Todas as vezes que conversávamos sobre religíão, ele achava o assunto defícil de dizia: “Éramos amigos desde pequenos, eu o conhecia bem. Ele acreditava em Deus, não era ateu. Um dia descobri por que ele não gostava desse tema: ele tinha medo de Deus.
O pouco que ele aprendera sobre Deus fora aos anos, no colégio. Ficou com tamanho medo do castigo divino, que não quis mais ir às aulas de religião. Os pais não insistiram, e ele recebeu pouca educação religiosa. Se tivesse sabido o que Deus realmente é, teria tido uma perspectiva mais feliz da vida, depois de adulto.
Por isso é importante as crianças aprenderem os fatos corretos sobre a terna relação entre Deus e o homem. Em geral as pessoas têm medo daquilo que desconhecem. O medo provém da ignorância ou da informação errada. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy escreve: “Énossa ignorância acerca de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia, e compreendê–Lo corretamente restabelece a harmonia.”Ciência e Saúde, p.390.
Por que ter medo de Deus? Por que evitar pensar nEle, ou preferir achar que Ele não existe? Talvez por crer que Ele é um Deus irado, que castiga. Contudo, Deus não é um ser humano de proporções aumentadas, um senhor de idade sentado nas nuvens, a julgar e condenar Seus pobres filhos.
Hoje as ciências naturais dão provas da enormidade do universo e as espaçonaves tiram fotografias e fazem investigações até noutros planetas. Será que as pessoas que têm instrução podem aceitar um conceito limitado sobre Deus, um conceito humano? O único leito é utilizar um modo espiritualmente científico de conhecer a Deus como a Mente infinita, Princípio, Verdade. Nada há de ilógico, sobrenatural ou supersticioso em saber o que é Deus. Chegou a hora de pesquisar corretamente e de abandonar conceitos antigos, mediante uma teologia tanto científica quanto espiritual. Ela se encontra nas provas inspiradas da ajuda de Deus, exemplificadas por Cristo Jesus. Pode–se praticar e estudar o cristianismo, de forma científica, na Christian Science.
Jesus deu ao mundo uma oração, conhecida como o “Pai–Nosso”, que revela a terna relação entre Deus e Seus filhos. Ver Mateus 6:9–13. Nela não há nada que cause medo. Essa oração nos tranqüiliza, dizendo que Deus é o Pai de todos nós. Seu reino, Seu governo estão aqui, Deus nos sustenta, nos perdoa, nos guia e nos livra. E Seu poder é para sempre.
Deus, que é Amor e Princípio, não exige sofrimento, quando aprendemos o que Ele é. Suas bênçãos são universais. Quando compreendemos melhor como Ele se relaciona com o homem, a busca se torna mais interessante, conduzindonos a provas mais cabais de que Deus nos cinge por completo. Sua eterna presença, Sua Totalidade, é nosso escudo.
“Deus é amor” 1 João 4:8., diz o apóstolo João. Amor com “A” maiúsculo é, portanto, um sinônimo de Deus. A teologia da Christian Science nos mostra um Pai amoroso, ali mesmo onde O buscamos. A Sra. Eddy diz: “Lembra–te, não te podes encontrar em nenhuma situação, por mais grave que seja, onde o Amor não tenha estado antes de ti e onde sua terna lição não esteja à tua espera.” The First Chruch of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 149. Se há uma lição para aprender, é cheia de ternura.
A teologia da Christian Science nos mostra um Pai amoroso, ali mesmo onde O buscamos.
A oração científica a Deus não se limita a nenhuma condição. Vai muito além de meros pedidos a um ser sobrenatural para que faça algo por nós. Significa buscar inteligentes, lógicos, inspirados, e aplicar Suas leis, que estabelecem a harmonia. Não requer psicologia, nem estudo do pensamento humano, e não tem nada a ver com psicanálise ou condenação teológica. Tem muito a ver com o desejo sincero de ser bom e fazer o bem. Querer compreender a Deus como nosso Pai–Mãe não nos separa dos outros. Ao contrário, amplia nosso senso de companheirismo, amizade e amor pela humanidade.
Meu desejo de estudar a Bíblia e Ciência e Saúde cresceu quando eu estava na faculdade, não obstante o pouco tempo que me sobrava. À medida que fui intensificando meus estudos, tanto desses dois livros quanto das matérias universitárias, foi ficando claro quais eram meus verdadeiros amigos. Minha vida social aumentou e meu círculo de amizades se expandiu, apesar de conselhos como: “tanto estudo de religião vai deixar você sozinha". O que aconteceu foi o contrário.
Aí eu tive a oportunidade de assistir a uma reunião de estudantes universitários realizada n’A Igreja Mãe, The First Church of Christ, Scientist, em Boston. Vi–me rodeada de milhares de universitários do mundo inteiro. Acabávamos de nos conhecer, e já nos sentíamos amigos chegados, pois o que tínhamos em comum era a coisa mais importante em nossa vida: um profundo desejo de conhecer melhor a Deus e de servir à humanidade. Ao fim da reunião, voltei ao Brasil, onde eu morava naquela época. Terminei meu curso, tendo um senso muito amplo de propósito na vida. E continuei a estudar as verdades espirituais, animada ao lembrar que eu tinha novos amigos, no mundo inteiro, fazendo a mesma coisa.
Será que se poderia dizer que meu interesse por Deus me isolou, me privou de alguma coisa boa? De jeito nenhum! Em vez disso, muitas oportunidades se descortinaram à minha frente. E por falar nisso, este ano, em agosto, vai haver uma reunião dessas n’A Igreja Mãe. A ela comparecerão estudantes universitários do mundo inteiro, desejosos de servir melhor à humanidade e aumentar sua compreensão sobre Deus. Espero que você venjha. se for estudante ou professor numa faculdade.
Vale a pena aventurar–se em estudos espirituais — saber o que é Deus. Ajuda bastante em nossa experiência. Faz diferença na vida de todo o mundo. Para o nosso próprio bem, saber mais acerca de Deus promove progresso e bondade. Sem dúvida, “esse negócio de religião é muito importante”. Deus mesmo nos leva pelo caminho de realizações e progresso espiritual, como diz Ciência e Saúde: “Se trabalhares e orares com motivos sinceros, teu Pai abrir–te–á o caminho.” Ciência e Saúde, p. 326.
