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É seguro confiar nossa vida a Deus?

Da edição de setembro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Em Resposta À pergunta do título podemos afirmar que somente é seguro confiar alguma coisa a alguém quando sabemos com certeza a quem a estamos confiando. Sem dúvida é natural ter confiança naquilo que entendemos, no que é confiável e fidedigno, e desconfiar do que não é. A confiança é sábia quando tem uma base lógica e racional e demonstra ser verdadeiramente benéfica.

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele,” Salmos 37:5. aconselha a Bíblia. Será que é lógico confiar em Deus e entregar nossa vida a Ele? Confiar as coisas mais importantes de nossa vida a uma presença que não conseguimos ver, tocar ou sentir fisicamente pode não parecer razoável, a princípio. Mas talvez devesse parecer razoável. Certamente isso faz sentido quando começamos a entender que aquele em quem nós estamos realmente confiando — nosso Pai-Mãe Deus — é infinito e invencível e nos ama sem limitações e sem reservas.

É bem verdade que a onipotência e o cuidado de Deus por Sua amada criação parecem às vezes obscurecidos pelo medo, pela dor e pelo pesar que talvez sintamos. Entretanto, a onipotência e o cuidado de Deus por nós não mudam por causa disso. Recordemos o relato bíblico que conta como os israelitas, que tinham sido escravos, viram o Mar Vermelho se dividir e abrir caminho para sua liberdade. Ver Êxodo, capítulos 14–17.

Qualquer pessoa imaginaria que, depois de ver tal demonstração do poder de Deus, os filhos de Israel certamente nunca mais duvidariam de Deus. Entretanto, logo depois, eles precisaram de alimento e queixaram-se ao seu líder Moisés: “... nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.” Porém, com a liderança inspirada e com o discernimento espiritual de Moisés, o povo recebeu todo o alimento de que necessitava de modo maravilhoso e através do poder de Deus. Uma vez mais, depois de ter uma prova como essa, obviamente seria de se esperar que esse povo passasse a confiar completamente seu “caminho ao Senhor”. Porém, quando ficaram com sede, perguntaram a Moisés: “Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos, e aos nossos rebanhos?” Moisés orou e foi levado a ferir uma rocha e dela saiu toda a água de que o povo precisava.

Talvez fiquemos perplexos com as dúvidas constantes do povo e com sua incapacidade de confiar de todo o coração no cuidado de Deus. Mas tudo isso nos ensina uma lição importante. A mente humana, com sua visão curta, ou seja, baseada nos limites que os sentidos físicos tentam nos impor, nunca está satisfeita nem contente. A base material de pensamento nunca consegue se livrar de suas preocupações com o presente nem do medo do futuro.

Entretanto, alguém poderia perguntar se confiar em Deus não seria fé cega. Não, se nossa confiança está baseada em nossa compreensão de Deus. “Compreender a Deus revigora a esperança, entroniza a fé na Verdade e corrobora as palavras de Jesus: ‘Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século’ ” Ciência e Saúde, p. 446. diz Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. A fé cega não é uma confiança verdadeira em Deus; porém, uma fé profunda e genuína em Deus, a Verdade divina, quando aliada a uma compreensão da Verdade, essa é. Quando você conhece e compreende algum fato sobre Deus e Sua criação, esse conhecimento e essa compreensão tornam-se um socorro presente para você aplicar em sua vida.

Mas, e se acharmos esse entendimento ilusório? Isso só vai ocorrer se nossa busca pela verdade estiver limitada às cavernas vazias e ressonantes do pensamento mortal. Ciência e Saúde diz, entretanto, que “A evidência cristã fundamenta-se na Ciência ou Verdade demonstrável, que flui da Mente imortal, e em realidade não há tal coisa como mente mortal.” Ibidem, p. 487.

Quando ouvimos o que a Mente divina, única, nos está revelando, começamos a entender a Verdade. Mesmo quando temos apenas uma pequena noção do amor e do cuidado que Deus tem para conosco, podemos nos apoiar com segurança na lógica desse conhecimento. Às vezes, quando temos de tomar decisões muito importantes, quando mais precisamos de cura, quando desejamos de todo o coração compreender a nosso Criador, parece que não ouvimos um sussurro sequer da mensagem que Deus, a Mente divina, tem para nós. Nessas ocasiões devemos ficar calmos, atentos, devemos orar e aí certamente ouviremos a mensagem de que necessitamos. Então precisamos confiar naquilo que Deus nos diz. Nossa confiança será lógica e estará solidamente fundamentada, porque não estará baseada no que nos informam o sentido físico e a lógica material, mas sim numa lógica mais elevada, ou seja, no que a Mente divina sabe a nosso respeito, e no que nós, por ser reflexos da Mente, entendemos.

“As verdades da Ciência divina devem ser admitidas — muito embora a prova relativa a essas verdades não seja sustentada pelo mal, pela matéria ou pelo sentido material — porque a prova de que Deus e o homem coexistem é plenamente sustentada pelo sentido espiritual.” Ibidem, p. 471. O sentido espiritual é a maneira pela qual compreendemos o que Deus sabe a nosso respeito. E o que Deus sabe a respeito do nosso verdadeiro ser e a percepção que Ele tem de cada um de nós é a coisa mais importante do mundo.

Certa vez, quando estava doente havia uns três dias, à medida que eu buscava e orava, comecei a ter a sensação agradável de que Deus me amava tanto, que não permitiria que eu acreditasse naquela doença. Não foi nada mais do que uma sensação — nenhuma mensagem audível, nenhuma sarça ardente nem trovão por entre as nuvens. Foi simplesmente o sentimento de que Deus me amava ternamente e sempre continuaria me amando. Entregueime de todo o coração ao que esse sentimento representava da Verdade e do Amor divinos e fiquei curado imediatamente.

Nessa experiência pode parecer que minha fé era prequena como uma semente de mostarda, mas ela estava realmente baseada na “Verdade demonstrável, que flui da Mente imortal”. Eu já tinha demonstrado o poder da Verdade antes disso. Porém, mesmo que eu ainda não tivesse, devido à força da mensagem curativa de Deus, eu senti naturalmente, sem nenhuma dúvida, que depositar nossa confiança em Deus e em Suas leis, que são totalmente fidedignas, é algo seguro e nos traz cura. Nós podemos ficar atentos às palavras da Sra. Eddy quando oramos, ouvimos a Deus e nos apoiamos em Seu poder sanador: “Não deixes que o medo ou a dúvida obscureçam tua clara compreensão e tua calma confiança de que o reconhecer a vida harmoniosa — como o é eternamente a Vida — pode destruir toda sensação dolorosa daquilo que a Vida não é ou toda crença naquilo que ela não é.” Ibidem, p. 495.

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