Certa noite eu estava voltando para casa de ônibus, sozinha. O percurso incluía um túnel onde, com freqüência, ocorriam assaltos. Geralmente, quando eu passava por ali, sentia o desejo de orar, pois sabia que assim venceria o medo. Nessa noite em particular, fiz a mesma coisa.
Orei, reconhecendo a onipresença divina e percebi que se Deus estava em toda parte, Ele não poderia estar apenas fora do túnel, teria de estar dentro, fora, em cima, em baixo, em toda parte. Também procurei reconhecer que assim como eu não poderia ser atacada, também ninguém poderia atacar. Lembrei um trecho do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, onde Mary Baker Eddy diz: “O mal não tem realidade. Não é pessoa, nem lugar, nem coisa, mas simplesmente uma crença, uma ilusão do sentido material” (p. 71). Por isso, não havia um lugar que fosse mais perigoso, ou menos, que outro.
O ônibus passou pelo túnel, mas senti o desejo de continuar orando. Mais adiante, já perto da minha casa, entraram cinco meninos de rua. Quando me dei conta, um deles estava ao meu lado, pedindo que eu lhe desse todo o meu dinheiro. Por um instante fiquei olhando para ele e me levantei, como se fosse trocar de lugar, mas ele me prensou contra a janela. Voltei a me sentar e calmamente lhe disse: “Meu amigo, não há nenhum dinheiro para você tirar de mim.” Ele logo se levantou e foi saindo, junto com os outros.
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