Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

É saudável conversar sobre doenças?

Da edição de julho de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Minha amiga foi com prazer sentar-se ao cálido sol invernal, junto com as outras mães que esperavam os filhos, na aula de esportes. Esperava passar uma horinha agradável, conversando sobre coisas leves, do dia-a-dia. Em vez disso, acabou ouvindo todos os detalhes da mais recente epidemia infantil, do último tipo de gripe que estava "dando" na cidade, das diversas alergias desta ou daquela criança.

Mais tarde, repassando os acontecimento do dia, essa mãe se deu conta de que ela costumava passar muito tempo pensando e falando sobre doenças. Isso não tinha proporcionado melhor saúde nem a ela nem à sua família. Tais conversas, muitas vezes, só haviam aumentado seu medo.

A situação mudou quando ela começou a ler Ciência e Saúde e ali aprendeu que havia uma conexão entre aquilo que pensamos e o que acontece em nossa vida. Ela agora mantém o pensamento cheio da compreensão espiritual da saúde do homem, da harmonia espiritual, como sendo algo preservado por Deus, e não faz da doença o tema de seus pensamentos e de suas conversas. Como resultado, ela tem menos medo do mal e a família toda goza de melhor saúde.

A necessidade de vigiar cuidadosamente os conceitos que cultivamos sobre nós mesmos e sobre os outros, não é uma idéia nova. Existem trechos bíblicos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, que falam da importância de prestamos atenção ao que pensamos e dizemos. Por exemplo, Cristo Jesus adverte: "... não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes" (Lucas 12:22, 23).

Jesus compreendia que a verdadeira fonte da saúde é Deus. Ela nos mostrou que, quanto mais pensarmos e vivermos partindo de um ponto de vista cristão, espiritual, tanto mais conseguiremos destruir o medo da doença e manter a saúde e o bem-estar para nós e nossa família. Em seu sentido mais amplo, o conselho de Jesus: "... não andeis ansiosos pela vossa vida ..." mostra a necessidade de afastar o pensamento da materialidade, evitando contemplar a doença, especular sobre infecções, descrever a corporalidade, preocupar-se com o que podemos, ou não, comer. A doença tem sua origem na crença mortal, naquelas noções errôneas que apresentam o homem como sendo material, a doença como sendo algo real, e a má saúde como sendo inevitável. Essas crenças são o oposto da verdade espiritual que, quando compreendida, traz consigo a saúde. Para sermos sãos de corpo e de mente, precisamos pensar menos em teorias materiais sobre saúde e alinhar mais nossos pensamentos com os fatos cristãmente científicos a respeito de Deus e do homem.

A vida não é material. A Vida é Deus, Espírito, e Deus nos criou à Sua imagem. Como imagem do Espírito, nossa verdadeira identidade é imortal, espiritual, perfeitamente sadia e forte. No universo criado pela Mente divina, tudo o que existe é bom e são. Não há ali doenças, pois Deus não conhece e, portanto, não fez, nada que possa atacar e prejudicar Seus filhos. Isso significa que, por sermos filhos queridos do Amor, nosso vigor é sustentado por Deus, nossa vitalidade está preservade e nossa sanidade é certa e assegurada. A convicção dessas idéias espirituais produz saúde e uma vida cheia de vigor.

Quando permitimos que nossos pensamentos se detenham em teorias sobre dietética, fisiologia, e outras da mesma natureza, encontramos o medo e a desarmonia. Essas hipóteses materiais partem da premissa de que a existência seja totalmente física. Nelas, tenta-se curar o doente pela suposição de que a matéria possa curar a matéria e de que o pensamento do paciente não tenha quase nada a ver com o caso. Tais crenças deixam de atacar a verdadeira causa do mal físico.

A doença se origina no pensamento. Surge muitas vezes por associação mental. Ouvimos falar que certa doença está atacando em determinado lugar e acreditamos que podemos apanhá-la. Essa expectativa, em conjunto com a imagem mental da doença, acaba se manifestando no corpo. O mesmo se aplica às doenças consideradas contagiosas. O contágio não é físico, na realidade. Provém antes da imagem mental de sofrimento e do medo de que esses males possam ser transmitidos.

Como a doença é de natureza mental, podemos tratá-la com êxito através da oração baseada na Ciência divina do ser. Eu tive uma prova disso, certo dia em que uma vizinha me telefonou. Durante a conversa, ela descreveu longamente e com riqueza de detalhes os sintomas de gripe e o sofrimento por que estava passando. Eu fiquei tão impressionada e preocupada com o que ela havia dito, que poucos minutos depois de pôr o fone no gancho eu comecei a sentir os mesmos sinais de gripe, embora eu não tivesse estado em contato físico com ela nem com nehum outro doente.

Procurando em Ciência e Saúde, encontrei esta afirmação: "Choramos porque outros choram, bocejamos porque outros bocejam, e apanhamos varíola porque outros a têm; porém é a mente mortal, não a matéria, que contém e transmite a infecção. Quando esse contágio mental for compreendido, teremos mais cuidado com nossas condições mentais, e evitaremos tagarelar sobre moléstias, assim como evitaríamos falar em favor do crime" (p. 153). Com isso, eu compreendi que havia me permitido ficar impressionada pelas palavras de minha vizinha. Essa influência mental havia trazido o medo ao contágio, e agora esse estado mental de temor estava se manifestando no corpo.

A fim de remediar isso, voltei-me para Deus em oração e enchi meu pensamento das verdades espirituais aprendidas em meu estudo diário da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy. Reconheci que Deus, o bem, é onipotente, onipresente, supremo. A bondade de Deus e sua expressão na criação divina são as únicas coisas que existem. O homem, a imagem de Deus, está, portanto, sempre em perfeita saúde, com as energias do Espírito, com a força e vitalidade perene da Vida.

Não há meio de nós sermos desapossados da compreensão espiritual, pois somos os filhos amados de Deus. Compreendendo esse fato, não nos deixaremos enganar por falsidades a respeito de Deus e de Sua idéia, o homem. Em verdade, o Espírito governa nossos pensamentos e ações. Nós refletimos apenas o conhecimento espiritual da Mente divina. Como vivemos na atmosfera pura da Mente, e estamos imbuídos da consciência sagrada do Amor, nossos pensamentos estão alerta, são claros e vigorosos, e expressam o domínio dado por Deus.

Permaneci firme nessas idéias sanadoras e todos os sintomas de gripe se desvaneceram. Fiquei completamente livre. Embora eu me sentisse grata pelo alívio físico imediato, senti-me ainda mais grata pelas lições que aprendi naquele dia.

No capítulo "A Fisiologia", Ciência e Saúde afirma: "Devemos compreender que a causa da doença vinga na mente humana mortal, e que sua cura vem da Mente divina imortal. Devemos impedir que as imagens da doença tomem forma no pensamento, e devemos apagar os contornos da moléstia já delineados nas mentes dos mortais.

"Quando houver menos receitas e se pensar menos em questões de higiene, haverá melhores constituições e menos moléstias" (pp. 174-175).

Quanto menos pensarmos sobre doenças, e quanto mais compreendermos que Deus nos ama, que Ele mantém nosso bem-estar e preserva nossa vida, tanto mais saúde teremos.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 1999

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.