"O'dona, a senhora 'tava com medo de vir aqui?" O garoto sorria amigavelmente, mas com um certo tom de malícia na voz. Para dizer a verdade, eu havia sentido um pouco de apreensão, à medida que se aproximava o dia de eu falar a uns vinte adolescentes, num centro de detenção de menores. Eram jovens que haviam cometido crimes graves e eu não tinha muita certeza de como eles reagiriam, ao ouvir uma mulher falar sobre Deus e sobre a diferença que Ele poderia fazer na vida deles.
Afinal, por que iriam prestar atenção a mim, uma pessoa tão diferente deles? Além disso, havia a sugestão insistente de que talvez já fosse tarde demais. A maioria deles já estava embrenhada no mundo do crime. Para alguns, uns poucos momentos de desatino haviam mudado para sempre, e de forma aparentemente irreversível, o curso de sua vida, sem falar da vida das vítimas.
Contudo, nas semanas que haviam se seguido ao convite para falar nesse centro de detenção, minhas orações me haviam proporcionado uma certeza: Deus não os havia abandonado. A Mente divina, o Amor, que é a origem de todas as identidades e inclui todas elas, tinha um propósito para cada um desses garotos. Havia esperança para eles — esperança de aprender, de arrepender-se, de chegar a uma vida útil e proveitosa, ali mesmo onde estavam, no centro de detenção.
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