No país onde eu vivo, existem ainda muitas áreas pouco desenvolvidas, algumas estradas nem estão pavimentadas e, embora haja eletricidade na maior parte do país, existem lugares onde ela ainda não chegou. A cura que desejo relatar aconteceu numa região remota, numa praia isolada.
O representante de um hotel pediu-me que eu fosse ao local e filmasse o estabelecimento e seus arredores. Após o almoço, enquanto trocava de roupa antes de começar a filmagem, ergui os braços para tirar a camiseta. Ouvi um estalo e constatei que minha mão havia esbarrado no ventilador do teto. Um dos dedos estava quase decepado. Peguei uma toalha e enrolei no dedo. Depois sentei-me na cama e neguei que pudesse ter algum poder sobre mim aquilo que acabava de acontecer. Eu sabia que não há acidentes na Mente divina e também que o homem jamais poderia estar separado do amor de Deus, pois o homem é espiritual, sempre intacto e completo.
Eu sabia que o homem jamais pode estar separado do amor de Deus.
Quando o sangramento parou, fui até a gerência do hotel para pegar algumas ataduras. Ao ver o dedo, meu amigo ficou muito alarmado e quis até solicitar um avião para que eu fosse levado à cidade, para um pronto-socorro. Consegui convencê-lo de que eu estava bem e de que ele não precisava se preocupar.
Após ter enfaixado a mão, decidi fazer algumas filmagens naquela mesma tarde. Acabei caminhando duas horas e meia, inclusive escalando uns penhascos de nove metros de altura, para dali filmar as praias, cascatas e animais, e não senti o menor desconforto ou dor.
Todavia, ao pedir um táxi para voltar ao hotel, fui informado de que teria de aguardar umas duas horas. Como já estava no final da tarde e eu queria estar de volta antes que escurecesse, decidi voltar a pé pelo caminho por onde viera.
No caminho, se formou uma tempestade. Ficou muito escuro e, com a chuva caindo, era bem difícil enxergar direito. Comecei a orar. Ao afirmar para mim a proteção e o amor de meu Pai, Deus, uma declaração em Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, veio-me ao pensamento: " 'Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto?' Que é que Deus não pode fazer?" (p. 135). Compreendi que o cuidado amoroso e a proteção de Deus satisfazem toda necessidade, até mesmo das pequeninas plantas e insetos do deserto. Tornou-se claro para mim que eu recebia o mesmo cuidado e proteção no "deserto" em que eu estava, por assim dizer. Continuei a andar, o clarão dos relâmpagos iluminava meu caminho sobre os rochedos e consegui voltar ao hotel, bastante molhado mas são e salvo.
O amor de Deus está sempre presente. A Mente, Todo-inteligente, controla sua criação, expressando amor e demonstrando Vida harmoniosa, abundante, eterna em todo lugar. A cura do dedo levou uns dez dias e foi tão completa que eu não sei mais dizer qual das mãos foi a atingida.
Meus sinceros agradecimentos à Sra. Eddy por sua obediência a Deus, ao dar ao mundo seu livro Ciência e Saúde. Sou eternamente grato a Cristo Jesus por ter traçado o caminho para todos nós. Tenho muito apreço por nosso Pai-Mãe Deus.
São José, Costa Rica
 
    
