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O domínio que Deus dá vence a emotividade

Da edição de agosto de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


A emotividade É muitas vezes um larápio. Rouba-nos a verdadeira paz e alegria. Contudo, não temos de ser suas vítimas. Cristo Jesus disse a seus discípulos: "Agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar." João 16:22. Em toda a sua obra curativa, Jesus mostrou o homem real, mostrou que a natureza deste à semelhança de Deus está intacta e não é atingida por doenças e pecados. Revelou a pureza e a perfeição originais daqueles a quem curou pelo poder do Cristo, a Verdade.

Também nós podemos ser tocados pelo poder curativo do Cristo e encontrar a paz que Deus dá e que é inata em nós. O caminho para essa liberdade é puramente espiritual; não inclui força de vontade. Implica despertar para nosso genuíno ser à semelhança de Deus. O apóstolo Paulo escreveu aos efésios que o "velho homem" — modos de pensar velhos, limitados, materialistas — precisa ser abandonado. Isso abre o caminho para que nos revistamos do "novo homem" — a visão real, ilimitada de nós mesmos e o viver progressivo dessa natureza pura. Ver Efésios 4:22-24. Muitas vezes tal progresso é ativado nos momentos de oração, à medida que nos dispomos a abrir nosso pensamento à verdadeira identidade espiritual do homem.

Na narração de Lucas em que Jesus cura a jovem filha do chefe da sinagoga, está indicado que ele expulsou os elementos emocionais dos pensamentos que rodeavam a menina — o pranto e o lamento — antes de ressuscitá-la. Ver Lucas 8:41-56. Parece claro que ele reconheceu a necessidade de vencer a atmosfera emocional e provou que essa não tinha poder para interferir no estado da menina como filha de Deus. A despeito das terríveis aparências vistas por todos ao redor, Jesus sabia que o reino dos céus estava sempre próximo e dentro de cada um.

O poder do Cristo, tão evidente nessa cura, está ainda em ação hoje. Expressa-se na cura pela Ciência Cristã, que comprova a verdade da mensagem de Jesus, de que o homem é o descendente perfeito de Deus, do único Espírito imortal, ou Alma.

Em realidade, na verdade de nosso ser, estamos para sempre seguros no amor de Deus. Temos o domínio que somente Deus pode dar. Como imagem e semelhança espiritual de nosso Pai-Mãe, temos e expressamos força espiritual. Isso não é algo que temos em um dia mas não em outro. Refletimos domínio permanentemente.

Um dos nomes bíblicos para Deus é Alma. Esse aspecto de Sua natureza inclui alegria, paz, harmonia e a habilidade para discernir a verdade espiritual. O homem, como filho bem-amado de Deus, expressa essa radiância da Alma. A Alma infinita, refletida pelo homem, dá-nos alegria livre de tristeza, amor livre de perdas, domínio livre da fraqueza emocional.

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: "Teria Deus, a Verdade, criado o erro? Não! 'Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?’ "Ciência e Saúde, p.287. Do mesmo modo, estados emocionais de pensamento como medo, raiva e comiseração própria não têm lugar na Alma perfeita, que é Deus, portanto, não têm lugar no homem. Assim, pela oração, podemos vencer qualquer efeito ou influência que eles pretendam ter sobre nós.

Não importa quão infeliz a situação pareça ser, os pensamentos de comiseração própria, pesar, de estar separado do bem, não podem vir da mesma fonte que o domínio e a força. Perguntemo-nos: "Está o homem de Deus sujeito à emotividade?" Nada está tão profundamente escondido no pensamento mortal a ponto de não poder ser curado, visto que tudo o que não é bom não é de Deus e, portanto, não tem causa real, não tem passado, presente nem futuro.

Jesus ordenou que nos amássemos uns aos outros. Aprender a obedecer à sua ordem pode não ser fácil. Mas à medida que chegarmos a compreender e a enfrentar esse constante desafio, o amor espiritual verdadeiro aumentará. Por experiência própria, podemos aprender sobre o imutável e constante amor que vem de Deus. O Amor divino, a única fonte genuína de amor, não depende de circunstâncias e não está, de modo nenhum, corrompido. Portanto, o amor que o homem expressa é puro, assim como é caloroso e imparcial. Uma crescente percepção dessa verdade pode ajudar a livrarmo-nos do peso da emotividade.

