Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Jesus Cristo ressuscitou

Da edição de abril de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Em todas as partes do mundo os programas em ondas curtas do O Arauto da Ciência Cristã chegam a um grande público. Achamos que os leitores que não tenham tido a possibilidade de ouvir essas transmissões gostariam de ler, de vez em quando, algo desses programas radiofônicos.

O domingo da Páscoa é uma data importante, precedida por dias em que vários episódios bíblicos são rememorados e celebrados. Atualmente, muita gente aproveita esses feriados para descansar, ir à praia ou fazer um passeio pelo campo. Mas outros celebram a Semana Santa com espírito religioso e profundo, e com razão, pois trata-se de um momento importante para todas as culturas que lêem a Bíblia. Primeiramente, a Páscoa marca o início do Êxodo, isto é, a libertação do povo hebreu, depois de um longo período de cativeiro no Egito. A ressurreição de Cristo Jesus se deu durante os festejos da Páscoa, mostrando como ele se libertou dos grilhões dos sentidos materiais e encontrou a vida imorredoura.

Numa entrevista radiofônica do O Arauto da Ciência Cristã, entrevistou de São Paulo, e falaram sobre as comemorações da Semana Santa e da Páscoa. Reproduzimos aqui alguns trechos desse programa.

Heloísa Rivas — Hoje em dia muita gente já não encara a Semana Santa como dias de oração e recolhimento espiritual, mas sim como simples feriados. Mas esses dias têm muita importância no relato bíblico. O que você poderia nos dizer, Orlando, sobre esse assunto?

Orlando Trentini — A ressurreição foi o ponto culminante da carreira e da obra de Cristo Jesus, e depois dela houve a ascensão, quando ele se elevou acima da percepção dos sentidos materiais. No Evangelho de João, o próprio Jesus define claramente sua missão: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida." João 14:6. Mas antes disso, ele teve de tomar sobre si a cruz, aceitá-la e carregá-la. O conceito comum sobre a cruz é de que ela implica sacrifício, sofrimento, aflição, infortúnio, trabalho sem recompensa.

Heloísa — Mas muitas vezes os quadros apresentados pelas comemorações da Semana Santa se sobrepõem ao sentido jubiloso da Páscoa, evocando os eventos da crucificação e do sofrimento de Jesus.

Orlando — Exatamente. Para os cristãos a cruz é um símbolo de redenção, de salvação. A cruz representa a Paixão e a morte de Jesus, o sofrimento pelo qual ele passou. A cruz tem o efeito de impressionar, condoer, e por isso ocupa um lugar importante nas comemorações que precedem a Páscoa.

Heloísa — Será justo que, ao relembrar a história do Mestre do cristianismo, o pensamento visualize principalmente a imagem de Jesus crucificado?

Orlando — Essa imagem é geralmente aceita. Mas não devemos perder de vista o significado mais importante desse episódio, ou seja, a ressurreição. Quando comemoramos a Páscoa, não podemos esquecer os acontecimentos que se desenrolaram nesses dias, há quase dois mil anos, quando Jesus carregou a cruz e nela foi pregado, até expirar. Mas também temos de ver o que se seguiu, pois depois disso os discípulos de Jesus espalharam aos quatro cantos do mundo a verdade de que Jesus não permaneceu pregado no madeiro maldito, mas de lá foi retirado, e depois ressuscitou.

Heloísa — Então esse é o ponto mais importante? Ou seja, o que veio depois da crucificação, isto é, a ressurreição?

Orlando — É vital, para a humanidade, reconhecer que ele ressuscitou. Ele triunfou sobre o sofrimento, a pena, a aflição. Ele saiu do túmulo estreito e lúgubre.

Heloísa — É preciso celebrar com alegria, com júbilo, essa grande vitória! É preciso ver a elevação espiritual que essa experiência revela, a vitória final sobre a morte. O Cristo, que Jesus manifestou, está agora, hoje, ao alcance daquele que o busca, ao alcance da consciência humana.

Orlando — Antes da crucificação, parecia que os discípulos não haviam entendido o imenso alcance dos ensinamentos e das curas realizadas por Cristo Jesus. Pela ressurreição, eles perceberam, eles viram a confirmação de que os ensinamentos de seu Mestre estavam baseados em leis espirituais. Por exemplo, aquela mulher que havia sido pecadora foi, arrependida, procurar o corpo de Jesus, esperando encontrá-lo morto, como o havia visto na cruz. Mas em vez disso, ela o encontrou ressuscitado. É assim que todo cristão deve buscar a Cristo Jesus, não no sofrimento e na tristeza, não mais pendurado na cruz, mas na plena glória de Deus.

Heloísa — No evangelho de Lucas lemos estas palavras de Jesus: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me." Lucas 9:23. O que quer dizer "tomar a cruz"? Significa que é necessário experimentar sofrimento?

Orlando — Esse negar-se a si mesmo indica a necessidade de renunciar aos sentimentos de vaidade, ciúmes, inveja, ódio, orgulho, etc. Segui-lo não é só um ato de fé, mas também de crescimento espiritual. Cristo Jesus não exigiu que sofrêssemos.

Heloísa — Esse foi o grande amor que ele teve para com o mundo, um amor que nos faz aprender, crescer e corrigir-nos.

Orlando — Não é necessário passarmos por sofrimento físico para descobrir que a vida é eterna. Jesus já o fez, e no-lo revelou. A vida diária de Jesus não consistia de sofrimento, mas sim de pleno amor, incluindo as afeições que tinham um alcance todo abrangente. Ele viveu e ensinou o amor espiritual, que traz à luz a união inerente entre Deus e o homem.

Heloísa — A Sra. Eddy o explica muito bem em Ciência e Saúde: "Jesus de Nazaré ensinou e demonstrou a união do homem com o Pai, e por isso lhe devemos homenagem eterna. Sua missão foi tanto individual como coletiva." Ciência e Saúde, p. 18.

Orlando — Foi graças ao seu amor totalmente altruísta que Jesus triunfou sobre a perseguição e o ódio A ordem que ele deu, de tomarmos a cruz e segui-lo, significa tomar por base esse amor espiritual, que permite o ministério de cura.

Heloísa — E na Ciência Cristã aprendemos a continuar a realização desse trabalho de cura, trazendo soluções aos problemas humanos dos dias de hoje.

Orlando — Isso começa no fundo do coração de cada um, com a cura de tudo aquilo que se pode corrigir em nossos próprios pensamentos. Esse tipo de cura inclui melhora na saúde, no relacionamento com terceiros, nos negócios e na comunidade como um todo.

Heloísa — Então o que rememoramos na Semana Santa e na Páscoa nos serve de lição, uma lição de que o Amor triunfa sobre o mal, a Vida sobre a morte.

Orlando — Sem dúvida, seguir o Mestre é motivo de alegria, traz a expectativa de felicidade e bem-estar, de uma forma de amor que se pode pôr em prática e que traz cura aos necessitados. Compreender que Jesus saiu da cruz há muito tempo, ressuscitou e ascendeu é a verdadeira comemoração da Páscoa.

Heloísa — E não pode ser de outro jeito, pois, afinal de contas, já faz quase dois mil anos que sabemos que Cristo Jesus ressuscitou!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1996

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.