Otrabalho Curativo de Cristo Jesus causava admiração a todos aqueles que presenciavam sua atuação. Não havia necessidade de cirurgia, medicação, terapia nem período de recuperação. A doença, ou a deficiência física, simplesmente cessava de existir. O poder do Cristo, a Verdade, que Jesus demonstrava, está conosco, hoje e sempre, para curar tão eficaz e rapidamente quanto ele o fazia. Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai." Disse também: "O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou." João 14:12, 26, 27.
O que é exatamente que o Consolador, a Ciência divina, traz à humanidade, para preservar a vida e estabelecer a paz? Não é porventura a verdade do ser espiritual, que está além do alcance das condições materiais? Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: "Em colossenses (3:4), Paulo escreve: 'Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória.' Quando o ser espiritual for compreendido em toda a sua perfeição, continuidade e poder, então o homem será visto na imagem de Deus. O significado absoluto das palavras apostólicas é este: então o homem será visto na semelhança de Deus, perfeito como o Pai, indestrutível na Vida, oculto 'juntamente com Cristo, em Deus' — com a Verdade no Amor divino, onde o sentido humano nunca viu o homem." Ciência e Saúde, p. 325.
A vida espiritual, indestrutível, é revelada ao pensamento receptivo através do Cristo, a Verdade, e o resultado é a cura. O estudo habitual da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, a oração para discernir as mensagens de Deus para nós, assim como nosso empenho diário em expressar melhor as qualidades do Cristo, tornam-nos cada vez mais receptivos.
Uma Cientista Cristã que conheço constatou que um vislumbre da verdade do ser espiritual trouxe cura imediata, num momento de grande necessidade. Certa ocasião, ela se viu de repente acometida de uma dor violenta no pescoço e na garganta. Ela se pôs a orar, mas parecia que o corpo tinha mente e vontade próprias, e não havia nenhuma melhora. Pelo contrário, a princípio a situação piorou, até parecer que sua vida estava em risco. Relutava em chamar um praticista da Ciência Cristã, porque era muito tarde da noite. Acabou telefonando, mas ninguém atendeu, então teve a certeza de que havia algo que precisava, e que podia, aprender por si mesma.
Ela raciocinou que, sendo Deus onipotente, ou seja, todo o poder, a doença não tem poder algum, é impotente. Sendo Deus onipresente, toda a presença que existe, então a doença não podia estar presente, em realidade. Com humildade, insistentemente, pediu a Deus que lhe mostrasse o que mais ela precisava compreender, que tipo de raciocínio espiritual e oração eram necessários. Então, um pensamento lhe veio claramente: "Você não é material, mas espiritual."
Como estudante da Ciência Cristã, vinha aprendendo a verdade sobre o ser espiritual havia muitos anos e obtivera muitas curas por meio da oração. Mas agora era como uma grande luz que despontava: compreendeu nitidamente que, em verdade, ela era inteiramente espiritual! Viu que nenhuma condição material poderia atingir sua identidade como filha de Deus. Ela era, exatamente naquele momento, a idéia perfeita de Deus. Nada poderia modificar a perfeição que Deus conhece. O que importava a mentira que o corpo material estava dizendo?
Sentiu-se então inteiramente livre, tranqüilizada por aquele pensamento claro e confortador, enviado por Deus. Sentiu-se em paz. Então, foi se deitar e logo dormiu. Quando acordou, várias horas depois, estava completamente curada.
Experiências como essa mostram-nos que, em realidade, nosso ser está sempre em paz. Todos nós, como idéias da Mente divina, temos somente uma identidade espiritual e indestrutível. O que Deus sabe a nosso respeito é o que somos, eternamente. Nada pode modificar ou destruir o que Deus sabe sobre nós, Suas idéias perfeitas.
Você e eu podemos achar que estamos apenas começando a discernir nossa verdadeira identidade. Mesmo assim, permanece o fato de que somos idéias espirituais e perfeitas da Mente, agora e eternamente, quer entendamos quer não, essa verdade em sua plenitude. Podemos ceder lugar, através da oração, ao que a Mente sabe, e ser curados.
