Em meados do ano passado eu estava muito insatisfeito no emprego: não gostava do ambiente, das decisões tomadas no trabalho, estava chateado comigo mesmo e procurando algo melhor. Comecei, então, a orar. Vi que não adiantava ficar reclamando, murmurando por um salário mais alto ou por melhores condições de trabalho. Nessa mesma época, uma amiga da minha esposa lhe perguntou o que eu fazia. Ela respondeu que eu trabalhava com vendas. A amiga disse à minha esposa que o marido trabalhava em uma empresa multinacional e estava procurando um gerente de vendas. Solicitou meu currículo e eu o enviei, visto que estava procurando outro emprego. Fui chamado e fiz várias entrevistas: com o departamento de Recursos Humanos, com uma professora de inglês, com os diretores e gerentes da empresa.
Em meio a essas entrevistas, busquei apoio espiritual e pedi a uma praticista da Christian Science que orasse comigo para que eu sentisse melhor o amor de Deus. Li um artigo e a idéia que mais me chamou a atenção foi a de que o lugar que você procura está a sua procura. O lugar que você necessita, necessita de você também.
Enquanto todo o processo estava se desenrolando, comecei a simpatizar com a nova empresa, com as pessoas que ali trabalhavam e com a proposta de emprego. Quando soube que havia sido aprovado, o passo seguinte foi pensar em como me desligar da empresa em que estava trabalhando. Então, pensei: "Há trabalho para todos e, se eu estou saindo de um local para trabalhar em outro, não posso prejudicar a ninguém". Lembrei-me também que em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy escreveu: "...o que abençoa um abençoa todos" (p. 206).
Num primeiro momento, houve certa resistência por parte do meu ex-empregador, quando pedi demissão. Ele me ofendeu e solicitei mais uma vez a ajuda da praticista. Começamos a ver a semelhança e a perfeição do filho de Deus expressas em todas as pessoas que me cercavam, inclusive no meu ex-chefe. Ele queria que eu ficasse três meses na empresa para preparar um substituto, mas meu futuro empregador não havia me dado tanto tempo assim. Continuei orando para vê-lo como o filho perfeito e amado de Deus. Ele saiu de férias e, quando voltou, tomou uma decisão justa e me deixou sair dentro de um prazo razoável e aceito pelo meu novo empregador. Fiquei satisfeito por não ter prejudicado a empresa. Contrataram uma pessoa que estava desempregada e que já havia sido gerente anteriormente lá mesmo. Tudo se adequou de forma muito harmoniosa e pude começar no emprego novo de forma tranqüila.
Nessa época, todas as pessoas diziam que não seria bom trocar o certo pelo duvidoso e que eu não deveria mudar de empresa naquele momento, pois minha esposa estava grávida e, se eu saísse da empresa, perderia o plano de saúde do qual dependíamos para que eu não arcasse sozinho com todos os custos da maternidade. Mas, até isso foi resolvido. Negociei para que o plano fosse mantido, pagando-o particularmente, sem onerar a família.
Fui fiel ao que Deus estava me mostrando. Senti que era o momento de dar um passo de progresso Orei com a frase: "Partindo de um ponto de vista mais alto, elevamo-nos..."
Fui fiel ao que Deus estava me mostrando. Senti que era o momento de dar um passo de progresso e, por isso, quis orar com alguma idéia relacionada ao termo "elevação", e uma frase de Ciência e Saúde me foi muito útil: "Partindo de um ponto de vista mais alto, elevamo-nos espontaneamente, assim como a luz emite luz sem esforço; pois 'onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração' " (p. 262). Resolvi seguir somente os ensinamentos e as palavras de Deus.
Já estou há alguns meses no novo emprego e me sinto bem adaptado. O ambiente de trabalho é altamente profissional e harmonioso e eu me sinto valorizado e útil. Como a empresa é multinacional, está investindo em mim, subsidiando um curso de inglês. Estou progredindo profissionalmente e era isso o que buscava. Mas o mais importante é que estou muito feliz.
Não fui promovido, recebo o mesmo salário e o cargo é o mesmo, mas, nessa nova empresa tenho possibilidade de crescimento a médio e longo prazo. Na empresa anterior já havia alcançado o nível máximo. Eu não estava interessado no dinheiro, mas sim em uma forma de poder expressar as minhas qualidades como filho de Deus. Afinal, como está escrito em Ciência e Saúde: "...o progresso é a lei de Deus, lei que exige de nós apenas aquilo que com certeza podemos cumprir" (p. 233).
