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Reflexões

A cura foi espontânea e natural

Da edição de outubro de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Um dia, quando eu era garoto, senti um mal-estar geral e uma forte dor de estômago. Uma Cientista Cristã, amiga da família, veio visitar-nos e conversou comigo. Ela morava num bairro afastado, à margem de um grande rio. Depois de explicar-me que eu, como filho de Deus, refletia amor, inteligência, bondade, perfeição e, portanto, refletia também saúde, conversou mais um pouco comigo, fez brincadeiras, rimos juntos e despediu-se. Logo depois que ela saiu a dor passou.

Nunca mais me esqueci dessa cura. Foi uma das várias que orientaram minha fé e estabeleceram, para mim, a confiança na supremacia do Espírito. Hoje compreendo que só Deus é Espírito, o único Espírito, infinito e eterno. Apenas recentemente, muitos anos depois, compreendi, com mais profundidade, como essa cura ocorreu.

A compreensão do que é realmente Deus traz a cura.

Com aquelas palavras e brincadeiras simples, a praticista havia me mostrado que a dor não fazia parte de mim nem estava dentro de mim. Com pureza infantil, eu havia aceitado essa noção sem titubear nem questionar. Com isso a dor perdera, em meu pensamento, toda aparência de poder, e eu me restabeleci.

Esse é um exemplo de como a cura mental científica pode ocorrer. A oração, na Christian Science, começa com Deus e Seus atributos eternos, infinitos, totalmente bons. Em seguida, reconhece que o homem reflete esses atributos divinos de modo completo e contínuo, pois foi criado por Deus justamente com essa finalidade. “...disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou”, diz a Bíblia, no livro do Gênesis (1:26, 27). Esse reconhecimento deixa claro no pensamento o fato espiritual de que a doença, o pecado e todo mal são destituídos de realidade, presença, poder, ou inteligência.

O mal ou a dor não fazem parte integrante de alguém e nem podem ser características de ninguém. O entendimento da verdadeira natureza do homem como idéia de Deus, como um ser espiritual, é fundamental para a cura cristã. Jesus Cristo tinha essa compreensão, e nos deu o exemplo de como utilizar o poder divino na cura. A Sra. Eddy explicou em Ciência e Saúde que “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (p. 476).

Quando uma pessoa diz ou pensa: “Estou doente”, ou “Fulano está com tal doença”, está, em realidade, atribuindo ao sofrimento um “território”. Quando dizemos ou pensamos: “Essa dor não quer me deixar!”, parece que a dor tem inteligência, vontade, ou capacidade de decisão. Essa atitude mental tende a perpetuar a sensação de doença ou dor.

Mas, existe um caminho, por meio da oração, que ajuda a livrar-nos da doença: o de elevar-nos mentalmente ao ponto de reconhecer e aceitar a realidade divina, uma realidade onde não existe conflito nem dor. O sentido espiritual, a compreensão do que é realmente Deus, traz a cura.

Quando Cristo Jesus viu um cego de nascença e se dispôs a curá-lo, os seus discípulos queriam identificar a cegueira com um pecado do próprio homem ou dos seus pais. Jesus não seguiu essa linha de raciocínio e declarou a inocência daquele homem e também a de seus pais. Jesus assim mostrou que esse indivíduo dependia apenas de Deus. Lemos no Evangelho de João que o Mestre afirmou: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (9:3).

O plano de Deus, ao criar o universo e o homem, não incluiu nada de desarmonioso. No Seu reino, que está presente agora mesmo, porque Deus é onipresente, não há espaço para o mal nem para a doença. O homem criado à imagem e semelhança de Deus vive continuamente no reino divino. Como Deus tem todo o poder, o mal e a doença são impotentes. A compreensão desses fatos espirituais produz a cura, como aconteceu comigo, com a espontaneidade e naturalidade com que uma criança assimila as idéias espirituais. A Sra. Eddy esclarece o assunto do seguinte modo em Ciência e Saúde: “A compreensão de sua individualidade espiritual torna o homem mais real, mais formidável na verdade, e o habilita a vencer o pecado, a moléstia e a morte” (p. 317).

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