TEXTO: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado. — Mateus 13:33.
Atualmente pouca gente sabe alguma coisa sobre a Ciência da cura mental; e há tanta gente que, em nome da Ciência, impõe sua ignorância ou seu falso conhecimento à opinião pública, que é obrigação de todos aqueles que estão revestidos das armas da luz conservar brilhante sua invencível armadura: ser modestos em relação a suas demonstrações e manter suas reivindicações e seu viver firmemente alicerçados na Verdade.
Ao disseminar a Palavra com amor, mas separando o joio do trigo, declaremos o positivo e o negativo da Ciência metafísica; aquilo que ela é e aquilo que ela não é. Protestantes num sentido mais elevado do que nunca, intrépidos e esquecidos de nossos próprios interesses, enfrentemos e derrotemos as pretensões dos sentidos e do pecado, a despeito das censuras ou dos clãs que derramam sobre nós o seu fogo; e o amor, alado de branco, pairando sobre todos, cobrirá com suas plumas o pecador mais empedernido.
A Mente divina e infalível mede o homem, até que as três medidas fiquem levedadas e ele chegue à plenitude da estatura; pois "reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-poderoso".
A Ciência é divina: não é de origem humana nem procede de diretrizes humanas. As chamadas "ciências naturais", cujas evidências são percebidas pelos cinco sentidos pessoais, apresentam apenas um senso finito e tênue da infinita lei de Deus; lei essa que está inscrita no coração, é recebida por meio das afeições, é compreendida espiritualmente e demonstrada em nossa vida.
Essa lei de Deus é a Ciência da cura mental, espiritualmente discernida, compreendida e obedecida.
A Ciência mental e os cinco sentidos pessoais estão em conflito; e a paz só pode ser declarada do lado do direito imutável, — a saúde, a santidade e a imortalidade do homem. Para obter esse resultado científico, é preciso compreender e acatar a regra primordial e fundamental da Ciência; ou seja, a declaração freqüentemente repetida nas Escrituras, de que Deus é o bem; portanto, o bem é onipotente e onipresente.
A filosofia antiga e a moderna, a razão humana ou os teoremas dos homens enunciam erradamente a Ciência mental, seu Princípio e sua prática. Nesse ponto, a mais esclarecida compreensão nada vê senão uma lei da matéria.
Quem alguma vez aprendeu nas escolas que só existe uma Mente única, e que esta é Deus, que cura todas as nossas doenças e pecados?
Quem alguma vez aprendeu nas escolas, na filosofia pagã ou na teologia escolástica, que a Ciência é a lei da Mente e não da matéria, e que essa lei não tem nenhuma relação com a matéria nem a reconhece?
A Mente é sua própria grande causa e efeito. A Mente é Deus, onipotente e onipresente. Que dizer, então, de uma teoria oposta, assim chamada ciência, a afirmar que o homem é tanto matéria como mente, e que a Mente está na matéria? Pode o infinito estar dentro do finito? E não deve o homem haver preexistido, no Tudo e Único? Acaso existe uma mente má sem ter espaço para ocupar, sem ter poder para agir nem vaidade para se apresentar como sendo o homem?
Se Deus é Mente e preenche todo o espaço, se está em toda parte, a matéria não está em lugar nenhum e o pecado é obsoleto. Se a Mente, Deus, é todo-poder e todo-presença, o homem não se depara com outro poder ou presença que, — obstruindo sua inteligência — lhe causa dor, o acorrenta e o engana. A perfeição do homem está intacta; de onde vem, então, algo além dEle, que não é a contraparte, mas sim a contrafação do criador do homem? Por certo, não vem de Deus, pois Ele fez o homem à Sua própria imagem. De onde vem, então, o átomo ou molécula chamada matéria? Porventura foi formada pela atração e coesão? Mas essas forças são leis da matéria, ou leis da Mente?
Para que a matéria seja matéria, deve ter sido criada por si mesma. A Mente não tem poder para produzir ou para criar a matéria, assim como o bem não tem poder para produzir o mal. A matéria é um enunciado errôneo sobre a Mente; é uma mentira, pretendendo falar contra a Verdade e negá-la; é idolatria, tendo outros deuses; é o mal, pretendendo ter presença e poder sobre a onipotência!
Esclareçamos as abstrações. Coloquemo-nos na presença dAquele que remove todas as iniqüidades e sara todas as nossas enfermidades. Unamos nosso conceito da Ciência àquilo que toca o sentimento religioso íntimo do homem. Abramos nossas afeições ao Princípio que tudo move em harmonia, — desde a queda de um pardal até o voltear de um mundo. Acima da Ursa com seus filhos, está a Ciência da cura mental, mais ampla que o sistema solar e mais alta que a atmosfera de nosso planeta.
