No meu tempo de criança, minha tia Bidy era uma das pessoas de quem eu mais gostava. (Seu verdadeiro nome era Violeta, mas quando meu irmão era pequeno, ele tinha dificuldade em pronunciar esse nome.) Ela se dedicava a me mostrar a beleza das coisas: música, pinturas, livros e flores. Entre as lembranças que permaneceram mais vivas na minha memória, estão as caminhadas que fazíamos pelos extensos canteiros de flores de minha avó. A Tia Bidy se entusiasmava ao passar pelos canteiros de violetas e peônias, de dálias, tulipas, rosas, margaridas e narcisos. Sou realmente muito grata pelo prazer que ela demonstrava diante de todas as coisas bonitas e pelo seu esforço paciente em despertar em mim o mesmo gosto.
Sou também grata por outra mulher que, através de seus escritos, ensinou-me mais coisas sobre flores. Referindose às flores, num culto na igreja, a Sra. Eddy escreveu: "Estas flores são apóstolos florais" (Miscellaneous Writings, p. 179). Um apóstolo é aquele que é enviado para ensinar e, recentemente, durante uma viagem, compreendi melhor o que a Sra. Eddy quis dizer.
Ao entrar no quarto do hotel onde estava hospedada, ali estava para me saudar um vaso cheio de narcisos silvestres ainda em botão. Pus o vaso sobre a mesinha de cabeceira e reclinei-me sobre os travesseiros para ler. Passado algum tempo, dei uma olhada ao vaso e vi três botões já bem abertos. Fiquei admirada. Silenciosamente, sem que eu notasse, a "atividade dos narcisos" prosseguira! Eu não vi, não ouvi, nem senti nenhum movimento nas flores. No entanto, os narcisos desabrocharam completamente — com suas coroas amarelas brilhantes como o sol, emolduradas por pétalas já perfeitamente formadas. Observei-os demoradamente, certa de que havia naquelas flores uma lição espiritual importante.
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