria, é a base de tudo o que é eterno e autêntico. Olhando desse ponto de vista, o universo que Deus criou se move harmoniosamente, com inteligência, sabedoria e sem obstrução.

O Cientista Cristão considera essa descrição como um preceito fundamentado na Bíblia. Ele acredita que esse preceito é eminentemente prático. O estudante que estava se preparando para o exame sentiu o impacto desse preceito divino, ou lei. Quando vislumbrou a natureza infinita da Mente, ele foi libertado, em certo grau, de sua crença numa mentalidade finita, pessoal, que simplesmente não podia mais lidar com todas as coisas em que tinha de pensar. Ao se submeter, mesmo que um pouco, ao fato de que Deus é Mente, ele foi para a frente, para a compreensão de que, em vez de possuir uma mente pessoal, ele expressava a Deus, a Mente divina. Essa inspiração deu-lhe capacidade para perceber o que era verdadeiramente substancial; começou a dissolver o que, em última análise, não era substancial, ou seja, a crença numa mente que tem limites.

Quando a Sra. Eddy escreveu sobre a “ação perpétua e harmoniosa” da Mente divina, ela também escreveu sobre os limites ou impedimentos que surgem quando aceitamos para nós mesmos uma mente mortal que considera a matéria como substância. Ela diz assim em Ciência e Saúde: “A matéria e seus efeitos — o pecado, a doença e a morte — são estados da mente mortal que agem, reagem e depois param.” Ibid., p. 283.

A mortalidade é, de fato, a manifestação das noções restritivas concebidas por uma mentalidade material. A imortalidade é a realidade observada pela consciência que é a expressão ilimitada de Deus, a Mente divina.

Existe uma conexão entre as coisas que parecem estar paralisadas em nossa vida e o conceito de que nossa mente é mortal. Também existe uma conexão entre uma reverência pura pelo fato de Deus ser Mente divina, onipresente e ilimitada e a superação das oposições, a dissolução dos impedimentos, a remoção das obstruções. Quer o desafio esteja relacionado com o corpo, quer com negócios, ou igreja, o movimento real depende da ação eterna e ininterrupta da Mente divina. Nosso amor cada vez maior por essa verdade pode propiciar um evento libertador.

A mais profunda necessidade é viver nossa vida cada vez mais de acordo com a realidade espiritual. Podemos levar mais a sério a promessa da Bíblia: “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Atos 17:28. O verdadeiro movimento tem sua origem em Deus, na Mente. Os bloqueios são conceitos que, não importa que formas possam tomar em nossa vida, têm sua origem na crença de que vivemos, nos movemos e existimos na matéria.

A Mente é a substância de nossa vida, de cada função de nosso ser espiritual semelhante a Deus e de cada atividade, na boa criação de Deus feita à imagem da Mente, não da matéria. A humildade que nos faz começar a admitir de coração e com simplicidade essa verdade espiritual, também traz liberdade, traz a habilidade de ir em frente, não somente em termos humanos, mas em nossa expressão e compreensão da realidade divina.

Com a sabedoria edifica-se a casa,
e com a inteligência ela se firma;
pelo conhecimento se encherão as câmaras
de toda sorte de bens,
preciosos e deleitáveis.

Provérbios 24:3, 4

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