Enquanto O Trem expresso que une Berlim a Moscou deixava vagarosamente a estação ferroviária de Varsóvia, onde eu havia embarcado com meu marido, procurávamos nos acomodar bem para enfrentar a viagem de vinte e quatro horas rumo ao leste. Eu mal havia tirado da mala a Bíblia e o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, quando uma jovem russa que estava no beliche defronte ao meu afastou as cobertas, sentou-se e se apresentou. Estava com o rosto muito inchado, e apressou-se em explicar que estava sofrendo de uma forte dor de dentes havia cinco dias, ou seja, durante todo o período de sua visita ao marido, que tinha sido designado para trabalhar em Berlim por um curto período. Contou que havia tomado vários remédios, mas nenhum deles lhe havia trazido alívio.
Meu marido e eu nos apresentamos e dissemos que lamentávamos por ela não estar se sentindo bem.
Imediatamente senti compaixão por ela, ao lembrar-me dos momentos difíceis que havia passado na adolescência com dor de dentes, quando não tinha ninguém a quem recorrer, a não ser um dentista a quem eu muito temia. Tudo aquilo mudou, quando comecei a estudar Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) Aprendi que, ao resolver meus problemas por meios espirituais, conforme aprendemos na Ciência Cristã, a cura da dor ou de outras dificuldades estava sempre tão próxima, quanto meu pensamento estava próximo de Deus. Mas lá estava eu, deslizando confortavelmente por entre paisagens polonesas, na companhia de uma pessoa que necessitava desesperadamente de cura. O que mais eu iria fazer, além de apresentar minha breve manifestação de solidariedade?
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