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Meu verdadeiro aprendizado

Da edição de fevereiro de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu Passei A maior parte de minha vida adulta no ambiente universitário, primeiramente como aluna e depois, durante alguns anos, como professora. Durante esse tempo dediquei-me principalmente à matemática. O que descobri, porém, foi que as lições mais valiosas que aprendi não eram sobre matemática. Meu verdadeiro aprendizado foi espiritual. Eu aprendi que todos, colegas de classe, professores, alunos e eu mesma, somos filhos de Deus.

Essa compreensão não resolveu instantaneamente todos os problemas que surgiram na sala de aula mas, sem dúvida, me ajudou a valorizar a natureza espiritual de cada pessoa. Em alguns aspectos, eu acabei percebendo que o assunto que estávamos estudando era uma espécie de pano de fundo para um maior aprendizado sobre espiritualidade. Considerar meu trabalho a partir dessa perspectiva funcionava como um antídoto para o medo, para a falta de confiança em mim mesma, para a competição e para o orgulho. Um exemplo recente foi marcante para mim.

Há cerca de dois anos tive um aluno que questionava quase todas as explicações que eu dava em classe. Eu sentia uma certa implicância da parte dele e adotava uma posição defensiva em relação a esse aluno. Os outros alunos também não gostavam de suas interrupções. Durante algumas semanas eu simplesmente tolerei esse tipo de comportamento, mas então compreendi que não estava vivendo à altura de minha responsabilidade como professora. Toda a classe, inclusive a professora, mereciam um aprendizado pacífico e produtivo.

Volvi-me a Deus em busca de orientação. Enquanto orava, compreendi que precisava modificar meu conceito a respeito daquele aluno e admitir que ele também era um filho amado de Deus, que, como um Pai cuidava dele em todos os aspectos. Esse cuidado divino incluía o sentimento de satisfação durante as aulas. Ele não precisava interromper a aula.

Essa percepção eliminou a mordacidade de seus comentários. Compreendi que o confronto não era pessoal. Com efeito, passei a respeitá-lo, pelo seu desejo de aprender. Quando canalizada corretamente, essa é uma característica extremamente desejável num aluno de faculdade! A partir daí, modifiquei os pensamentos que eu costumava ter no percurso para a faculdade. Ao invés de ficar planejando como eu lidaria com esse aluno, comecei a afirmar que ele era digno de ser amado, por ser um filho de Deus. Qualidades como bondade, interesse, consideração e paciência eram inatas nele. Eu sabia que eu também expressava essas qualidades e não tinha de assumir uma atitude defensiva ou me sentir sob ataque.

Passei a ter mais calma e disso resultou uma mudança quase que imediata na classe. Suas perguntas adquiriram um tom muito mais respeitoso e eu consegui passar a valorizar as questões que ele trazia para a classe. As aulas voltaram a ficar divertidas!

Já não estou mais no ambiente universitário, mas minha instrução, meu aprendizado sobre a natureza verdadeira de cada pessoa, continua. Estou apenas usando um pano de fundo diferente.


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