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O que muda e o que não muda

Da edição de julho de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


No meio do mato, a sessenta quilômetros da cidade. Não há estradas nem vestígio ou ruído da civilização. Era o fim do verão, fazia sete anos que não acampávamos naquela ilhota toda coberta de pinheiros.

O que teria mudado durante aqueles anos? — pensei.

Eu sabia das temperaturas extremas que ocorrem nessa parte norte das florestas do Canadá, invernos frígidos, tempestades de vento, incêndios na floresta. Calculei que pelo menos os rochedos não teriam sofrido alterações. Depois de milhares de anos desde que o último glaciário deslizara por ali com quase dois mil metros de gelo, medidos na vertical, criando nitidamente a forma de cada uma das rochas, sete anos parecia pouco mais do que um piscar de olhos, na história daqueles barrancos de pedra dura. Fora isso, o que mais teria permanecido igual, de tudo o que eu lembrava da ilha, como o lago, as árvores, as flores e os animais?

Quando ancoramos nossas canoas na costa ocidental da ilha, estava tudo exatamente como eu havia tantas vezes imaginado, talvez até melhor. No dia seguinte, quando uma alvoroçada família de lontras começou a brincar na água e a chamarnos a atenção, eu me lembrei da curiosidade que elas tinham mostrado durante nossa visita anterior, fazia tantos anos. Havia sido um momento feliz, um lugar cheio de alegria.

Mas nossa vida nem sempre é assim. Algumas experiências ou acontecimentos não voltam mais. Às vezes os lugares, o ambiente, coisas que amamos, sim, mudam, nem sempre para melhor.

Claro, muitas das mudanças que ocorrem em nossa vida e em nosso mundo são boas e necessárias, trazendo progresso verdadeiro e cura, ambos sempre bem-vindos. Mas quando temos de enfrentar mudanças dolorosas, aquelas que parecem destruir algo de bom e de importante em nossa experiência, é reconfortante pensar naquelas coisas que não se modificam e orar para reconhecer isso.

Então, o que é que não muda? O amor de Deus para conosco, Seu desvelo e orientação, Suas leis divinas, a governar o universo, a natureza intrinsecamente espiritual da realidade, o espírito do Cristo, a Verdade, revelando constantemente a beleza divina, a graça, a santidade, todo o bem, a todos.

O autor de um dos livros da Bíblia percebeu a natureza permanente, que transcende o tempo, de nossa relação com Deus, e exclamou: "Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia." Esse apóstolo continua a descrever como as "cousas" do mundo físico "hão de ser assim desfeitas", e acrescentou que os seguidores de Jesus diligentemente procurarão "novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (ver 2 Pedro 3:8, 11, 13). E essa realidade divina onde "habita justiça", permanece para sempre.

A seguinte observação, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, ilustra a perspectiva da Christian Science sobre a natureza eterna e permanente daquilo que Deus cria e sobre nossa relação com Deus: "Deus modela todas as coisas segundo Sua própria semelhança. A Vida é refletida em existência, a Verdade em veracidade, Deus em bondade, as quais transmitem sua própria paz e permanência." (p. 516) E o fato de que Deus perpetua essas qualidades espirituais em cada um de nós nos permite discernir e demonstrar a influência sanadora e redentora daquilo que não se altera, das eternas leis da Vida, da Verdade e do Amor.

Se alguma vez nos sentirmos abalados em nosso caminho através das areias movediças da existência humana, a realidade divina inalterável e as leis de Deus nos proporcionam uma rocha, um lugar seguro e aprazível, um lugar firme, uma inabalável convicção. Por meio da oração descobrimos o "novo céu e nova terra" da criação de Deus. Descobrimos aquilo que permanece para sempre.

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