“O que é que eu vou fazer da minha vida? O que é que vai acontecer comigo?” Quando era bem jovem, eu freqüentemente me fazia essas perguntas e outras semelhantes. Na verdade, eu não tinha idéia alguma do que desejava fazer pelo resto da vida. Só sabia que queria “ser feliz” e ganhar muito dinheiro. (Eu achava que o dinheiro me traria a felicidade.)
Na faculdade, eu era bastante ativo na Organização da Christian Science, e isso certamente trouxe benefícios para mim. Por meio das atividades da Organização e do estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde adquiri maior compreensão a respeito de Deus e do meu relacionamento com Ele. Eu sentia que estava fazendo a vontade de Deus e abençoando meus colegas. Porém, quando terminei a faculdade, ainda não sabia o que fazer ou que rumo seguir no futuro.
Comecei a trabalhar em uma área de atividade em que eu usava minha habilidade física e meu senso comercial. Eu até que gostava do trabalho, mas sentia que ainda faltava alguma coisa.
Por muitos anos orei a Deus em busca de orientação. Durante esse período meu conceito de objetivo se desenvolveu, na medida em que aumentou minha compreensão do amor que Deus tem por mim. Foi então que compreendi que minha verdadeira ocupação ou propósito na vida era refletir as qualidades de Deus, ou seja, qualidades boas, como honestidade, cordialidade, consideração, alegria, inteligência, disposição para ajudar, entre outras. Como Deus é bondade infinita, há uma infinidade de boas qualidades a serem expressas.
Deixei de fazer perguntas como: “O que é que eu vou fazer ou o que é que eu vou ser?” Passei então a perguntar: “O que é que Deus quer que eu faça?” e “Como posso servir a Deus e à Sua criação?”
O resultado dessa mudança de postura foi uma aventura empolgante. Tive a intuição de que deveria abandonar meu emprego de cortador de carnes para ser electricista. Eu não conseguia entender a razão disso, uma vez que tinha receio de eletricidade e não sabia nada a esse respeito. Contudo, fui obediente à minha intuição e candidatei-me para uma das poucas vagas que havia no programa de aprendizagem. Fui aceito e passei dois anos me preparando até que me senti impelido a abrir minha própria oficina de serviços.
O que pensei na época foi o que ainda penso: “Pai, o que posso fazer para servi-Lo?” Agora já faz oito anos que tenho esse negócio. Ao consertar ou substituir peças nos mais diversos objetos, sempre me apóio na Mente divina para ser guiado e orientado por ela. Na verdade, não encaro minha atividade meramente como a execução de trabalhos manuais, mas sim como um trabalho que abençoa. Ao consertar ou substituir peças, já tive algumas idéias que somente poderiam ter sido originadas na inteligência divina.
Entre as muitas bênçãos que tive nessa aventura, posso citar o grande volume de serviço que tenho e o relacionamento de amizade que criei com meus clientes, os quais prezam muito minha disposição de volver-me a Deus em busca de respostas.
