Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Deus é, aqui e agora

Da edição de julho de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Parce-nos, às vezes, que algum acontecimento ou pessoa "lá longe", fora do nosso alcance, ou fora de nós, prejudica-nos ou está impedindo que desfrutemos o bem. Por mais tentados que sejamos, às vezes, a culpar pessoas ou coisas que, a nosso ver, nos prendem a uma situação ruim, é sempre mais eficaz enfrentar, diretamente no pensamento, a sugestão de que exista alguma coisa que possa interpor-se entre nós e a bondade divina.

"Livremo-nos da crença de que o homem esteja separado de Deus, e obedeçamos unicamente ao Princípio divino, a Vida e o Amor. Eis o grande ponto de partida para todo verdadeiro desenvolvimento espiritual", afirma a Sra. Eddy em Ciência e Saúde (p. 91). Tomamos esse ponto de partida por meio da oração e com ele deixamos para trás os falsos conceitos acerca de nosso relacionamento com Deus, livrando-nos assim de tudo aquilo que, em nossa experiência, parece nos separar do bem.

Esse fato está ilustrado na experiência de Paulo e Silas, relatada na Bíblia. Os dois haviam viajado pela Macedônia e, depois de serem acusados falsamente, foram açoitados e presos. Ambos foram acorrentados e colocados sob vigilância. Paulo e Silas aparentemente nem procuraram convencer as autoridades, ou os guardas, a não os acorrentarem e a deixá-los livres. Em vez disso, a Bíblia nos conta: "Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo?" (Atos 16:25–30)

O que mudou a situação para Paulo e Silas e os pôs em liberdade foi a noção que eles tinham daquilo que estava realmente acontecendo: a vontade divina e o inquebrantável relacionamento deles com Deus. Os dois oraram e "cantavam louvores a Deus". Sabiam que a presença e o poder de Deus estavam com eles. Não procuraram argumentar com seus captores nem modificá-los. Em termos absolutos, isto é, do ponto de vista de Deus, não existe nenhuma condição material capaz de aprisionar. Por isso, a situação podia apenas parecer real e ameaçadora para a consciência humana. E foi aí, na consciência humana, que Paulo e Silas trataram do caso. Sem dúvida estavam conscientes da liberdade que Deus lhes assegurava por serem a semelhança do Espírito. O pensamento deles permanecia livre e as portas da prisão tiveram de abrir-se. Eles já não eram prisioneiros e garantiram ao carcereiro que ele não tivera culpa. Compreender que Deus é aqui, agora, dá liberdade ao pensamento e à experiência.

Tudo aquilo que parece prender-nos, somente o conseguirá se nós, em nosso pensamento, permitirmos. Do ponto de vista de Deus, já estamos agora, aliás, estamos sempre, a salvo de qualquer coisa "lá longe", de qualquer suposta ação ou situação mortal. Provamos esse fato por meio do conhecimento do "Deus conosco" (o que na Bíblia é chamado Emanuel), nunca mediante a manipulação de pessoas ou circunstâncias que pareçam ser a causa de nossas dificuldades. Nossa experiência reflete nosso pensamento e quando reconhecemos que Deus está conosco, vivenciamos o bem.

Não existe nada "lá longe", para Deus. Ele é o Amor divino, o Princípio que a tudo inclui. O Princípio divino não está no espaço nem em três dimensões. O Amor divino não está confinado ao físico, ao espaço ou ao tempo. Deus é infinito. Sendo Deus Tudo-em-tudo, a única vida verdadeira que temos está nEle. "Nele vivemos, e nos movemos, e existimos", diz a Bíblia, no Novo Testamento (Atos 17:28).

Para Deus e para Sua semelhança, ou seja, o homem espiritual, há somente o aqui e o agora, e isso significa que, para o Princípio divino e sua semelhança não há nada "lá longe", nenhum lugar ou tempo em que Deus seja diferente ou esteja ausente, ou em que o homem esteja separado do bem. Deus, o Princípio divino, causa somente o ser puro e espiritual, um estado de bondade e liberdade imaculada.

Deus é Tudo, aqui e agora. Esse reino do Espírito infinito é único e abrange tudo, por completo; nenhuma outra existência há "lá longe". Deus é. Ciência e Saúde afirma: "O homem é a expressão do ser de Deus" (p. 470). Como Deus é ser, o homem é. Compreender a totalidade, o poder infinito e a presença de Deus é maravilhosamente libertador. Não somente traz cura, mas também salvação.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 1999

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.