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A compreensão espiritual e a renovação da vida

Da edição de agosto de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


O Amor Divino nunca deixará de nos amar. A Vida eterna nunca deixará de ser expressa. A Vida sempiterna que é Amor — ou seja, o próprio Deus — mantém para sempre nossa identidade espiritual, individual e isenta de idade. Podemos, cada vez mais, comprovar essa verdade absoluta.

Em seu livro Miscellaneous Writings, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss), explica como manter uma visão renovada de vida: ”Para manter a serenidade e a estabilidade no decorrer de muitos anos, em meio à escuridão constante das tormentas, das nuvens e das tempestades, precisamos da força que vem do alto, — sorver longos goles da fonte do Amor divino." Em seguida, ela acrescenta: "Em verdade pode-se dizer: Há uma velhice do coração e uma juventude que jamais envelhece.... Entretanto, o frescor passageiro da juventude não é a perenidade da Alma...."Mis., p. ix.

Deus o Princípio eterno — Vida, Verdade e Amor. O homem, em realidade, é a expressão da Vida, a expressão isenta de idade, doença e morte, ou seja, é a idéia imortal do Amor, eternamente sagrada. Como esse é um fato espiritual, cada um de nós pode expressar as qualidades admiráveis associadas à juventude, bem como as de nobreza e confiabilidade freqüentemente associadas à maturidade. Em verdade, o homem inclui toda a gama das qualidades de Deus. Por isso, todos nós podemos manifestar pureza, inocência, espontaneidade, amor, vitalidade, sabedoria e equilíbrio. Não há acúmulo de anos, nem declínio de valor no ser eterno. O homem não é biológico ou psicológico, e conseqüentemente temporal e sujeito a declínio; ele é espiritual e perfeito para sempre. Nossa aceitação e expressão da natureza divina determinam nosso bem-estar.

Conheço um jovem de oitenta anos que parou de pensar no passado e começou a se preparar para o futuro. A cada dia ele pratica uma atividade vigorosa. Embora nem todos pretendam ter tanta atividade, todos nós podemos desfrutar de vitalidade. Há um exercício que todos nós podemos fazer, falando de modo figurado: elevar nossos braços em louvor a Deus, a fonte de toda vida. Além disso, todos nós podemos com humildade nos ajoelhar mentalmente e orar.

Com essa adoração humilde ao Deus único, nós podemos viver com um propósito mais elevado, e com mais energia e vigor, desafiando os estereótipos sobre a velhice, (bastante antigos, por sinal), com a realidade espiritual da Ciência divina. Podemos negar o conceito finito e materialista denominado "expectativa limitada de vida", por meio da compreensão do ser infinito que expressa a Vida eterna. A inteligência que sempre flui da Mente vence as crenças espúrias de senilidade e de potencial limitado. Não se trata de mero pensamento positivo, mas de uma oração que cura, oração essa baseada na percepção espiritual daquilo que Deus e o homem realmente são.

Podemos perfeitamente contestar as sugestões de envelhecimento — e ter evidências concretas de nossa posição — com a convicção de que o Princípio divino governa e mantém seu reflexo em perfeita harmonia. Nossa verdadeira identidade na Alma não é tocada pela crença de mortalidade associada ao envelhecimento e à saúde debilitada; à medida que oramos e vivenciamos o Amor divino, estamos aptos a provar essa declaração.

Uma senhora de noventa anos, que era muito jovial, vivia com simplicidade, esforçando-se para compreender as pessoas e extrair delas o que havia de melhor. Quando seu marido faleceu, após sessenta felizes anos de casamento, ela não sentiu pena de si mesma. Ao invés de perder o ânimo, continuou ativa. Durante a visita de um neto do estado da Califórnia à sua casa, na costa leste dos Estados Unidos, no inverno, ela tirou os sapatos e pulou descalça na neve. Disse-lhe então: "Agora você pode dizer aos seus amigos que encontrou 'pegadas' na neve!" Tinha energia, espontaneidade, humor e uma verdadeira satisfação em viver. Ela não tinha tempo para envelhecer. Vivia no eterno agora e tirava o maior proveito disso, levando a vida altruisticamente.

Não há acúmulo de anos, nem declínio de valor no ser eterno.

Na Bíblia encontramos muitos exemplos de vigor contínuo e de faculdades que não diminuíram. Calebe, que quarenta e cinco anos antes tinha sido um dos enviados por Moisés para fazer um reconhecimento da Terra Prometida, disse aos oitenta e cinco anos: "Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou". Josué 14:11. Aos cento e vinte anos, Moisés era conhecido como um homem de quem não se haviam escurecido os olhos nem abatido o vigor. Deuter. 34:7.

Reconhecendo melhor nossa verdadeira individualidade e a natureza real e espiritual da existência, vamos gostar de viver e teremos um interesse vivo no mundo que nos cerca. Não encararemos a idade como uma afronta pessoal nem como a companhia inevitável do declínio. Ficaremos atentos e compreenderemos que a idade é uma falsa crença, que não faz parte do nosso ser verdadeiro, e que podemos nos recusar a aceitar o conceito material de que o homem envelhece — mesmo que o envelhecimento seja de maneira elegante. Comprometer-nos-emos consciente e devotamente a demonstrar a verdade espiritual, através de crescimento em graça, sabedoria, amor e utilidade, em testemunho eterno ao nosso Criador.

