É Com Grande alegria que me sinto capaz de dar testemunho da cura de febre tifóide, diagnosticada por três médicos na Espanha, em 1969. Era obrigatório informar às autoridades sobre cada caso dessa doença, e tive de submeter-me a tratamento médico. Vários meses mais tarde, sem qualquer tipo de reação positiva à medicação, um especialista disse-me que nada mais poderia ser feito e aconselhou-me seriamente a passar as últimas semanas de vida num sanatório.
Agradeci-lhe a ajuda. No entanto, decidi ficar em casa (onde tinha quem cuidasse de mim), embora não fosse capaz de andar, dormir nem ler. Passava grande parte do tempo em delírio.
Enviei um telegrama a uma praticista da Ciência Cristã na Inglaterra, a qual, em resposta, me disse que tinha começado a orar por mim, especificamente para curar essa doença. Recordei esta passagem do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “A atenuação mais alta e mais potente da homeopatia eleva-se acima da matéria para a mente. Essa descoberta leva a mais luz. Dela se pode aprender que, ou a fé humana ou a Mente divina é a sanadora, e que não há eficácia no medicamento” (p. 153). Comecei a sentir o calor do Amor divino e perdi muito do medo dos sintomas agressivos da doença. (Apesar de, segundo leis governamentais, eu ser obrigada a tomar medicamentos na fase inicial, creio que a medicação foi interrompida, simplesmente porque não esperavam que eu sobrevivesse.)
Essa praticista orou por mim durante cerca de um ano. Sentia-me animada e protegida, embora ainda não estivesse completamente curada. Ela enviava-me cartas e recordo-me de me apegar à Oração do Senhor bem como ao Salmo 23 e também à “exposição científica do ser”, de Ciência e Saúde, dia e noite. Em resposta ao medo causado pela suposição de que alguns dos sintomas dessa doença permanecem no organismo, continuei a orar, apoiando-me neste pensamento de cura do livro de Naum, na Bíblia: “Que pensais vós contra o Senhor? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia” (1:9).
Foi uma época em que senti como que um renascer, bem como o início de uma renovação espiritual total, ou seja, o início do estabelecimento de minha identidade espiritual em meu pensamento.
Com a preciosa ajuda da praticista, que continuava orando, viajei para a Inglaterra de avião. Durante três dias consecutivos, a minha sobrinha levou-me à praticista de manhã, onde me ia buscar três horas mais tarde. Ela disse-me que no início eu parecia uma “morta-viva”, mas que ao terceiro dia já tinha havido uma transformação razoável.
Não se tratou de uma cura rápida, no entanto, o meu crescimento espiritual foi erguido sobre a rocha, até que houve cura completa. Minha gratidão estende-se a vários praticistas que, em diferentes ocasiões, apoiaram meus esforços de confiar na cura espiritual.
No ano passado senti um grande desejo de dar este testemunho, mas havia sempre algo a impedir-me. À medida que fui orando, encontrei esta versículo de Lucas: “Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado” (8:17). Naquele dia compreendi claramente que, graças à bondade de Deus, não havia nenhuma crença latente em doença que não pudesse ser curada em meu pensamento. Senti-me extremamente aliviada. No dia seguinte voltei a abrir a Bíblia e li estas palavras de Jesus: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal” (Marcos 5:34). Foi com muita alegria que me senti livre para relatar esta cura específica, com um grande sentimento de amor e bem-estar, dando todo o crédito à Ciência Cristã.
Na realidade, eu nunca estivera no fundo do poço, nunca me encontrara em qualquer outra situação a não ser “no esconderijo do Altíssimo”. Na realidade não houve batalha, pois só há uma Mente.
Normanton, Nottinghamshire
Inglaterra
