Algumas curas se destacam porque servem de fundamento importante para outras. Uma dessas curas ocorreu quando eu estava no último ano do colegial. Estávamos jogando vôlei em uma aula de educação física, quando uma garota e eu fomos ao mesmo tempo pegar a bola e a outra menina acabou caindo em cima de mim. Meu tornozelo estalou e eu não conseguia apoiar o pé no chão. Depois de minha mãe ter-me levado para casa, telefonei para um praticista da Christian Science para que me ajudasse em oração. O praticista recomendou-me que lesse várias passagens do livro Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, mas eu estava com tanta dor, que não conseguia me concentrar. Comecei então a ouvir a gravação de hinos do Hinário da Christian Science. (No fundo, eu achava que, se tantas vezes eu havia sido curada depois de adormecer ouvindo essa fita, o mesmo aconteceria agora, e assim eu não teria de esforçar-me para orar, enquanto sentia dor.) Realmente adormeci, mas despertei com uma dor muito mais forte. Ficou claro que seria necessário fazer muito mais do que apenas esperar passivamente para ser curada. Precisava orar por mim mesma. Logo minha família iria sair de férias e eu estava com medo de perder o prazer da viagem, se não fosse curada rapidamente! A essa altura eu estava bastante desesperada: com dor, preocupada com as férias e achando que teria de ter uma cura espetacular, porque muitos colegas na escola sabiam que eu era Cientista Cristã.
Li e reli freneticamente as passagens que o praticista havia me recomendado e, por garantia, li duas vezes a Lição-Sermão (constante do Livrete Trimestral da Christian Science). Logo ficou claro para mim que o que eu estava fazendo não tinha nada a ver com inspiração ou oração. O problema era que eu não me considerava capaz de inspirar-me o suficiente para curar essa situação.
Decidi, então, ler Ciência e Saúde até encontrar algo que realmente me inspirasse. Em pouco tempo, depareime com esta frase: "O Espírito transmite a compreensão que eleva a consciência e conduz a toda a verdade.” Um pouco mais abaixo, na mesma página, li: “Essa compreensão não é intelectual, não é o resultado de conhecimentos eruditos; é a realidade de todas as coisas trazida à luz.” (p. 505). Compreendi, então, que não seriam necessários anos de experiência como Cientista Cristã, nem precisava estar muito adiantada em meus estudos acadêmicos para tratar aquele problema por meio da oraçāo — e curá-lo. Visto que Deus, o Espírito, transmite a compreensão necessária, a capacidade de compreender é parte inata da minha identidade como expressão, como filha, de Deus. Um dos versículos bíblicos que eu havia aprendido na Escola Dominical, desde pequena, era: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gênesis 1:3). Como Deus criou a luz, pensei, Ele também ilumina, mostrando a realidade ou verdade a respeito de qualquer situação. Fiquei tão absorta no que estava aprendendo, que até esqueci da dor. Após alguns minutos senti um movimento no tornozelo. “É hora de levantar”, pensei, e foi o que fiz. Durante nossa viagem andei em museus e terrenos rochosos, além de nadar. Eu estava perfeitamente bem.
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