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Escrevo Este Testemunho...

Da edição de setembro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Escrevo Este Testemunho na esperança de que as idéias nele apresentadas possam beneficiar outras pessoas.

Fui criado no seio de uma família muito unida. Eu me sentia feliz, tinha pais dedicados, boas notas na escola e desfrutava de um bom relacionamento com amigos e com minha família. Durante minha infância e adolescência dei-me conta de que sentia atração por pessoas do mesmo sexo que eu. Essa percepção não me levou a manter relações homossexuais, mas sim a uma completa destruição de minha auto-estima. Em meio à promessa de amadurecimento precoce eu sofria muito emocionalmente. Eu não partilhava esses sentimentos com ninguém, sentia-me temeroso, envergonhado e por fim totalmente desesperado.

Quando estava na faculdade, por um curto período eu me voltei para a religião na qual tinha sido criado, à procura de respostas. Mas isso não me trouxe nenhuma ajuda prática. Havia muito que eu nutria um desejo de cura, se bem que pensasse que não a conseguiria, nem mesmo escaparia do sofrimento relacionado com esse problema.

Essa atração teve um impacto negativo em cada aspecto de minha vida e em meus relacionamentos. Aos poucos comecei a acreditar que uma força maligna estava agindo sobre mim e que eu era sua vítima. Finalmente, comentei o assunto com meus pais, e nós decidimos que eu deveria procurar ajuda na psiquiatria, o que fiz por um longo período. Embora tivesse recebido apoio e ajuda quanto à correção de alguns aspectos, esse tratamento era muito difícil para mim, e os problemas de sexualidade, identidade e auto-estima permaneciam insolúveis.

A Sra. Eddy afirma: “O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e ações” (Ciência e Saúde, p. 1). Mas eu ainda não tinha percebido que o desejo por liberdade poderia realmente ser realizado por meio de uma correta “modelagem” espiritual do pensamento.

Então, uma querida parente, Cientista Cristã, sugeriu que eu começasse a estudar sua religião. A relutância inicial transformou-se depois em boa vontade, e eu comecei a ler a Lição Bíblica semanal. Senti que havia promessa nesse estudo, mas muitas vezes a homossexualidade ainda parecia um problema sem solução para mim.

Quando comecei a aprender que meu ser espiritual não era maculado por pecado ou erro, senti maior autoconfiança. Fiquei comovido com a aceitação e o amor que as outras pessoas em minha nova igreja me manifestavam, apesar de ainda sentir-me incapaz de amar a mim mesmo. Levou bastante tempo para que eu conseguisse, por meio da oração, rechaçar as noções errôneas de que eu era um mortal necessitado de cura, de que eu não poderia ser curado.

Algumas afirmações encontradas em Ciência e Saúde foram especialmente úteis, como a seguinte: “Quando as errôneas crenças humanas se apercebem, ainda que só um pouco, de sua própria falsidade, começam a desaparecer” (p. 252). Com respeito a pecado, a Sra. Eddy escreve: “É a noção de pecado, e não uma alma pecaminosa, o que se perde” (Ibidem, p. 311). Aprender a adorar a Deus e a entender o relacionamento do homem com Ele tornaram-se desejos conscientes para mim. Esse conceito mais elevado de adoração permitiu que eu adquirisse uma compreensão melhor da beleza verdadeira. Também lemos em Ciência e Saúde: “A receita para a beleza é ter menos ilusão e mais Alma. . .” (Ibidem, p. 247).

Meus pensamentos e minhas ações foram mudando aos poucos, num período de diversos anos. A primeira mudança marcante foi o desejo de abandonar pensamentos egocêntricos e começar a amar os outros espiritualmente. A disposição de ampliar o amor espiritual não poderia ter surgido sem a maior compreensão da identidade do homem que eu havia adquirido, tal como é definida na Bíblia, onde o homem é apresentado como a “imagem” e “semelhança” de Deus (ver Gênesis 1:26). Aprendi a amar a todos que entravam em minha vida. Essa afeição espiritual se expandiu e transformou-se em amizades mais agradáveis e começou a ter um impacto positivo sobre minha vida profissional, que se tornou cada vez mais livre de limitação, medo e de uma auto-imagem negativa. Eu orava para ver as qualidades espirituais puras e belas nos outros e reconhecia que, por terem elas sua origem em Deus, eu também possuía essas qualidades por reflexo.

Comecei a expressar mais boa vontade, um amor mais forte e mais puro, um maior sentimento de alegria e um interesse abnegado pelo próximo, o desejo de começar a abandonar a crença arraigada de uma juventude trágica e um modelo egocêntrico de pensamento ao lado do desejo consciente de ver o mundo a partir do ponto de vista de que Deus é bom e é o Criador de tudo.

As idéias curativas do livro dos Salmos fundamentaram meu trabalho de conhecer e tomar consciência da bondade de Deus. Tornei-me cada vez mais indiferente à atração em relação a homens jovens, quando reconheci que essa não era uma tendência natural, mas sim uma mentira da mente carnal e do sentido pessoal, e não meu próprio pensamento que era verdadeiro e sustentado por Deus. Aceitei como verdadeira a promessa do Apocalipse de “novo céu e nova terra” (21:1) e a afirmação de Ciência e Saúde de que “a disposição de vir a ser como uma criancinha e de deixar o velho pelo novo, torna o pensamento receptivo à idéia avançada” (pp. 323–324).

Libertei-me completamente das tendências homossexuais, ao incluir a expectativa do bem em minha vida. Fiz amizades com várias moças e em alguns casos tive namoradas. Todas as relações foram construídas sobre uma base moral sadia.

Não há mais nenhum resquício do passado tumultuado e confuso em minha vida. Procuro uma mulher amorosa baseado num forte desejo de ter minha própria família. Eu sinto-me bem ajustado socialmente, e tenho tido muitas provas da promessa de que “agora somos filhos de Deus” (1 João 3:2). Toda essa transformação ocorreu no período de alguns anos, e tem fortalecido minha determinação de praticar o ministério de cura que Cristo Jesus praticou.

A cura completa da homossexualidade não poderia ter se realizado sem a disposição de separar a irrealidade da realidade, o erro da Verdade, ou sem adquirir o conceito de minha verdadeira masculinidade espiritual.

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