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Abrir a porta ao Cristo

Da edição de março de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


As Curas Instantâneas nos trazem muita alegria. Tornam-nos mais conscientes do poder de Deus para curar. Mas, às vezes, uma cura rápida parece quase um milagre de magia, ao invés de ser a prova de um Princípio divino passível de ser entendido e aplicado normalmente para solucionar problemas humanos.

É claro que ninguém deseja ter problemas difíceis, mas todos podemos estar certos de que, ainda que alguma cura seja lenta, nossos esforços perseverantes nos farão compreender mais profundamente o método científico de cura que a Ciência Cristã apresenta. Isso abre a porta ao Cristo, à idéia espiritual do ser que Cristo Jesus demonstrou tão cabalmente.

A Ciência mostra-nos que a mente humana se assemelha a uma porta que vai e vem. Quando ela se abre para o lado pecaminoso e mortal da experiência humana, fecha-se às leis de Deus, saudáveis e imortais. A Ciência Cristã acode à consciência mortal obscurecida e ensina-lhe a abrir a porta para o lado certo. À proporção que nosso pensamento se abre ao Cristo, a Verdade, fecha-se ao pecado e à doença. Lemos nos Salmos: "Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória." Salmos 24:7. Eis, a seguir, um exemplo de como isso ocorre.

Em certa época, comecei a sentir fortes dores de cabeça, quase diariamente. Parecia que eu não estava fazendo nenhum progresso em debelá-las com minhas próprias orações. Meu marido insistiu para que eu consultasse um médico. Este nos informou que as dores de cabeça continuariam fortes e que não tinham cura. Depois disso, contatei uma praticista da Ciência Cristã e solicitei-lhe tratamento. Imediatamente, as dores se tornaram bem menos freqüentes, mas não fiquei completamente livre delas. Continuaram a ser um problema grave por mais de quatro anos.

Eu trabalhava e orava diariamente para compreender melhor a Ciência Cristã, o que aumentou minha confiança no poder de Deus para curar, e obtive curas com minhas orações, para mim e para minha família. Passei a sentir maior tranqüilidade interior e paz, mesmo que não tivesse ainda obtido a cura completa das enxaquecas. Pondo em primeiro lugar meu progresso espiritual, sentia alegria e expulsava o desânimo. Deus estava se tornando mais real para mim do que o sofrimento.

Finalmente chegou o momento da cura. À tardinha, certo dia, senti os prenúncios da enxaqueca. Depois de orar, fui para a cama, mas nas primeiras horas da manhã acordei com grande mal-estar. De repente, fui impelida a levantar e andar pelo quarto escuro, afirmando com veemência as três verdades que a Sra. Eddy descreve à página 417 de seu livro Ciência e Saúde. Ela diz: “Sustenta as verdades apresentadas pela Ciência Cristã — que o Espírito é Deus, e por isso, não pode estar doente; que aquilo que se chama matéria não pode estar doente; que toda causalidade é Mente, que está agindo mediante a lei espiritual.”

Andando pelo quarto, a princípio eu apenas repetia essas verdades, sem compreendê-las muito bem. Mas logo pude reconhecer sinceramente que concordava com a primeira delas: de fato “... o Espírito é Deus, e por isso, não pode estar doente”. Vi que minha própria natureza espiritual, por ser a imagem e semelhança de Deus, como diz a Bíblia, não podia estar doente, assim como Deus não pode estar doente.

Então, ponderei a segunda verdade, que parecia mais difícil de compreender: “... aquilo que se chama matéria não pode estar doente”. Parecia tão evidente para mim que algo estava doente. Como poderia dizer que não era a matéria? Então, na penumbra, olhei para meu camiseiro e pensei: “Aquilo ali é matéria, e não pode estar doente.” Subitamente, entendi que a matéria é, em si mesma, desprovida de mente, de sensação, e totalmente incapaz de estar doente. Isso me fez compreender que a dor e o sofrimento tinham de estar naquilo que a Ciência Cristã denomina mente mortal. Por alguns instantes fiquei quase totalmente tomada por esse pensamento. Se a dor estava na mente, como poderia eu fugir dela? Como pode uma pessoa fugir de sua própria mente?