O que é o reino dos céus? A morada do Espírito, o reino do real. Ali não existe matéria, ali não existe noite — nada que idealize ou pratique a mentira. É porventura distante esse reino? Não: está sempre presente, aqui. A primeira a declarar-se contra esse reino é a matéria. Porventura será chamada heresia aquilo que advoga a favor do Espírito — o Tudo de Deus e Sua onipresença?
O reino dos céus é o reinado da Ciência divina: é um estado mental. Jesus disse que está dentro de vós, e ensinou-nos a orar "Venha o teu reino"; mas ele não nos ensinou a orar pedindo a morte a fim de ganhar o céu. Não recorremos à escuridão em busca da luz. A morte jamais pode ser a precursora do despontar da Ciência que revela os fatos espirituais da Vida do homem, aqui e agora.
O fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha é a Ciência Divina; o Consolador; o Espírito Santo que guia a toda a Verdade; o "cicio tranquilo e suave" que emana Sua presença e poder, expelindo o erro e curando o doente. E a mulher, a idéia espiritual, toma as cousas de Deus e as mostra à criatura, até que todo o senso do ser seja levedado pelo Espírito. As três medidas de farinha bem podem ser comparadas ao senso equivocado de vida, substância e inteligência, o qual diz: sou sustentado pelo pão, matéria, em vez de pela Mente. O fermento espiritual da Ciência divina muda esse senso equivocado, proporcionando melhores perspectivas de vida, dizendo: A vida do homem é Deus; e quando isso se manifestar, será a “substância das cousas que se esperam”. Conforme a versão King James
A medida da Vida aumentará a cada toque espiritual, assim como o fermento faz crescer a massa do pão. O homem celebrará a festa da Vida, não com o antigo fermento dos escribas e fariseus, nem com o “fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.
Assim se pode ver que a Ciência da cura mental tem de ser compreendida. Há falsos cristos que pretendem “enganar, se possível, os próprios eleitos”, estabelecendo a matéria e seus métodos no lugar de Deus, a Mente. Sua suposição é de que existam outras mentes além dEle; que uma mente controle outra; que uma crença tome o lugar de outra. Mas esse ismo de hoje nada tem a ver com a Ciência da cura mental que nos faz conhecer a Deus e revela a Mente perfeita, única, e Suas leis.
A tentativa de misturar a matéria e a Mente, de trabalhar com os meios tanto do magnetismo animal quanto do poder divino, é como dizer, literalmente: Porventura em teu nome não expelimos demônios, e não fizemos muitos milagres?
Mas lembrai–vos de Deus em todos os vossos caminhos e encontrareis a verdade que rompe o sonho dos sentidos e permite a entrada da harmonia da Ciência que declara a Ele, trazendo cura, paz e perfeito amor.
Da obra Miscellaneous Writings (Escritos Diversos), pp. 171–176. Publicado com permissão do The Christian Science Board of Directors.
De acordo com diretrizes estabelecidas por Mary Baker Eddy, o texto original inglês aparece nas páginas que confrontam a tradução de seus escritos. Todas as outras páginas serão em português, como de costume.
EXTRACT FROM A SERMON DELIVERED IN BOSTON, JANUARY 18, 1885
Text: The kingdom of heaven is like unto leaven, which a woman took, and hid in three measures of meal, till the whole was leavened. — Matt. xiii. 33.
Few people at present know aught of the Science of mental healing; and so many are obtruding upon the public attention their ignorance or false knowledge in the name of Science, that it behooves all clad in the shining mail to keep bright their invincible armor; to keep their demonstrations modest, and their claims and lives steadfast in Truth.
Dispensing the Word charitably, but separating the tares from the wheat, let us declare the positive and the negative of metaphysical Science; what it is, and what it is not. Intrepid, self-oblivious Protestants in a higher sense than ever before, let us meet and defeat the claims of sense and sin, regardless of the bans or clans pouring in their fire upon us; and white-winged charity, brooding over all, shall cover with her feathers the veriest sinner.
Divine and unerring Mind measures man, until the three measures be accomplished, and he arrives at fulness of stature; for “the Lord God omnipotent reigneth.”
Science is divine: it is neither of human origin nor of human direction. That which is termed “natural science,” the evidences whereof are taken in by the five personal senses, presents but a finite, feeble sense of the infinite law of God; which law is written on the heart, received through the affections, spiritually understood, and demonstrated in our lives.
