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Os Raros Namoros que...

Da edição de agosto de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Os Raros Namoros que eu tive foram, em geral, de curta duração, pois eram paixões súbitas, sem conseqüências. Mas, em determinada ocasião, a coisa tomou um rumo diferente. Tudo começou quando passei a freqüentar outra igreja da Ciência Cristã e reencontrei ali uma moça que eu havia conhecido anteriormente.

Convidei-a para sair e ela aceitou. Porém, quase que imediatamente, comecei a me sentir inseguro. Antes mesmo de chegar o dia do encontro, eu já queria que ela me desse atenção especial na igreja e ficava magoado por ela não fazer isso.

Apesar de tudo, tivemos um belo dia juntos, ao ar livre, e eu esperava vê-la de novo. Mas, antes mesmo de um segundo encontro, uma confusão emocional ganhou o controle sobre mim e eu me convenci de que ela era a pessoa "certa" para mim e que eu, finalmente, havia "demonstrado" na Ciência Cristã uma companheira com a qual poderia casar-me! Bem, eu não disse isso a ela logo de início mas, realmente, comecei a concentrar nela a minha atenção.

Embora tivesse muita paciência comigo, à medida que eu me tornava mais insistente, ela deixou claro que, apesar de gostar de mim como um "amigo da igreja", ela estava trabalhando em outro relacionamento. Eu supus que o que ela quis dizer era que estava namorando outra pessoa. Demorei algum tempo para entender que ela talvez tivesse tido a intenção de dizer tão somente que estava trabalhando no seu relacionamento com Deus, por ser este o ponto de partida para todos os relacionamentos. Entretanto, agarrei-me à minha idéia de que éramos "feitos um para o outro".

Isso só fez com que as coisas ficassem mais difíceis, já que meus esforços para atraí-la aumentavam, ao passo que ela se recusava a se envolver comigo. Agora percebo como deve ter sido difícil para ela continuar freqüentando aquela igreja e acho que ela deve ter orado muito para manter em primeiro lugar, no pensamento, a identidade espiritual do homem.

Bem no íntimo, eu sabia que a infelicidade causada a ambos por minha insistência nessa "bênção" estava bem longe daquilo que a oração realmente proporciona. Por exemplo, a Bíblia diz: "A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto" (Prov. 10:22). E, em Ciência e Saúde, no capítulo "O Matrimônio", a Sra. Eddy explica: "A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor. Não é egoísta; por isso, não pode existir sozinha, mas exige que toda a humanidade dela compartilhe" (p. 57).

Eu já havia solicitado a uma praticista da Ciência Cristã que me ajudasse em minhas orações. Não estava pedindo que a situação se resolvesse a meu favor mas, sim, que se evidenciasse a harmonia sempre presente de Deus. Continuei a orar e constatei que ler os periódicos da Ciência Cristã com regularidade, principalmente o Christian Science Sentinel, como era meu costume fazer, proporcionava-me calma e conforto. Muitos artigos pareciam ter sido escritos "exatamente para mim" e eu os estudava com toda a atenção, extraindo cada grão de verdade, para conseguir acalmar e direcionar o meu pensamento.

Posso afirmar o mesmo quanto ao estudo regular das Lições Bíblicas. Nelas também, eu trabalhava e orava fervorosamente, a fim de compreender e ser abençoado pelo ensino sanador e enaltecedor dessas lições.

Por isso, exatamente quando as coisas pareciam mais difíceis, com a recusa direta de minha amiga em aceitar minha proposta de casamento, o trabalho de cura estava surtindo o seu efeito. Finalmente, ficou claro para mim que o relacionamento pelo qual eu deveria me empenhar, antes de mais nada, era o meu próprio relacionamento com Deus, por ser eu Seu filho amado, imaculado e puro, íntegro e completo.

Embora a praticista orasse para mim sempre que eu lhe pedia, achei que, por ser ela membro da mesma filial, estava muito próxima de toda essa situação, o que me impedia de falar-lhe com detalhes. Por isso, decidi pedir ajuda a um professor de Ciência Cristã. Eu estaria mais livre para conversar abertamente sobre o assunto.

Compreendi que, por mais desanimadora que essa situação parecesse ser, eu precisava persistir na minha busca pela verdade! Adquiri confiança no fato de que a verdade atua; que o fermento leveda a massa; e que são eficazes as orações para detectar pensamentos errôneos, para descartá-los e substituí-los por pensamentos espiritualizados. Não só fui completamente libertado dessa limitação emocional que vinha de longa data e que me havia colocado nessa situação, como também percebi claramente a importância de possuir uma base firme a partir da qual pudesse trabalhar e orar na Ciência Cristã. Candidatei-me à instrução em Classe Primária e fui aceito pelo professor a quem eu havia solicitado ajuda.

Essa foi a verdadeira bênção: fui despertado para o fato de que a nossa única necessidade sempre é espiritualizar o pensamento, a fim de conseguir o "ponto de vista mais alto" do qual nos fala a Sra. Eddy em Ciência e Saúde, quando ela escreve: "Partindo de um ponto de vista mais alto, elevamo-nos espontaneamente, assim como a luz emite luz sem esforço; pois 'onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração' " (p. 262).

Minha gratidão é ilimitada, não só pela liberdade emocional e senso de inteireza que essa cura me proporcionou, como também pela bênção maior da instrução em classe, que foi uma conseqüência dessa cura. E, posso acrescentar com muita alegria que essa moça e eu continuamos a ser bons amigos.

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