Então a terceira verdade se manifestou: “.. . toda causalidade é Mente, que está agindo mediante a lei espiritual.” Eu sabia que essa Mente, com M maiúsculo, se refere a Deus, a Mente que é a única reconhecida como real na Ciência Cristã. Ali mesmo onde parecia haver uma mente consciente da dor, eu tinha de reconhecer a realidade da única Mente infinita, e de nenhuma outra.

Quase esqueci a dor, porque estava totalmente entretida ponderando estas verdades maravilhosas: que naquele exato momento Deus e Sua idéia, o homem, eram perfeitos; que a matéria não tinha por si própria inteligência para sofrer ou estar doente; que o reconhecimento de que a Mente divina está sempre presente anularia na mente humana, de modo natural, os sofrimentos e as doenças, e portanto curaria a falsa impressão de dor e doença no corpo.

Depois de alguns minutos, senti novamente a dor, mas agora estava como que destacada de meu corpo. Orei, procurando entender o fenômeno, e compreendi que ilustrava vividamente para mim o fato de que a matéria não podia sofrer e não estava sofrendo. A dor que eu julgava estar sentindo não estava realmente no corpo! Ficou evidente que a dor se manifestava só na assim chamada mente humana e que o corpo é o estado objetivo dessa mente. Uma vez, porém, que Deus é a Mente única, não existe nenhuma mente menor capaz de tornar objetiva coisa alguma. Apenas a Mente divina é real. Chegando a essa compreensão conclusiva, a dor desapareceu e fiquei curada.

Embora para essa cura em particular me fossem necessários muito crescimento espiritual e oração dedicada, não há dúvidas quanto a seu resultado. A Verdade domina; é uma lei na experiência humana e governa tudo quanto toca. A oração e o raciocínio espiritual permitiram à Verdade tocar e dissolver os erros de pensamento que pareciam estar causando a dificuldade. Meu corpo ficou livre da dor. O raciocínio correto controlara meu pensamento, abrindo as portas à compreensão espiritual do Cristo, a Verdade, que produziu a cura. Quando a Mente divina corrige um erro no pensamento humano, torna-se cada vez mais evidente para nós que essa Mente tem domínio sobre a consciência humana. Não tive mais enxaquecas e, depois de anos, continuo livre do problema.

Talvez alguém pense que depois de uma experiência tão vívida da natureza mental das doenças e do método de cura da Ciência Cristã, eu jamais teria outro problema de saúde! É preciso, porém, haver mais do que uma cura, por mais notável que seja, para superar todos os erros de pensamento que tolamente abrem nossa porta mental para o lado errado.

Devido ao temperamento, ao desejo de controlar outros, à cobiça e ao medo, bem como pela crença generalizada de que a doença seja real, deixamos de lado o pensamento correto e permitimos que esses erros, ao invés das verdades divinas, governem nosso corpo. São necessárias muitas demonstrações da Verdade e do Amor para disciplinar a mente humana de tal maneira que já não nos cause sofrimentos. Esta cristianização do pensamento é um trabalho grandioso, que requer constante purificação do eu e crescimento espiritual. Todos aprenderemos a deixar que o Cristo, a Verdade, feche as portas de nosso pensamento a toda tentação ou sugestão que nos faz pecar e adoecer, e abra-as permanentemente ao reino do céu.

O Amor divino nos assegura que há uma porta aberta à compreensão da Verdade, e essa porta está sempre ao nosso alcance. Lemos no livro do Apocalipse: “Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. Apoc. 3:8. A experiência mostrou-me que a Ciência Cristã é verdadeiramente a porta aberta que põe fim ao erro humano e abre a consciência tão somente ao bem, à infinita totalidade de Deus. Quando precisamos de cura, podemos estar certos de que nossos esforços sinceros abrirão de par em par os portais do céu.

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