Por Ter Sido criada de acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã, e ter sempre sentido a proximidade de Deus, fui abençoada com uma juventude isenta de doenças e acidentes. Eu aceitava meu relacionamento com Deus com naturalidade: Sua presença me trazia muito conforto. Sou muito grata por uma experiência em particular, na qual o amor e a provisão de Deus se manifestaram de forma indiscutível em minha vida, provando que “a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus”.
Alguns anos após meu casamento, meu marido, nosso bebê e eu nos mudamos para uma propriedade rural no deserto de Nevada. Para chegar à cidade mais próxima dali tínhamos de percorrer mais de cem quilômetros e atravessar duas montanhas. Trabalhamos duro para construir uma casinha, irrigar e cultivar a terra. Em meados do inverno ainda não tínhamos nenhum rendimento do nosso trabalho, e chegou o momento em que nossas economias ficaram completamente exauridas. Não havia trabalho em nenhum lugar nas redondezas, e logo começou a haver muito pouco alimento em nossa mesa.
Lembro-me que orávamos dia e noite. Não orávamos, porém, com medo ou pânico, mas sim com a calma expectativa do bem que advém do nosso Pai-Mãe Deus. Com humildade estudávamos Ciência e Saúde e nos esforçávamos para compreender que a abundância e a provisão de Deus são permanentes, imutáveis. Não poderia haver flutuação no suprimento ilimitado do bem.
Foi um período tranqüilo de estudo. Sentimo-nos plenamente confiantes no cuidado e no amor de Deus por Seus filhos. Não estávamos preocupados ou ansiosos em face dos nossos compromissos e da situação material, mas volvemo-nos para a realidade de nossa existência espiritual, certos de que poderíamos seguramente confiar em Deus tanto naquela quanto em qualquer outra situação. Dois versículos de Provérbios me trouxeram muito conforto: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Prov. 3:5, 6).
Alguns dias depois, recebemos um cheque de cinco dólares pelo correio, em pagamento de um artigo sobre a vida na zona rural, que eu havia encaminhado a um jornal vários meses antes. Nossa necessidade imediata foi suprida (nós sabíamos que ela sempre havia sido suprida). Sentimos e reconhecemos a presença constante de Deus.
Sem hesitar, decidimos abastecer o carro com o dinheiro e ir à igreja no dia seguinte. Depois do culto, conversando com alguns membros da igreja, ouvi casualmente uma senhora que fazia parte da diretoria de uma escola comentar que estavam precisando de uma professora de segundo grau para início imediato. (Imaginem quanto tempo levou para que ela soubesse que eu era professora formada e tinha cinco anos de experiência na área!) Após uma entrevista com toda a diretoria, naquela mesma tarde, ofereceram-me o emprego.
Uma praticista de Ciência Cristã daquela igreja ofereceu-nos dinheiro para o combustível, para irmos à nossa casa, buscar nossos pertences e nos mudarmos para a cidade.
No caminho de casa paramos em um posto de gasolina. O proprietário reconheceu meu marido, que havia sido seu colega de classe no colégio em outra cidade. Ele estava precisando de ajuda e ofereceu um emprego a meu marido. Choramos de alegria e gratidão pelo que estava acontecendo!
Passamos dois anos muito felizes e produtivos naquela cidade, trabalhando e servindo à igreja. Retornamos, então, para nosso sítio onde permanecemos quinze anos. A maneira que encontramos de expressar nossa gratidão foi freqüentar aquela igreja todos os domingos durante aqueles anos. Durante três anos, enquanto meu marido servia como Leitor e eu como organista, fizemos a viagem duas vezes por semana.
Será que Deus atende a todas as nossas necessidades? Será que o caminho a ser seguido já está traçado? Será que Ele nos acompanha o tempo todo? Sem dúvida! E nós em minha família tivemos essa prova positiva de que Seu amor guia cada um de nossos passos.
Las Vegas, Nevada, E.U.A.
