Na Primavera De 1990, eu tirei férias prologadas para visitar uma filha e seu marido. Ambos serviam a Força Áerea dos Estados Unidos, na Europa. Minha filha estava esperando o primeiro filho para o mês de agosto; ela havia conhecido o marido na Inglaterra, e minha intenção não era apenas tirar férias, mas também conhecer meu genro.
Uma das atividades que havíamos planejado, era uma semana de visita à Escócia, no carro deles. No quarto dia, ao retornarmos do litoral norte, em direção a Inverness, o motor do carro começou a aquecer-se em demasia. Paramos num posto de abastecimento para completar o combustível, verificar o radiador e descansar um pouco. Passados cinco minutos, imaginando que houvera tempo suficiente para esfriar o motor, eu abri a tampa do radiador. Imediatamente ouvi o borbulhar da fervura, a tampa foi jogada longe de minha mão e um jato de líquido fervendo atingiu-me em pleno rosto e entrou-me nos olhos e na boca.
Eu estava assustado, mas sabia que não poderia deixar o medo se instalar em meu pensamento. Quando minha filha e o marido correram ao meu encontro, eu procurei acalmá-los dizendo que estava bem. Demos a partida no carro e colocamos novo líquido no radiador, mas a dor, bem como o medo, continuaram a crescer. O empregado do posto ficou muito preocupado. Fui ao banheiro para lavar o rosto. Insisti para que continuássemos a viagem em direção ao sudoeste, na margem norte do lago Loch Ness, a fim de encontrar hospedagem para passar a noite.
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