“Examinados À Luz da Ciência divina, os mortais apresentam mais do que se descobre na superfície, pois que os pensamentos invertidos e as crenças errôneas são forçosamente contrafações da Verdade. O pensamento é tomado por empréstimo de uma fonte mais elevada do que a matéria, e, por inversão, os erros servem para marcar o caminho que vai à Mente única, onde todo o erro desaparece na Verdade celestial” (Ciência e Saúde, p. 267).
Sou muito grata por todos os postes indicadores que levam a Deus. A coisa mais maravilhosa sobre a oração é que a verdade sanadora está imediatamente acessível ao pensamento, sempre que necessária. Uma bela cura da fratura de um osso facial, obtida pouco antes de meus vinte anos, tem sido uma fonte de conforto e também de convicção de que eu poderia novamente confiar no cuidado onipotente de Deus, quando me machuquei uns dois anos atrás.
A primeira cura aconteceu quando saí ferida de um acidente automobilístico. Enquanto os carros estavam sendo removidos da estrada, consegui telefonar para uma praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe ajuda em oração. Ela me lembrou da declaração que se encontra em Ciência e Saúde: “Os acidentes são desconhecidos a Deus, a Mente imortal, e precisamos abandonar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo conceito apropriado acerca da direção infalível de Deus, e assim trazer à luz a harmonia” (p. 424). Lembro-me ainda de ter pensado que, se Deus nada sabia sobre esse acidente, nem eu poderia saber, pois sou o reflexo da Mente divina. Voltei para junto de meus amigos e, enquanto aguardávamos a chegada do socorro, sentamo-nos no acostamento e cantamos nossos hinos favoritos do Hinário da Ciência Cristã. Em nenhum momento senti dor, mas apenas a sensação de estar rodeada do cuidado amoroso de Deus.
Quando cheguei em casa, meu querido pai, que não era Cientista Cristão, insistiu em levar-me para o setor de acidentados, no hospital local, para tirar radiografias. Os resultados mostraram que eu havia fraturado o osso da face, no lado esquerdo, e que só mediante cirurgia se poderia corrigir o problema. Disseram-me que, se eu não me submetesse à cirurgia, ficaria com a face achatada, daquele lado do rosto. Meu pai tomou então as providências para que eu voltasse na manhã seguinte, a fim de ser operada.
A primeira coisa que fiz, quando cheguei em casa, foi telefonar de novo à praticista para informá-la a respeito da situação. Ela disse que eu não deveria me preocupar com a manhã seguinte, mas apenas pensar que causa e efeito pertencem a Deus. Pediu-me ainda que eu orasse com algumas frases de Ciência e Saúde, de que ainda me lembro: “O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino” (p. 275) e “Toda substância, inteligência, sabedoria, existência, imortalidade, causa e efeito pertencem a Deus” (Ibidem). Raciocinei que, se Deus é Tudo e é bom, não poderia haver lugar para acidentes nem para seus efeitos, dentro dessa perfeição. Desapareceu todo o medo referente às predições do cirurgião e, na manhã seguinte, pedi a meu pai para cancelar a operação e confiar somente na Ciência Cristã para a cura. Minha mãe, cuja firmeza nos ensinamentos da Ciência Cristã sempre foi para mim uma inspiração, com ternura me apoiou nesse pedido. Para minha surpresa e alegria, ele concordou e, dentro de uns dois dias, durante os quais continuamos a orar, meu rosto voltou às suas formas normais e todos os sinais do acidente desapareceram.
Há dois anos, quando levei um tombo ao sair do banheiro, a lembrança dessa cura foi uma fonte importante de inspiração e encorajamento. Caí de tal maneira que todo o impacto foi no lado direito do rosto e na mão direita. O primeiro pensamento que me veio foi a frase inicial da “exposição científica do ser”, do livro-texto: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria” (Ibidem, p.468). Quase que imediatamente, veio-me a lembrança das palavras do hino N° 134, que inclui este pensamento: “Cercado de Teu terno amor, / Sob Tua lei estou” (Hinário da Ciência Cristã). Enquanto jazia ali no chão, raciocinei que a lei de Deus era totalmente boa, onipotente e sempre em ação. Eu jamais poderia cair para fora dessa lei do bem e, nos braços do amor de Deus, senti que podia levantar-me e continuar com os muitos afazeres diários.
Meu reflexo no espelho do banheiro não apresentava um aspecto bom, pois o rosto estava bastante machucado. Eu precisava estar no trabalho naquele dia, porque tinha muito serviço e não havia ninguém que eu pudesse chamar para me substituir. Orei com fervor para saber que as pessoas a serem visitadas naquele dia iriam enxergar somente a perfeição do homem criado por Deus.
Quando comecei a acionar meu carro e fiz força com a mão, ficou patente que ela também estava machucada. Como meu trabalho consistia em dar assistência a pessoas em suas residências, chamei um praticista da Ciência Cristã e pedi ajuda. De novo, consideramos o fato da onipotência de Deus e da inviolabilidade de Sua lei do bem, que nunca pode ser quebrada e que eu também nunca poderia “ser quebrada”. Também conversamos sobre a necessidade de destruir toda autocondenação pela queda. Quando cheguei para o primeiro compromisso, já podia mexer a mão. Passei um dia feliz e ninguém comentou sobre minha aparência. À noite, percebi que o rosto tinha voltado às suas proporções normais e que as escoriações ao redor dos olhos tinham começado a se desvanecer. A prova sólida do poder de Deus que eu tivera quando adolescente, junto com muitas outras no decorrer dos anos, permitiram me passar por essa experiência com a expectativa do bem, sem temor, e confiante de alcançar mais uma vez a cura rápida e completa.
Por todos os sinais do grande amor de Deus, e pela abundância que Ele tem para cada um de Seus filhos, posso cantar com o coração cheio de gratidão: “Meu espírito se rejubila, / ... Pois Tu me curaste” (Christian Science Hymnal, N° 153).
Eatons Hill, Queensland Austrália