Uma mãe descobriu a diferença entre o amor altruísta e a emotividade quando seu filho, sua nora e netos foram morar em outro país, a milhares de quilômetros de distância. A princípio, ela e o marido sentiram muita falta da família. Mas isso foi vencido pela oração, quando eles encontraram a verdade sobre a família universal de Deus e como amar mais aos outros. No entanto, a mãe sentia que as visitas da família, embora cheias de alegria em um sentido, eram, sob outro aspecto, desafios. Havia muita emotividade.

Ela orava, antes e depois das visitas, pela harmonia e pela paz mental, mas não fazia muito progresso. Então, um dia, ela vislumbrou a verdade de seu ser real, espiritual, que não podia sofrer. Percebeu que a emotividade estava tentando dominar seu pensamento e raciocinou: "Deixaria eu que a desonestidade, ou ódio, governassem meu pensamento, aceitá-los-ia como parte natural de minha individualidade?" Percebeu que o oposto da emotividade era a verdade de seu domínio outorgado por Deus e que ela podia demonstrar essa verdade.

Durante a visita seguinte que ela e seu esposo fizeram à família, houve momentos em que ela sentiu que poderia perder o controle de suas emoções. Notou que a comiseração e a justificação próprias estavam pleiteando legitimidade. Mas, já que esses pensamentos não eram bons, eles não tinham poder sobre sua consciência real, que refletia a Mente divina. Manteve-se firme no que ela vislumbrara sobre o domínio que Deus lhe dera, e aqueles sentimentos negativos rapidamente passaram. Seguiu-se uma maravilhosa sensação de paz e calma espirituais e de libertação das emoções perturbadoras. Ao voltar para casa, estava grata por não ter tido momentos difíceis. A cura foi permanente.

O estudo da Ciência Cristã revela-nos o poder da Verdade que descobre mágoas latentes e as cura. Percebemos que não há vantagem em varrer essas coisas para baixo do tapete e esperar outra ocasião para curá-las.

Ocultas, as mágoas não curadas atrasam nosso progresso. É um pouco como tentar nadar usando sapatos grossos. Os pesos terrenos, porém, rapidamente caem quando nos damos conta de que eles nunca fizeram, nem fazem, parte de nosso ser real, criado por Deus, que expressa domínio.

Não há vantagem em varrer essas coisas para baixo do tapete e esperar outra ocasião para curá-las. Ocultas, as mágoas não curadas atrasam nosso progresso.

Se em nossas lutas estivermos trabalhando numa base espiritual, veremos que um ponto de vista humano limitado acaba cedendo ao divino. Por exemplo, o amor humano que parece dar tanta satisfação, começa a dar lugar a um amor mais puro, mais espiritual, mais altruísta. Qualquer que seja a triste experiência que tenhamos tido, não precisamos sofrer até que se desvaneça no tempo. A qualquer momento podemos erguer-nos, porque a verdade de nosso eu incólume, protegido, abençoado como imagem de Deus, está imediatamente disponível para curar a tristeza.

Ao ajustar o foco de um binóculo, o enevoamento que víamos antes desaparece e a visão fica nítida. Ao dominar as falsas características que dão uma visão nebulosa do homem, vemos com mais clareza o ser que Deus criou e discernimos seu domínio espiritual.

Vemos esse controle expresso em uma firme confiança na contínua bondade de Deus, no reconhecimento da autoridade dada por Deus, que substitui o medo pela confiança.

Quando desejamos ajudar um amigo que está sofrendo por sua emotividade, podemos recuar do quadro que está à nossa frente e lembrar o domínio que o homem possui. Então, estamos equipados para ver nosso amigo como ele verdadeiramente é, refletindo todas as qualidades de Deus. Não pode haver pontos fracos ou defeitos na identidade real do homem como filho de Deus. O ser verdadeiro do homem é governado pela Alma em paz, equilíbrio e tranqüilidade. A alegria que o Cristo nos dá é constante, não varia nem está sujeita às circunstâncias. É importante manter sempre no pensamento o que é espiritualmente real. Podemos ter certeza de que o Cristo está presente para purificar os pensamentos e destruir o erro oculto, suprindo abundante força e coragem para satisfazer a todas as necessidades humanas.

A purificação do pensamento que decorre da disposição de crescer em espiritualidade não diminui nossos afetos. Pelo empenho em buscarmos e adotarmos um amor mais abnegado, constatamos que o Amor divino se torna mais real na consciência e nosso amor pelos outros é não somente purificado, mas fortalecido. Além disso, encontramos o verdadeiro domínio.

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