No Livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy interroga-nos: “Qual dessas duas teorias concernentes ao homem estás disposto a aceitar? Uma é o testemunho mortal, mutável, perecível, irreal. A outra é a evidência eterna e real que leva o sinete da Verdade, cujo regaço está repleto de frutos imortais.” Sinto-me imensamente grata por ter aceitado a segunda teoria. E estou também muito agradecida à pessoa que, há muitos anos, se apercebeu de minha necessidade e me falou sobre a Ciência Cristã.
Aproximadamente seis anos após eu ter inciado o estudo da Ciência Cristã, mudei-me para Boston, onde consegui um emprego n'A Igreja Mãe, onde trabalhei quarenta anos. Foram anos repletos de alegria e gratidão pelo progresso alcançado passo a passo. Quando chegou a altura de deixar o emprego, pareceu-me boa idéia mudar-me para outro local. Tinha adquirido, ao longo dos anos, um carinho especial pelo estado de Vermont, com suas verdes e belas montanhas, colinas e vales. Além disso, morava lá minha irmã, havia já alguns anos.
À medida que pensava nessa eventual mudança, vinha-me à memória a experiência de ter mudado para Boston, mais de quarenta anos antes. Naquela ocasião, alugara um apartamento, mas de vez em quando sentia-me tão infeliz que acabava por me mudar para outro. No entanto, a infelicidade mudava-se comigo. Mas após orar logo que esses momentos surgiam e com a ajuda ocasional de uma praticista da Ciência Cristã, obtive um vislumbre do verdadeiro significado de lar. Consegui ver que o lar é muito mais do que uma estrutura física: é uma forma de pensamento. É a consciência da presença do Amor, Deus. Portanto, eu sabia que, como imagem de Deus, estaria sempre abrigada e protegida, rodeada de beleza, ordem e paz.
Como conseqüência dessa compreensão, a paz brotou e comecei a gostar de minha casa. Permaneci naquele apartamento durante mais de trinta anos, onde vivi em grande felicidade. Foi também nessa altura que aprendi que não vale a pena fazermos planos humanos de quando ou como uma determinada necessidade será satisfeita. Há que primeiro procurar a orientação de Deus e, depois, dar os passos que parecem estar mais próximos dos corretos, deixando o resultado final a cargo de Deus.
Comecei por analisar os anúncios publicados nos jornais locais de Vermont. Essa procura prolongou-se durante várias semanas, sem resultados aparentes. Foi então que, à medida que ia orando, me apercebi de que eu encarava com relutância a minha saída de Boston, d'A Igreja Mãe, da minha igreja filial e da presença dos meu amigos. Meu pensamento estava dividido. Não admira que não conseguisse mudar de casa!
Parei com os meus esforços pessoais e recorri aos serviços de uma agência imobiliária. Foram apenas necessários três dias para que eu alugasse um apartamento encantador, com vista para um rio e em frente a uma montanha do outro lado do rio. Podia-se perfeitamente ir a pé até à casa da minha irmã. Alguns meses depois tornei-me membro de uma igreja filial das redondezas.
Um dia, decorrido um ano após minha mudança, fiquei doente. Entre vários problemas tinha dores lancinantes numa perna e no pé. Consegui ir do local onde me encontrava até minha casa. Posteriormente minha irmã chamou uma praticista, a meu pedido.
Recebi tratamento diário através da oração durante várias semanas. A praticista conseguia sempre fazer com que eu me volvesse para o Amor de Deus, para que sentisse Sua presença e Seu terno carinho, e expunha constantemente o grande fato de que Deus, o Amor — não o homem — é o sanador.
Minha irmã atendeu a tudo o de que eu precisava, durante todas aquelas semanas, o que a obrigava a vir a minha casa várias vezes ao dia. Serei sempre extremamente grata pelo amor que ela expressou ao cuidar de mim e pela sua disposição em respeitar meu desejo de confiar em Deus para minha cura.
O progresso parecia lento. Mas, de repente, certo dia, um raio de luz iluminou meu pensamento. Conseqüentemente, seguiu-se uma melhoria geral decisiva: a febre, o inchaço e a dor cederam. Pude, em breve, levantar-me, caminhar e cuidar de minhas necessidades. A cura completa realizou-se pouco depois.
Houve algo mais resultante desta cura. “Lembra-te” escreve a Sra. Eddy em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, “de que não podes ser levado a situação alguma, por mais grave que ela seja, em que o Amor já não tenha estado anteriormente, e onde sua terna lição não esteja à tua espera.” Pensei muitas vezes nessas palavras, após minha cura. Conseqüentemente aprendi uma lição extraordinária: a necessidade de obedecer ao mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Apercebi-me de que durante muito tempo não tinha pensado corretamente acerca de uma pessoa que vivia num apartamento vizinho. Aliás, devido à grande falta de consideração que aparentemente aquela mulher parecia ter pelos outros inquilinos, eu tinha simplesmente começado a pensar nela como uma pessoa a evitar. Nessa ocasião, contudo, passei a encarar esse problema através da oração. Apercebi-me de que tinha de amar a identidade espiritual e perfeita dessa mulher, tinha de amá-la e encará-la na qualidade de semelhança de Deus, ou seja, sua verdadeira natureza. Não foi necessário muito tempo para que a vizinha se acalmasse e todos passaram a ter com ela uma relação muito mais alegre e cordial.
Minha gratidão é enorme pela revelação que a Sra. Eddy teve da Ciência dos ensinamentos de Cristo Jesus. O estudo do livro Ciência e Saúde transformou minha vida do pessimismo e desespero para a alegria. Louvado seja o Senhor!
Bellows Falls, Vermont, E.U.A.
