Ao redor do Mar da Galiléia, ao norte de Israel, ainda hoje há pequenas vilas de pescadores. Nos Evangelhos, esse mar, que na realidade é um lago de água doce, recebe também os nomes de Mar de Tiberíades e Lago de Genesaré. Ao andar por aquelas margens, numa viagem à Terra Santa, lembrei-me de quantas coisas Jesus fez ali: curou pessoas, pregou sermões memoráveis, andou sobre as águas, acalmou tempestades. Foi ali que ele chamou seus primeiros alunos, escolheu-os entre os pescadores.
Entre os pensamentos que me vieram à mente, lembrei-me também de como Pedro ficou preocupado com o imposto que eles deviam pagar. Jesus lhe ordenou que fosse ao lago pescar, pois na boca do primeiro peixe que fisgasse, ele encontraria a moeda que cobriria a dívida fiscal. E assim foi. Pedro era pescador de profissão e o Mestre deu-lhe a solução. Não mandou que fosse negociar com ovelhas, nem ordenou que fosse colher algum produto do campo. Pediu-lhe apenas para fazer algo que Pedro sabia fazer bem, que era pescar.
O mesmo acontece com todos nós. A solução para os problemas da vida não está fora do nosso alcance, não requer que realizemos façanhas além de nossa capacidade. A solução está naquilo que, com certeza, podemos fazer. É isso que nos mostram os colaboradores deste mês. Vencer a depressão, encontrar um trabalho satisfatório, entender um contrato complicado, e até mesmo encontrar dinheiro na praia, numa hora de aperto, tudo isso foi conseguido com a compreensão das leis divinas que regem o universo criado por Deus. Para Marianne Malchow o passo inicial para a cura foi pegar um Arauto nas mãos e lê-lo. Para Solange Silveira foi necessário perseverar naquilo que ela sabia fazer bem, ou seja, orar.
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