Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Filhos — uma perspectiva que me ajudou

Da edição de outubro de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Meu marido e eu havíamos desejado nossos dois filhos e tínhamos ficado muito contentes quando eles nasceram. Em determinada época, porém, quando o menor estava começando a andar e o maior era só um pouco maior, eu enfrentava bastante dificuldade para manter o controle da situação. Enquanto vestia um, o outro voltava a entrar na água suja do banho, com roupa e tudo. Se sentasse para ler ou estudar, sempre um dos dois acordava e subia no meu colo, rasgando as páginas do livro ou rabiscando-as. Era só dar as costas por uns poucos minutos que uma gaveta era revirada, uma toalha era puxada, algum objeto perigoso era agarrado e atirado. Ir a um cinema, a um restaurante? Nem em sonhos!

Alguma coisa estava errada! Eu havia aprendido, ao estudar Ciência e Saúde, que nossa maneira de pensar influencia muito nossa qualidade de vida. Era hora de buscar pensamentos melhores, se eu quisesse resolver a situação. Comecei a repassar mentalmente aquilo que eu sabia ser verdade a respeito de Deus e de Sua criação. Ele já havia criado a todos os Seus filhos perfeitos e completos. “O ser possui suas qualidades antes que estas sejam percebidas humanamente”, diz a Sra. Eddy em Ciência e Saúde (p. 247). A perfeição de cada ser já está presente. Pela oração, isto é, reconhecendo que a criação de Deus já é completa e perfeita, eu sabia que poderia chegar a ver essas qualidades em meus filhos.

Pela oração, reconhecendo que a criação de Deus é completa e perfeita, podemos ver essas qualidades em nossos filhos.

Uma noite, na reunião de testemunhos da igreja filial da Christian Science que nossa família freqüenta, ouvindo os testemunhos de gratidão de outras pessoas, veio-me com mais força a compreensão de que Deus é o único Pai-Mãe de todos. Os relatos que eu ouvia demonstravam que Ele sempre havia cuidado de cada um de Seus filhos, em todos os momentos. Se Deus é o único Pai-Mãe, então, em última análise, eu era filha tanto quanto qualquer criança. Isso já tirou bastante peso das minhas costas.

Geralmente, associamos determinadas características ou atitudes à figura do pai ou da mãe, como por exemplo, o carinho, o cuidado para com as necessidades do outro, o ato de providenciar o sustento, o empenho de ensinar as coisas mais básicas bem como as mais importantes, o incentivo e consolo proporcionado nos momentos difíceis. Pois bem, essas atitudes têm sua origem em Deus, como Pai-Mãe; elas são a manifestação da maternidade e paternidade de nosso Criador. E como nós fomos criados à imagem e semelhança dEle, com o propósito de refleti-Lo, todos nós temos, por reflexo, essas características, independentemente de termos, ou não, crianças em casa.

Naquela noite reparei que o Primeiro Leitor, ao preparar e conduzir a reunião, expressava naquele exato momento qualidades maternais e paternais. A zeladora da igreja exercia essas mesmas qualidades ao cuidar com carinho do edifício. Como essas atitudes são simplesmente refletidas por nós, sua manifestação é espiritualmente natural. Jamais poderíamos ser prejudicados ou sofrer por refletir a Deus!

Depois da reunião, foi com o coração bem mais leve que fui buscar meus filhos no berçário da igreja. Ao ver os dois, percebi o óbvio: refletir a Deus não depende da idade. Eles também refletiam as características maternais e paternais do nosso Criador, e vi confirmada esta declaração de Ciência e Saúde: “Deus expressa no homem a idéia infinita que se desenvolve eternamente, que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, eleva-se cada vez mais.” (p. 258)

Continuei, nos dias seguintes, a pensar nessa nova perspectiva. De repente, comecei a compreender melhor os dois meninos. Como conseqüência, vinham-me naturalmente as idéias sobre o que dizer e que atitude tomar. Parecia que uma nova linha de comunicação havia se estabelecido entre nós e ela estava totalmente desobstruída. Eles continuaram sendo crianças ativas, curiosas, exigindo atenção e supervisão. Mas tudo com paz e naturalidade.

O comportamento mais tranqüilo e carinhoso dos meus filhos me trouxe alegria e alívio.

Comecei a ver que havia gestos de amor, como o mais velho pegando o menor pela mãozinha e ajudando-o a andar; o menor querendo pôr comida na minha boca, quando ele comia; os dois me abraçando, se me vissem triste. Percebi que, se eu ficasse atenta, na expectativa de ver o reflexo de Deus neles, não me sentiria apenas mãe (e sobrecarregada) mas poderia me sentir também filha amada. A consciência desse fato passou a trazer alegria e alívio às minhas atividades diárias.

Meus dois filhos agora já são adultos. Meu marido e eu relembramos com gratidão aqueles tempos, e continuamos tendo muitas oportunidades de dar e receber o amor maternal e paternal.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 2001

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.