Certo dia, ao olhar pelo visor de uma máquina fotográfica, percebi que não conseguia focalizar direito. Achei que era defeito da máquina. Minha vista sempre fora excepcional e levou alguns dias até eu perceber que se tratava de um problema com um dos olhos. Parecia haver um pequeno tumor na pálpebra inferior, que estava prejudicando a minha visão. Passados cinco ou seis meses, o problema tinha se tornado alarmante e doloroso.
Como fui educado na Christian Science, eu sabia que esse problema podia ser curado por meio da oração. Mas, assustado com o crescimento do tumor e com a dificuldade de visão que ele acarretava, cheguei a pensar numa cirurgia. Decidi ligar primeiro para um praticista da Christian Science. Ele me falou de um trecho da Bíblia que muito me ajudou, citando as palavras de Cristo Jesus: "Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso" (Mateus 6:22). Entendi que, se quisesse pôr em prática a autoridade demonstrada por Jesus ao curar, eu não poderia oscilar menatlmente entre o método espiritual e o material. Resolvi, então, estudar com mais regularidade as Lições Bíblicas semanais, que se encontram no Livrete Trimestral da Christian Science; com essa disciplina, a minha determinação de confiar somente em Deus ficou bem fundamentada.
Continuei a confiar no tratamento espiritual, com alegria e expectativa de progresso, mesmo sendo importunado constantemente pelo problema. Algumas semanas mais tarde. entrei em contato com outro praticista da Christian Science. Ele me lembrou que "onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2 Coríntios 3:17). Percebendo o meu medo de que o tumor estivesse fora de controle e que fosse maligno, ele me ajudou a compreender que o ponto importante não era saber se o problema era grande ou pequeno, mas de saber se era real ou irreal. Pelo critério que Jesus usava. essa doença podia ser considerada irreal. Deixar de ver a mim mesmo como um ser material, era tarefa possível e realista, ainda que o processo fosse lento. A consciência disso me acalmou. Orei, usando "a exposição científica do ser" que a Sra. Eddy deu em Ciência e Saúde (ver p. 468). Ela começa assim: "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo." Orei para ver que eu não era uma forma de vida biológica, sujeita a alguma inteligência da matéria. Cada dia era como entrar num campo de batalha mental, no qual eu enfrentava o medo e me compenetrava de que este era um impostor e não fazia parte da minha identidade. Ao orar dessa maneira com assiduidade, ficou mais fácil eu perceber que a inteligência e o amor de Deus estavam presentes. A certa altura, o praticista me disse que Deus é a própria presença, não é apenas uma dádiva ocasional, presente só na hora da necessidade.
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