This law of God is the Science of mental healing, spiritually discerned, understood, and obeyed.
Mental Science, and the five personal senses, are at war; and peace can only be declared on the side of immutable right, — the health, holiness, and immortality of man. To gain this scientific result, the first and fundamental rule of Science must be understood and adhered to; namely, the oft-repeated declaration in Scripture that God is good; hence, good is omnipotent and omnipresent.
Ancient and modern philosophy, human reason, or man’s theorems, misstate mental Science, its Principle and practice. The most enlightened sense herein sees nothing but a law of matter.
Who has ever learned of the schools that there is but one Mind, and that this is God, who healeth all our sickness and sins?
Who has ever learned from the schools, pagan philosophy, or scholastic theology, that Science is the law of Mind and not of matter, and that this law has no relation to, or recognition of, matter?
Mind is its own great cause and effect. Mind is God, omnipotent and omnipresent. What, then, of an opposite so-called science, which says that man is both matter and mind, that Mind is in matter? Can the infinite be within the finite? And must not man have preexisted in the All and Only? Does an evil mind exist without space to occupy, power to act, or vanity to pretend that it is man?
If God is Mind and fills all space, is everywhere, matter is nowhere and sin is obsolete. If Mind, God, is all-power and all-presence, man is not met by another power and presence, that — obstructing his intelligence — pains, fetters, and befools him. The perfection of man is intact; whence, then, is something besides Him that is not the counterpart but the counterfeit of man’s creator? Surely not from God, for He made man in His own likeness.Whence, then, is the atom or molecule called matter? Have attraction and cohesion formed it? But are these forces laws of matter, or laws of Mind?
For matter to be matter, it must have been self-created. Mind has no more power to evolve or to create matter than has good to produce evil. Matter is a misstatement of Mind; it is a lie, claiming to talk and disclaim against Truth; idolatry, having other gods; evil, having presence and power over omnipotence!
Let us have a clearing up of abstractions. Let us come into the presence of Him who removeth all iniquities, and healeth all our diseases. Let us attach our sense of Science to what touches the religious sentiment within man. Let us open our affections to the Principle that moves all in harmony, — from the falling of a sparrow to the rolling of a world. Above Arcturus and his sons, broader than the solar system and higher than the atmosphere of our planet, is the Science of mental healing.
What is the kingdom of heaven? The abode of Spirit, the realm of the real. No matter is there, no night is there — nothing that maketh or worketh a lie. Is this kingdom afar off?No: it is ever-present here. The first to declare against this kingdom is matter. Shall that be called heresy which pleads for Spirit — the All of God, and His omnipresence?
The kingdom of heaven is the reign of divine Science: it is a mental state. Jesus said it is within you, and taught us to pray, “Thy kingdom come;” but he did not teach us to pray for death whereby to gain heaven. We do not look into darkness for light. Death can never usher in the dawn of Science that reveals the spiritual facts of man’s Life here and now.
The leaven which a woman took and hid in three measures of meal, is Divine Science; the Comforter; the Holy Ghost that leadeth into all Truth; the “still, small voice” that breathes His presence and power, casting out error and healing the sick. And woman, the spiritual idea, takes of the things of God and showeth them unto the creature, until the whole sense of being is leavened with Spirit. The three measures of meal may well be likened to the false sense of life, substance, and intelligence, which says, I am sustained by bread, matter, instead of Mind. The spiritual leaven of divine Science changes this false sense, giving better views of Life; saying, Man’s Life is God; and when this shall appear, it shall be “the substance of things hoped for.”
The measure of Life shall increase by every spiritual touch, even as the leaven expands the loaf. Man shall keep the feast of Life, not with the old leaven of the scribes and Pharisees, neither with “the leaven of malice and wickedness; but the unleavened bread of sincerity and truth.”
Thus it can be seen that the Science of mental healing must be understood. There are false Christs that would “deceive, if it were possible, the very elect,” by instituting matter and its methods in place of God, Mind. Their supposition is, that there are other minds than His; that one mind controls another; that one belief takes the place of another. But this ism of to-day has nothing to do with the Science of mental healing which acquaints us with God and reveals the one perfect Mind and His laws.
The attempt to mix matter and Mind, to work by means of both animal magnetism and divine power, is literally saying, Have we not in thy name cast out devils, and done many wonderful works?
But remember God in all thy ways, and thou shalt find the truth that breaks the dream of sense, letting the harmony of Science that declares Him, come in with healing, and peace, and perfect love.
