Enquanto Esquiava Num dia de inverno, quebrei o pulso. Achei que essa era uma oportunidade para eu provar o quanto entendia sobre a Ciência Cristã. Porém, após três dias de oração com a ajuda de um praticista da Ciência Cristã, não havia melhora no pulso. Durante a noite eu acordei ouvindo em pensamento uma mensagem alta e clara: “.. . o orgulho vão me governou. . .”, que eu reconheci vagamente como sendo a letra de um hino do Hinário da Ciência Cristã (n° 169). Fiquei surpresa. Eu bem sabia que orgulho e vontade humana não são qualidades de Deus e que impedem a cura. Eu me rebelava contra a idéia de engessar o pulso mas, depois de orar mais um pouco, decidi que, nessa situação, eu deveria fazê-lo.
Disseram-me que, por ter passado algum tempo, eu sentiria muita dor por dois dias. Neguei essa afirmação com a compreensão de que eu não precisava sofrer por motivo nenhum, porque Deus não havia criado nenhuma lei de sofrimento para o homem. Eu não comprei o analgésico que me havia sido receitado, sabendo que só o pecado causa sofrimento e que eu não havia pecado. Cristo Jesus anulou as leis materiais de pecado e sofrimento pelo poder de Deus, o mesmo poder no qual eu estava me apoiando.
Com a ajuda constante do praticista da Ciência Cristã, eu não tive nem mesmo o menor sinal da dor que haviam dito que eu sentiria. Pedi então que o praticista parasse com o trabalho de oração.
Decidi passar uma semana numa casa de repouso para Cientistas Cristãos, a fim de descansar e estudar. Na tarde em que cheguei, abri ao acaso o livro Christ and Christmas de Mary Baker Eddy e li naquele poema estas palavras: “Nem declínio, nem asa quebrada, nem lamento, / O templo da Verdade podem obscurecer” (p. 53). Cristo Jesus usou a palavra templo ao anunciar que poderia erguer-se do túmulo em três dias: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (João 2:19). Jesus se identificou como sendo um com seu Pai celeste, compreendendo que o corpo verdadeiro do homem (o templo) é espiritual, criado à imagem e semelhança de Deus. Assim ele percebeu sua própria perfeição. Seu amado Sermão do Monte mostra que essa mesma condição é verdadeira para toda a humanidade, porque ele disse: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).
Com uma onda de alegria, tive a certeza de que minha verdadeira identidade espiritual, sendo a semelhança de Deus, nunca poderia incluir um fracasso humano; como reflexo de Deus eu nunca poderia estar separada dEle ou ser menos do que espiritual e perfeita. Nenhum acidente poderia estragar essa perfeição espiritual nem destruir minha semelhança com Deus. Meu pensamento inundou-se de luz com essa percepção. Uma compreensão emergente da minha identidade espiritual tinha começado a remover a evidência física do ferimento e os pensamentos de fracasso pessoal.
Durante a noite eu acordei e levantei-me a fim de orar mais. Até aí, parecia que eu não tinha força para esticar os dedos. Ao orar, veio-me claramente a mensagem de que, por ser Deus a fonte de todo ser verdadeiro, só Ele é responsável por toda ação. Imediatamente, percebi que podia esticar os dedos sem esforço.
Quando voltei para casa, uma semana depois, senti-me elevada espiritualmente e com muita expectativa do bem. O médico concordou em retirar o gesso uma semana antes do que o previsto, e ficou surpreso ao ver como o pulso estava forte. Mas eu estava assustada, pois não podia movê-lo nem um pouco para os lados — somente para cima e para baixo. Quando o médico disse que, com o tempo ele poderia melhorar um pouco, mas nunca voltaria a ser normal, imediata e silenciosamente neguei essa afirmação com aquilo que eu havia aprendido de Deus.
Eu fui aconselhada a exercitar o pulso e tentar forçá-lo para conseguir maior flexibilidade. Fiz o exercício um ou dois dias, mas logo percebi que essa não era a maneira através da qual Deus curaria o problema. Resolvi deixar Deus ser Deus; reconhecer que a lei divina do Amor sempre presente é operante e não permitir que teorias materiais e leis materiais falsas me privassem da herança de alegria e domínio que Deus me deu.
Um ou dois dias mais tarde, enquanto trabalhava na cozinha, olhei pela janela para um canteiro forrado de flores amarelas. Como um afago confortador veio-me o pensamento: “Essas flores não tiveram de se exercitar para poder abrir. Elas abriram porque isso é natural para elas. E é natural o pulso se mover.”
Despertada por essa inspiração, raciocinei que, como somente o bem é natural para Deus, somente o bem poderia ser natural para o homem. Eu estava tão satisfeita por compreender isso, que imediatamente esqueci o pulso. Cerca de dez minutos depois percebi que eu movia o pulso normalmente, e em pouco tempo estava completamente curado, não restando nenhuma evidência física do ferimento.
Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A consciência constrói um corpo melhor quando vencida a fé na matéria. Se corrigires a crença material pela compreensão espiritual, o Espírito formar-te-á de novo” (p. 425). Todos nós podemos empenhar-nos nesse processo de renovação espiritual.
Vitória, Colúmbia Britânica
Canadá
