Como sempre, no início do ano escolar, os professores comentavam sobre as novas turmas de alunos. “Minha classe é tão agitada!” “Este ano não dei sorte... tenho dois meninos chamados Rafael, na minha turma!” “Ah, este ano tenho um Leonardo, você sabe como são todos os Leonardos...” É sempre muito grande a sugestão de que crianças com um determinado nome apresentam um determinado tipo de comportamento. Por associação de idéias, não é raro os professores rotularem este ou aquele aluno, com base em experiências anteriores, agradáveis ou ruins.
Todos ficaram admirados por ser eu a única professora que não havia se queixado de sua classe. Com o passar das semanas, porém, acabei me convencendo de que não era possível que só a minha turma, na escola toda, não tivesse nenhum problema. E os problemas começaram a aparecer. Agressividade, ciúmes, apatia, parecia que eu estava perdendo o controle da classe e a cada dia eu me sentia mais incomodada.
As crianças estavam aprendendo a ler e, como primeiro texto, como ponto de partida para o processo de alfabetização, estávamos utilizando o nome de cada uma delas. O nosso nome é o que primeiro nos dá um senso de identidade. Na época de que nos fala a Bíblia, o nome da pessoa muitas vezes era dado, ou mudado, de acordo com as características dessa pessoa; ele era, realmente, a expressão de sua natureza, de sua identidade. Por isso, comecei a me perguntar: “Qual é o verdadeiro nome, a verdadeira identidade, destas crianças?”
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