Pensando bem, como é possível crer que um germe ou gene, acidente, incidente ou qualquer outra coisa material possa, de alguma forma, atingir o que é inteiramente espiritual? É impossível! Reivindiquemos com mais afinco o que é espiritualmente verdadeiro, pois isso nos conduzirá a curas mais rápidas. Estabelecidos como idéias na Mente divina, você e eu não podemos nos modificar, ou ser modificados, do bem para o mal, da saúde para a doença, da riqueza para a pobreza, da liberdade para a opressão, como não podemos modificar a órbita da Terra ou fazer nascer uma cabra de um leão. O que Deus conhece e ordena, é, eternamente. E Ele cria somente o bem. Fundamentado nesses fatos, Jesus curava instantaneamente. Nessa mesma base espiritual, os estudantes da Ciência Cristã, empenhando-se em seguir o exemplo do Mestre, vêm curando a discórdia e a doença há mais de cem anos.
Nada, ninguém, pode modificar a Mente divina. O que Deus conhece, constitui a criação espiritual e não pode jamais alterar-se. Recôrrer a essa verdade do ser é conhecer a verdade que nos liberta. Não é preciso dizer, é claro, que nossos objetivos e ações têm de ser espiritualizados, devem estar de acordo com a Mente divina, para se poder demonstrar a verdade do ser. Seríamos como uma casa dividida, vulnerável à ruína se, ao mesmo tempo em que afirmamos ser a nossa identidade espiritual, formos indulgentes com as pretensões da carne. Dar atenção excessiva às dietas ou aos exercícios, por exemplo, não seria viver de acordo com a verdade de nosso ser puramente espiritual e mantido por Deus. Nem poderíamos honestamente dizer que confiamos no Amor divino, enquanto agimos contrariamente ao Amor, com ódio ou antipatia. O pensamento deve ser coerente, indiviso, puro.
Ajuda bastante se, ao começar o dia, ou mesmo a cada hora, decidirmos se agiremos de acordo com a verdade de um Deus perfeito e homem perfeito, como está estabelecido no primeiro capítulo da Bíblia, ou se nos submeteremos à tentação da serpente, como Eva fez (ver Gênesis cap. 3), comendo da "árvore do conhecimento do bem e do mal" (ver Gênesis 2:9). Aceitar a teoria material da criação, que insiste numa mistura do bem e do mal, é meter-se em dificuldades, porque é a concepção errônea da mente mortal e não a realidade espiritual estabelecida por Deus.
Jesus não se deixava enganar pela sugestão agressiva de que a vida seja material, sujeita simultaneamente ao bem e ao mal. Ele curava os doentes e ressuscitava os mortos, com base no fato absoluto de que a vida é de Deus, portanto, espiritual e perfeitamente boa. Podemos seguir seu exemplo de cura nessa mesma base, ainda que em grau mais modesto.
À medida que a materialidade, através da influência do Cristo, cede lugar à espiritualidade, a Verdade, a matéria parece fazer um derradeiro esforço para sobreviver. Exige atenção, importância e poder. Mas, por que deveriam aqueles que honram e amam a Deus, reverenciar ou servir à materialidade, o oposto exato do Espírito, Deus?
Você e eu, em verdade, somos a imagem, a emanação, o reflexo, em toda a sua maravilha e glória, que emanam diretamente de Deus. Para que o reflexo de Deus pudesse tropeçar de alguma forma, Deus teria de tropeçar primeiro. A qualquer momento, podemos retirar nosso consentimento à suposta existência do mal, o consentimento que Adão e Eva deram, mas que Jesus se negou a dar, e consentir com a criação inteiramente boa e espiritual de Deus. Ao agir dessa maneira, demonstramos nosso domínio sobre o erro que é a miragem de vida na matéria, independentemente de quão real esta possa parecer. A materialidade é o sonho de Adão, e nós não temos de estar nesse sonho. Aliás, não podemos estar nele, pois somos a criação da Mente, do Espírito. Essa compreensão traz curas, às vezes instantâneas, às vezes gradativas, mas sempre certas.
O homem é a idéia de Deus, indestrutível. Ele não é um ser pequeno e frágil, relegado a viver numa terra longínqua, labutando para alcançar um Deus que está lá no céu. Ele está eternamente unido à Mente divina, onipresente, conhecido por essa Mente, perfeito. Com base nisso, Jesus pôde ressuscitar do túmulo. Da mesma forma, podemos seguir seus passos memoráveis, atendendo à sua ordem: "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." Mateus 5:48.
