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A estabilidade profissional que você merece

Da edição de março de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


Você trabalha numa grande empresa? É autônomo? Quer você tenha começado sua atividade há pouco tempo, quer seja o patrão, uma sólida base ética é fundamental para o sucesso permanente. A ética está intimamente ligada ao que você pensa de si mesmo e à sua satisfação com o que faz.

Mesmo que você trabalhe para uma empresa em fase de grande crescimento, a possibilidade de corte de pessoal e a eliminação de certas funções não estão de todo descartadas, tendo–se em conta as tendências do mercado. Em outros casos, a estabilidade no emprego parece estar diretamente relacionada com a política da empresa. Pessoas que o cercam, colegas de trabalho, a gerência, os concorrentes e os clientes poderão tomar decisões injustas, sem nenhuma ética, colocando em perigo seu emprego.

Será que é radical demais deixar que somente Deus guie sua carreira e lhe proporcione a estabilidade que você merece? Sua decisão, tomada com humildade, pode beneficiar tanto a você como as pessoas à sua volta. Deus é Espírito e Deus é o bem infinito. Você expressa a bondade que se origina em Deus e não há razão para que Ele lhe sonegue alguma coisa boa. Se Deus é o bem infinito, há o suficiente de tudo para todos. Não precisamos suplicar ou competir por uma quantidade limitada do amor de Deus e dos benefícios que esse amor proporciona.

Nunca será demais reconhecer que Deus é o bem infinito. Isso significa que Deus nunca abençoa um de Seus filhos em detrimento de outro. Como Deus é eternamente infinito, o bem que Ele outorga nunca entra em recessão. Todos têm oportunidade igual de expressar o Espírito, não importa a circunstância ou o ambiente em que se encontram. Como na história da aranha que ficou presa dentro de um grande e antigo relógio. Ali dentro não havia alimento para ela. Parecia que a única coisa que lhe restava fazer era acomodar–se num canto e esperar pela morte. Ela, no entanto, decidiu fazer o que as aranhas sabem fazer bem, mesmo num ambiente desfavorável. Ela teceu a mais bela teia que jamais havia feito. Por que isso foi importante? Porque a teia emperrou o mecanismo do relógio e quando alguém o abriu para consertá–lo, a aranha escapou.

Nunca será demais reconhecer que Deus é o bem infinito.

Assim como aquela aranha fez o que as aranhas sabem fazer bem, não existe nenhuma circunstância que possa impedir–nos de fazer o que o homem, a amada e espiritual criação de Deus, pode fazer com naturalidade, ou seja, expressar a Deus, o bem. O homem expressa alegria, intuição, misericórdia e honestidade. O reflexo de Deus tem afeto e compaixão pelos outros. Ele não é agressivo, porque sabe que seu Criador, Deus, é sua Vida.

Quando eu trabalhava como vendedor em uma pequena empresa, o proprietário ofereceu um aumento substancial em minha comissão sobre todos os novos negócios que eu gerasse. Comecei a trabalhar numa transação bastante grande, que aumentaria a mais do que o dobro as vendas totais da empresa. O dono da firma auxiliou–me com os cálculos financeiros necessários: custos de produção, despesas fixas, preço de venda, depreciação e assim por diante. Oito meses se passaram até eu finalizar as negociações. Finalmente, chegou o tão esperado dia em que, com os contratos na mão, entrei na sala do dono da empresa, feliz da vida. “Tenho boas notícias”, disse-lhe, “Conseguimos melhores preços do que havíamos planejado.”

Foi então que o mundo desabou sobre minha cabeça, ou pelo menos assim me pareceu. Meu chefe fez uma coisa totalmente contrária à ética, algo que, fiquei sabendo mais tarde, ele já fizera antes. Apesar de nossa margem de lucro ser melhor do que havíamos planejado, ele disse que não pagaria a comissão que prometera. Em breve precisaríamos entregar o pedido para o cliente e ele sabia que eu não teria condições de procurar outro fornecedor que pudesse fabricar os mesmos produtos, em tão pouco tempo. Por isso, embora ele estivesse me fraudando, eu teria de aceitar sua mercadoria.

