Quando Eu Era pequeno, minha família vivia numa zona insegura e violenta, e a vida não era feliz. Havia muita discórdia em nossa casa. Conheci a Ciência Cristã porque meu pai ouvira falar nela alguns anos antes e tivera uma cura de febre reumática. Por ele, freqüentaríamos a igreja local da Ciência Cristã, mas nossa freqüência era irregular, pois minha mãe às vezes a desaprovava.
Eu gostava da Escola Dominical porque a atmosfera ali era impregnada de afeto, diferente de nossa casa. Eu gostava em especial do Hino de Comunhão, de Mary Baker Eddy, onde ela se refere a Deus como “fiel amigo”, pois eu tinha muita dificuldade em fazer amigos. Sempre serei grato por ter recebido de presente um exemplar do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e pela amável Cientista Cristã que me permitia às vezes ir a sua casa.
Quando cresci, mudamo-nos para uma zona melhor e arrumei emprego sem dificuldade. Mas, em casa, a vida ainda era infeliz, repressiva e eu me sentia desesperado. Queria sair de casa e pensava em me casar. Resolvi orar a respeito disso com o que eu compreendia a respeito da Ciência Cristã.
Estudei a Bíblia e Ciência e Saúde, entendendo que Deus é realmente onipotente e onipresente. Minhas preces sinceras a Deus freqüentemente eram acompanhadas de lágrimas, mas encontrei grande ajuda no capítulo denominado “A Oração”. Nos versículos bíblicos que introduzem o capítulo lê-se: “Em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Erguete e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais.” Essas palavras de Jesus ajudaram-me a compreender a Ciência Cristã, pois meus próprios problemas muitas vezes se assemelhavam a esse célebre monte. Muito me confortou entender que podemos tratar de nossos problemas a sós com Deus e não precisamos relatá-los a outras pessoas.
Eu sofria muito com febre do feno, o que me tornava a vida bem difícil. Ainda que não buscasse especificamente essa cura, ela simplesmente se deu quando comecei a estudar de fato a Ciência Cristã. Apesar das atitudes em casa, insisti em freqüentar a igreja da Ciência Cristã, e foi no primeiro domingo em que compareci à igreja que fiquei completamente curado de febre do feno.
Outras coisas começaram a acontecer. Um colega de serviço ajudou-me a libertar-me da repressão familiar. Também conheci a jovem que, embora eu não o soubesse então, veio a ser minha esposa. Por aquela época tive a cura de uma aguda dor de dentes. Eu relutava em ir ao dentista, e a Ciência Cristã foi meu único recurso. Estudei esta afirmação de Ciência e Saúde: “O efeito da mente mortal sobre a saúde e a felicidade se vê nisto: se desviamos do corpo nosso pensamento com interesse tão absorvente que chegamos a esquecer o corpo, este não sente dor” (p. 261). Eu volvia o pensamento a Deus sempre que sentia dor. Ao continuar a orar, depois de duas semanas a dor passou permanentemente.
Achei que devia sair de casa, mas naquele tempo parecia difícil conseguir alojamento. Orei, e fui inspirado a responder a um anúncio no jornal local. Encontrei um lugar bom e uma locatária que me apoiava em meu estudo da Ciência Cristã. Eu tinha tudo o de que precisava, inclusive financeiramente, e até me foi possível emprestar temporariamente algum dinheiro a meu pai. Naquela época tiveram início várias amizades duradouras, que resultaram em muita amabilidade e felicidade.
Uma noite saí de bicicleta. A certa altura descuidei-me e a roda dianteira bateu no meio-fio. Fui jogado ao chão, por cima do guidom. Depois do acidente senti muita dor. Fui levado pela polícia ao hospital mais próximo, onde me informaram que eu fraturara uma clavícula, mas que não se podia fazer outra coisa a não ser utilizar uma tipóia para mantê-la no lugar. Pela oração na Ciência Cristã, muito rapidamente o osso foi restaurado.
Sou feliz porque minha mulher e eu temos um bom casamento, somos dedicados um ao outro e à Ciência Cristã. Ocorreu até que, enquanto eu escrevia este testemunho, minha querida esposa foi curada de surdez de um dos ouvidos.
Não é suficiente dizer que estou grato. A gratidão precisa ser expressada. Recentemente impressionou-me muito o quanto amor e atenção foram necessários para escrever Ciência e Saúde. Aprendemos alguma coisa desse livro e da Bíblia quase diariamente. Quando lembro dos acontecimentos narrados neste testemunho, não posso deixar de pensar nesta passagem do livro do Êxodo: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:2).
Ryde, Ilha de Wight, Inglaterra
