Certa Noite, Meus amigos e eu decidimos ir a uma festa da qual ouvíramos falar. Combinamos de nos encontrar num parque, para podermos ir todos juntos. Sempre nos encontrávamos ali, e nunca acontecera nada de ruim.
Pouco depois de chegarmos ao ponto de encontro, vimos que cerca de vinte pessoas estavam batendo e dando pontapés em alguém. Eu não senti medo, mas comecei a orar conforme havia aprendido na Ciência Cristã. "Deus está sempre governando tudo", foi minha oração. Eu queria sinceramente que eles parassem e deixassem o outro em paz. Aí, três de meus amigos reconheceram aquele que estava sendo agredido. Alguns de nossa turma foram até lá para tentar convencer o bando a parar.
Eles pararam de bater no rapaz e começaram a nos ameaçar, por isso voltamos até nossos carros e entramos neles. Um daqueles rapazes nos seguiu e sacou uma arma. Estávamos dentro dos automóveis com as portas trancadas, mas ele começou a golpear com a arma o carro em que eu me encontrava. Depois pôs-se na frente do carro e apontou a arma diretamente em minha direção. Eu estava sentada no banco do passageiro da frente e rapidamente me agachei. Em vez de ficar completamente aterrorizada, a primeira coisa que me veio ao pensamento foi: "Gentil presença" (palavras que dão início ao poema da Sra. Eddy "A oração vespertina da Mãe".Hinário da Ciência Cristã, N° 207.)
Continuando a orar, meu raciocínio foi mais ou menos o seguinte: se Deus é "gentil presença", então, é bondade o que Ele expressa no homem, Seu reflexo espiritual. Isso me ajudou a compreender o fato de que cada um, em realidade, possui uma natureza boa, amorosa, porque somos todos filhos perfeitos de Deus, inclusive aquele rapaz que estava na frente do carro. Ódio e violência simplesmente não podiam vir de um filho de Deus. Em vez de ficar com medo dele, eu procurei amar a bondade que Deus estava expressando nele.
Meu amigo começou a afastar o carro dali e aquele rapaz com o revólver correu atrás de nós, golpeando ainda mais o carro. Ele até deu tiros para o ar. Mas, graças a Deus, e eu nem sei como, logo estávamos fora da área do parque. Temíamos que eles entrassem em seus carros e nos seguissem. Em vez disso, eles seguiram nossos outros amigos. Continuei a orar. Afirmei que Deus estava presente onde quer que eles estivessem e continuava governando e protegendo cada um deles. Foi tão bom entender que Deus é a "gentil presença"!
Mais tarde, nos encontramos com nossos amigos e eles nos contaram que foram alvejados duas vezes. Havia dois buracos de projéteis no carro deles e apesar de uma das balas haver se alojado no banco da frente, ninguém saiu ferido. Logo depois, a polícia prendeu a pessoa que estava armada.
Depois dessa experiência, comecei a ter muito mais apreço por Deus e pela vida. Percebo agora o quanto eu amo meus pais, minha família, meus amigos. Percebo também como as coisas podem ser diferentes e melhores quando compreendemos e sentimos pelo menos um pouco a presença de Deus. Não importa que tipo de situação estejamos enfrentando, é surpreendente como podemos ter consciência do fato de que Deus, o Amor divino, está presente, e isso faz com que tudo se converta para o bem.
O que habita no esconderijo do Altíssimo
e descansa à sombra
do Onipotente diz ao Senor:
Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu,
em quem confio.
Salmos 91:1, 2