Quase não dormi nos dez dias seguintes. A única coisa que conseguia fazer era remoer conversas mentalmente. Conversas com o dono da empresa, com um advogado, com minha esposa, com o cliente. Com o passar dos dias minha raiva só aumentava. Parecia que as atitudes e a falta de ética desse homem estavam minando minhas finanças, minha satisfação no emprego, meu futuro e minha algeria. Mesmo em meio a todo esse turbilhão, eu tentava orar da melhor maneira que conseguia. Sabia que não podia cancelar a transacão: meu cliente dependia de mim para obter algo que era importante para seu nugócio.

Finalmente, tomei uma decisão muito importante, a decisão mais importante desde que começara a trabalhar para aquela empresa. Decidi entregar a Deus toda a autoridade sobre minha vida. Fiz isso do fundo do coração! Deus já era o único poder em minha vida, mas eu precisava reconhecer isso de forma radical, se quisesse parar de sofrer.

Fiquei bastante aliviado e, como a aranha, comecei a fazer aquilo que sei fazer naturalmente, como reflexo de Deus, ou seja, a expressar as qualidades divinas a todo momento. Alguns dias mais tarde, meu chefe e eu entramos num acordo e recebi uma boa parte da comissão anteriormente negociada. Ao mesmo tempo, fui liberado do vínculo que me atava como funcionário permanente dessa firma e fiquei totalmente livre para trabalhar em outra atividade.

Essa experiência é sem dúvida encorajadora. No entanto, não se compara com a maneira como Cristo Jesus agiu, quando teve de enfrentar as autoridades de sua época. O incidente a que me refiro nada tinha a ver com dinheiro ou estabilidade no emprego, mas tratava-se de uma questão de vida ou morte. A Bíblia conta como o povo julgou Jesus injustamente, levando-o à presença de Pôncio Pilatos, o governador da Judéia. Quando Pilatos lhe perguntou o que ele tinha a dizer em sua própria defesa, Jesus não respondeu. Pilatos insistiu, dizendo que tinha poder para matá-lo ou libertá-lo. Jesus, então, proferiu as palavras que, para mim, compóem um dos mais belos trechos registrados na Bíblia: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada.”  João 19:11. Os acontecimentos dos dias seguintes comprovaram que ele tinha razão.

A idéia de que “nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada” aplica–se a todos, sem exceção. Cada vez que uma única pessoa reconhece esse fato, o mundo todo é abençoado. Muitas vezes as pessoas mecanicamente afirmam que “a vida é injusta”. Sem dúvida, certos acontecimentos mortais não parecem justos, no entanto, a Vida divina — Deus — é justo. A Vida divina é sempre justa porque Deus é Amor. Não precisamos competir com os outros, porque o suprimento é infinito. Nosso trabalho é expressar a Vida e esse é um emprego permanente. Jesus recomendou: “Alegraivos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.”  Lucas 10:20. Em nosso pensamento e em nossas ações, precisamos sempre estar atentos para o fato de que a Vida divina é o único poder que nos governa.

“Deus, sem a imagem e semelhança de Si mesmo, seria uma nãoentidade, ou Mente não expressa. Ficaria sem uma testemunha ou prova de Sua própria natureza. O homem espiritual é a imagem ou idéia de Deus, idéia que não pode ser perdida nem separada de seu Princípio divino.” Ciência e Saúde, p. 303. Uma ética irrepreensível, satisfação, estabilidade, crescimento e, em especial, a alegria, são o resultado natural, quando nosso trabalho consiste em ser “testemunha ou prova [da] própria natureza [de Deus]”. Nosso emprego, em última análise, consiste em expressar a Vida divina.

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