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Um passo em direção à ressurreição

Da edição de setembro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


O time de Rita estava perdendo o jogo de bola ao cesto. O técnico lhes havia dito para jogarem com mais garra, mas ela estava totalmente sem agilidade e esbarrava nas outras, onde quer que fosse. As outras jogadoras gritavam com ela, acusando-a de chocar-se de propósito. Ela se sentia uma idiota e o pior era que suas colegas de equipe estavam se revoltando contra ela. Por fim, não agüentou mais, foi para o banco e chorou.

Quando ouvimos essa história, na Escola Dominical, alguns dias mais tarde, todos nós a apoiamos. Falhar, por si só já é bastante ruim, mas fracassar em público é uma das piores coisas que pode acontecer a uma pessoa. Você se esforça ao máximo mas, por algum motivo, as coisas não dão certo. Você quer o respeito das pessoas, mas elas ficam desapontadas e criticam. De uma maneira ou de outra, a maioria de nós sabe o que significa ter vontade de ir para um canto e chorar.

O trecho da Bíblia que estávamos estudando, na aula daquela semana, falava sobre os discípulos que voltaram a pescar nos dias que se seguiram à crucificação e ressurreição de Jesus (ver João, capítulo 21). Eles não podiam estar satisfeitos consigo mesmos, pois não estavam cumprindo a promessa que haviam feito a Jesus. Eles deveriam continuar a obra dele mas, em vez disso, parece que estavam desistindo, pois resolveram ir pescar.

Acontece, porém, que depois de conhecer algo melhor, é impossível voltar atrás. Portanto, fica cada vez mais difícil continuar a ter dó de si mesmo e sentir-se culpado. Quando Jesus começou a ensinar, ele chamou os discípulos para uma nova vida. Nesse trecho bíblico de João, Jesus, como já tivera de fazer em outras ocasiões, convocou os discípulos a voltarem aos propósitos espirituais e a viverem em conformidade com esses propósitos.

O espírito de Verdade e de Amor contido no chamado de Jesus aos seus discípulos, é uma presença e uma influência perpétua. Esse Cristo, que nos impulsiona e transforma, conclama cada um a deixar de ter uma opinião limitada sobre si mesmo, seja como pessoa bem sucedida ou fracassada, e a compreender o que significa ser filho de Deus.

A fundadora desta revista, Mary Baker Eddy, escreve sobre esse despertar dos discípulos: "Por tudo quanto os discípulos experimentaram, tornaram-se mais espirituais e compreenderam melhor o que o Mestre havia ensinado. A ressurreição dele foi também a ressurreição deles. Ajudou-os a elevarem-se, como também aos outros, da apatia espiritual e da crença cega em Deus, até a percepção das possibilidades infinitas" (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 34).

A ressurreição de Jesus foi a prova suprema de que a vida é inseparável da Vida eterna, Deus, e revelou possibilidades infinitas. Junto com a promessa da vitória final sobre a morte, sua ressurreição também tem a ver com muitos outros aspectos de nossa vida. Cada vez que mudamos nossa maneira de pensar e deixamos de crer que somos bem sucedidos por mérito próprio, ou que estamos sujeitos a falhas, e aceitamos a verdade de que Deus nos criou e nos deu tudo o de que necessitamos para ter êxito num bom propósito, damos um passo em direção à ressurreição. Isso é muito mais do que simplesmente aceitar as decepções e desistir. Significa corresponder — como fizeram os discípulos — à verdade irresistível de que Deus é a fonte de toda capacidade, de toda inteligência, força, graça. Deus é a Vida que não pode falhar, e essa Vida perfeita é a nossa Vida.

Rita me contou mais tarde que, no jogo seguinte, ela compreendeu que suas colegas de equipe precisavam respeitar mais umas às outras. Ela deseja melhorar nesse ponto, procurando amar a todas as colegas e a si mesma, e está descobrindo que, para isso, precisa ver que todos são a expressão de Deus. Recentemente, o técnico lhe disse que também sua atuação havia realmente melhorado.


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