A convicção celestial de que o homem está unido espiritualmente a Deus, a Vida, sustentava Cristo Jesus. Ele nos deu inúmeras provas da Ciência da Vida eterna e incorpórea, comprovando que o homem, a idéia imortal da Vida, não depende agora, e nunca dependerá da matéria, não é vulnerável ao mal, não pode ser atingido pelo pecado, pela doença nem pela morte. Seu ministério de cura pelo Cristo revelou que a vida é a expressão eterna da Vida divina.

Jesus e seus discípulos aparentemente nunca consideraram a matéria, o tempo e a idade como fatores determinantes na cura. Prova isso o homem no tanque Betesda, enfermo havia trinta e oito anos, e que foi curado por Jesus instantaneamente, de forma vigorosa, ativa; há também o caso do homem coxo de nascença, curado por Pedro e João, que entrou no templo "saltando e louvando a Deus" — sem precisar passar por um período de recuperação.

Quando identificamos a nós mesmos e aos outros como espirituais, anulamos os efeitos nocivos que resultam da crença errônea de que a vida e as condições corpóreas são governadas por leis materiais. Jesus nos aconselhou a não ficar preocupados com nosso corpo, e a empenhar-nos em conhecer o reino de Deus e Sua justiça. Ver Mateus 6:25, 33. É essa maneira de pensar que nos mantém em forma. Se ficarmos com o pensamento voltado para o corpo físico, preocupados com suas sensações, com sua aparência ou com seu funcionamento, estaremos nos transformando em servos do corpo e escondendo a verdadeira base espiritual da saúde. A preocupação com a alimentação, com a vestimenta, com exercícios, bem como com os medicamentos para manter o corpo saudável, abre a porta às crenças de envelhecimento e de doença. Nosso corpo não tem inteligência para nos dizer como se sente e o que pensa. Toda inteligência e ação genuínas originam-se em Deus, o Espírito, a Alma.

A saúde é uma qualidade da Alma. Podemos provar que, quanto menos sensibilidade manifestamos às falsas sugestões de sensação no corpo, e mais conscientes ficamos da Alma, ou vida no Espírito, tanto mais saúde apresentamos, mental e fisicamente. O corpo torna-se nosso servo e todas as suas funções passam a desenvolver-se harmoniosamente, de acordo com a lei espiritual. Dessa forma, começamos a pensar, agir e trabalhar em maior consonância com nossa origem divina. Provamos que, como consta do livro de Atos, "nele vivemos, e nos movemos, e existimos". Atos 17:28.

Maior longevidade e uma vida feliz e saudável são os efeitos inevitáveis de uma compreensão crescente da verdadeira natureza imortal da existência. A renovação contínua é um estado de consciência e é considerada natural ao homem, na Ciência. A Sra. Eddy compartilha esse discernimento em uma mensagem a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista: "Sou perfeitamente capaz de fazer uma viagem até sua cidade e, se a sabedoria ampliar a soma de meus anos para oitenta (já a mim imputados), estarei então ainda mais jovem e mais próxima do meridiano eterno do que agora, pois o verdadeiro conhecimento e a verdadeira prova de vida que podemos dar consiste em libertar-nos das limitações e nos revestirmos das possibilidades e da permanência da Vida." The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 177.

Como sua própria vida ilustrou, o avanço dos anos não precisa ser associado à perda de interesse pela vida, ao refúgio no passado ou ao fato de as pessoas tornarem-se egoístas. Pelo contrário, podemos ver aí a oportunidade de nos desvencilharmos dessas limitações e de aceitar de bom grado as mudanças originadas no progresso, as descobertas espirituais e a redenção contínua que acompanham o desenvolvimento de nossa salvação.

Que alegria compreender que não precisamos ficar remoendo um passado ou um futuro materiais, destituindo assim o presente de seu dinamismo e vigor. Se a cada momento nos exercitamos em demonstrar sabedoria, paciência, bondade e especialmente oração inspirada, quebraremos o jugo da crença mortal com o poder do Cristo, a Verdade. À medida que tomamos consciência do fato de que o homem na Ciência é um ser espiritual, e não está sujeito à idade, conseguiremos demonstrar de forma irrestrita a vida e o amor cristãos.

Baseando nossa vida diária na permanência da Vida, que aprendemos graças à Ciência divina, perceberemos que a evidência da morte não a torna real, isto é, criada por Deus, assim como a evidência da doença ou a evidência do pecado não os torna reais, ou seja, parte do universo espiritual pertencente ao único Criador. Reconheçamos com todo o entusiasmo a realidade da vida eterna do homem no Espírito. Com essa oração, nossa vida será inspirada pela alegria da liberdade e do domínio.

A Vida divina, indestrutível, inexaurível, que não conhece limite de tempo está sempre presente, sempre se auto-renovando e é refletida pelo homem que não envelhece. E podemos demonstrá-la perpetuamente numa vida que expresse amor.

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