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A diferença entre ignorância e inocência

Da edição de fevereiro de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando eu era adolescente, na Inglaterra, muitas das minhas amigas começaram a freqüentar discotecas, mesmo quando estavam abaixo da idade permitida nesses lugares. Algumas delas gostavam de contar vantagens, porque haviam conhecido muitos garotos e dormido com eles. Eu achava que não devia ir a esses lugares, pois também não tinha idade, mas às vezes me sentia pressionada e “de fora”, pois não participava de tudo o que elas faziam. Minhas amigas me diziam que eu estava me privando de uma etapa importante do meu desenvolvimento. Tive de ficar muito firme, diante dessas alegações.

Contudo, eu estava aprendendo outras coisas muito mais importantes. Na igreja que eu freqüentava, todas as semanas aprendia algo sobre minha verdadeira identidade. No livro-texto da Christian Science li este trecho: “Deve-se permitir que as crianças permaneçam como tais nos seus conhecimentos e que se tornem homens e mulheres só pelo desenvolvimento na compreensão da natureza superior do homem” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 62). De início pensei que o significado dessa frase era que eu deveria permanecer ignorante ou ingênua. Mas não era bem assim. Compreendi que, por ser filha de Deus, feita à Sua perfeita imagem e semelhança, eu tinha acesso ilimitado a tudo que necessitava. A bondade de Deus é infinita. Portanto, eu podia recorrer diretamente a Deus em busca de orientação e alegria.

Foi muito importante compreender esse fato. Consegui entender que Deus me proveria de todas as experiências necessárias para eu amadurecer de forma natural, sem privarme de nenhuma etapa do meu amadurecimento. O amor de Deus por mim era infinito e me proporcionava todo o bem. Se eu não tinha namorado ou não saía à noite, talvez fosse porque não precisava dessas experiências nessa altura.

Tal maneira de encarar as coisas me deu muitas vantagens. Eu me concentrava melhor nos estudos. Com o tempo, reconheci também que me mantive longe dos problemas de drogas, álcool e sexo extra-matrimonial, ao contrário do que acontecia com minhas amigas.

Quando atingi a maioridade, comecei a sair de noite com amigos, a ir aos bares e discotecas. Fiquei surpresa de ver o quanto eles tinham de beber, para chegar a divertir-se. De início, não me sentia muito à vontade com eles, mas logo percebi que minha compreensão acerca de Deus esclarecia as razões para eu sair com eles. Afinal de contas, Deus está em toda parte e eu jamais podia estar longe de Sua influência. Sentia-me muito feliz ao expressar qualidades espirituais, ou seja, alegria, amor e bondade. Podia expressar essas qualidades onde quer que eu estivesse. Lembrei que expressava honestidade todas as vezes que me apresentava à porta de uma boate, pois já havia chegado à maioridade. Como Deus estava ali conosco, eu sempre podia encontrar e vivenciar essas qualidades.

Meus amigos em breve notaram que eu era feliz sem tomar bebidas alcoólicas e que não conseguiam mudar meus costumes. Não tardou muito para perceberem que na realidade eu me divertia mais do que eles, pois não sofria os maus efeitos da embriaguez e nunca tinha ressaca no dia seguinte. Ao reconhecer constantemente que a origem de minha felicidade era Deus, eu podia desfrutar de tudo sem recorrer ou depender de drogas. Ficou claro também que esse comportamento tornava mais fácil eu escutar a orientação de Deus e segui-la.

Dando valor à inocência, você adquire muito mais liberdade de movimentos no mundo. Todos os dias nos deparamos com opções diante de nós. Está muito bem não participar nas atividades em que você não se sente à vontade. Já temos nossa identidade verdadeira, como a imagem e semelhança de Deus, o que vem em apoio a nossas decisões acertadas. Jamais precisamos pensar que, ao permanecer como crianças em nossos conhecimentos, somos ignorantes de coisas boas ou que estamos nos privando de algo. Não mesmo, principalmente porque ao ser filhos de Deus somos completos e ilimitados.

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