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O valor real

Da edição de julho de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Diante da instabilidade da moeda em muitos países, a edição radiofônica do Arauto produziu um programa em que se debate o verdadeiro valor de tudo aquilo de que necessitamos. Transcrevemos aqui uma versão sucinta do conteúdo do programa, durante o qual Redatora-Chefe desta revista, e apresentadora do programa, conversaram com praticista da Christian Science em São Paulo.

Katharina Helmick — O que é que determina o valor real de alguma coisa? Esta época está sofrendo o medo latente de que o valor flutuante da moeda nacional de vários países caia ainda mais ou, em linguagem econômica popular de hoje, que afunde. Em que podemos nos apoiar, quando oramos? Quais são os verdadeiros valores que temos de manter? Eles podem, de fato, afundar?

Heloísa Rivas — Afundar e flutuar são palavras empregadas em sentido figurativo. No caso das finanças trata-se de manter a capacidade de comprar bens ou de manter um país, uma empresa ou um indivíduo bem suprido daquilo de que ele precisa.

Geraldo Faria Marcondes — A verdadeira tranqüilidade de uma nação, no entanto, não pode repousar somente no valor do dinheiro. Existem outros valores, inerentes aos seus cidadãos, tais como coragem, honestidade, o desejo de trabalhar. Quem respeita e vive valores espirituais não teme que eles se desvalorizem. Eles são indestrutíveis, e essa noção espiritual de valores tem um uma influência decisiva na mentalidade dos povos.

KH — É importante ter a confiança de poder cumprir obrigações e saber que a lei divina de abundância é permanente, e estará presente amanhã, e depois, e depois também. O que realmente ajuda é confiar em que Deus nos vai dar hoje aquilo de que precisamos. A gratidão pelo que Deus supre hoje é o ponto de partida para a oração que busca a provisão para o amanhã.

GFM — Eu venho observando aqui no Brasil um desejo geral de colaborar com as autoridades para resolver a situação financeira. Esse desejo está fundamentado na noção do valor real mencionado anteriormente, o valor das qualidades espirituais.

O desejo de colaborar é uma qualidade que não afunda nem quebra, assim como o esforço por não prejudicar outra pessoa, outra empresa ou outro país. Esses sentimentos constituem o verdadeiro amor ao próximo, que ajuda os indivíduos a tomar uma atitude inteligente, a conviver em paz com outras pessoas e outros países.

KH — Em 2 Coríntios o Apóstolo Paulo dá um exemplo de colaboração, dizendo aos discípulos daquela época: "Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade". Depois continua: "Suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade". O Apóstolo está se referindo ao Velho Testamento, Êxodo 16: "Como está escrito: o que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve falta." O trecho se refere à ocasião em que os filhos de Israel saíram do Egito para a Terra Prometida. Durante o percurso, no deserto, ficaram sem ter o que comer. A proteção de Deus se manifestou através do maná, uma substância que aparecia todas as manhãs no terreno do acampamento dos filhos de Israel, servindo de alimento. Não se podia armazenar para o dia seguinte, pois ele se estragava. O povo então teve de confiar no amor de Deus, pois não podia acumular provisões. E o alimento jamais faltou.

GFM — E cada um teve aquilo que o satisfazia. Isso também se aplica a todas as leis da economia. O senso de satisfação indica mais maturidade do que o desejo de ter em excesso ou ter mais que os outros.

KH — E o que dizer de guardar dinheiro para um caso de emergência?

HR — A economia individual e da família deve obedecer a um senso de boa administração, e não ao medo. Não é questão de guardar dinheiro por temer uma doença ou alguma emergência, mas simplesmente porque é bom senso ter certo respaldo econômico como resultado de se agir com sabedoria e previsão para situações diferentes das rotineiras. A oração inteligente é um reconhecimento de que os recursos de Deus, que não são materiais, mas sim idéias espirituais, são infinitamente abundantes. A lei de Deus, a lei do Princípio divino, atua na consciência humana por meio do Cristo, a manifestação do amor de Deus ao homem. Compreender esse fato exerce uma influência benéfica na administração de recursos.

KH — Podemos comparar o bem que vem de Deus aos raios do sol. A luz que beneficia a uns não diminui nem é afetada pelo fato de o sol brilhar também sobre outros. A luz do sol jamais se esgota. O valor dos raios de sol não varia e não corre o risco de afundar ou quebrar. Assim é com os infinitos recursos do Amor divino para com o homem. Homens e nações, todos obedecem a um mesmo Princípio ou lei divina, que está ao alcance de todos.

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