Há aproximadamente nove anos, num domingo, estávamos voltando de carro de uma viagem, meu marido, minha filha, meu genro, minha neta e eu. Chovia muito e a estrada tinha muitas curvas. Num trecho de serra, surgiu de repente um caminhão em sentido contrário. Meu genro, que estava na direção, tentou inutilmente evitar o choque, saindo da estrada. A batida foi bem no lado onde eu estava. Nosso carro rodopiou vária vezes e parou em cima de uma rocha. Naquele momento, pensei: "Deus está presente." Perdi os sentidos por alguns segundos, mas logo voltei a mim. Havia mais quatro carros envolvidos no acidente.
Fomos todos levados de ambulância ao pronto-socorro mais próximo. Meus familiares não haviam ficado feridos, mas eu não conseguia mexer o braço esquerdo e cuspia sangue; também sentia muita dor. No pronto-socorro, mandaram que eu fosse a um hospital, mas eu pedi para ser levada para casa. Sou grata por todos terem aceitado minha decisão.
Em casa, telefonei imediatamente a uma praticista da Christian Science e pedi tratamento pela oração. Eu não conseguia falar direito e praticamente não pude lhe explicar a situação, mas ela me assegurou que oraria por mim e afirmou que minha vida não dependia de sangue e ossos, mas exclusivamente de Deus. Essas idéias eliminaram todo o medo que eu estava sentindo. Naquela semana toda, não pude deitar-me e só conseguia engolir líquidos, mesmo assim, com grande esforço. Passava o tempo todo recostada, lendo a Bíblia e Ciência e Saúde, sempre agradecendo a Deus, pois havia muito a agradecer: o carro não havia caído do penhasco; embora a gasolina tivesse se espalhado, não havia pegado fogo; e meus familiares haviam saído ilesos. Mas eu não estava melhorando, apesar do apoio constante que recebia da praticista.
No sábado, sentei-me ao lado de meu marido, que estava almoçando, e comecei a chorar, profundamente desanimada. Ele, para me distrair, ligou o rádio. Naquele instante, começaram a tocar uma música muito conhecida, que está incluída no Hinário da Ciência Cristã. Esse hino é bastante cantado em nossa igreja filial e a letra veio-me imediatamente à memória. Senti que ali havia uma mensagem angelical. Peguei o Hinário e li detidamente os versos. A primeira estrofe diz o seguinte:
Ó sonhador, desperta do teu sonho;
Ó tu cativo, te ergue, livre e são.
O Cristo rasga o denso véu do erro,
E vem abrir as portas da prisão.
Vem te elevar com asas de saúde,
Sustar a dor, o pranto enxugar;
Vem outra vez ao coração humilde,
Da ascensão, o rumo revelar (NQ 412).
Depois disso, continuei a chorar, não mais de dor, mas de gratidão e alegria: senti-me perfeitamente bem, era como se tivesse despertado de um sonho mau. Telefonei à praticista para lhe comunicar as boas novas e agradecer. No dia seguinte, domingo, fui à igreja, como de costume. Não houve mais nenhum resquício de dor ou mal-estar, depois disso. A cura se deu naquele instante e foi completa.
Sou imensamente grata a Deus pelo dom da Ciência do Cristo e por Mary Baker Eddy ter se empenhado tanto em deixá-la por escrito à humanidade. Também sou grata pela dedicação à Causa que os praticistas demonstram.
São Caetano do Sul, SP, Brasil
