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Matéria de capa

Ser político para o bem do povo

Da edição de maio de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


Minha preocupação com o próximo não é recente. Sou de família religiosa. Freqüentei a igreja desde pequeno. Aos 18 anos, fazia parte de um grupo chamado Movimento Familiar Cristão. Discutíamos o que estava acontecendo com o mundo e como o evangelho se inseria nesse processo. Na faculdade, porém, estudei filosofia e marxismo e, por isso, comecei a viver numa dicotomia. Distanciei-me da igreja.

Naquela época, estávamos vivendo na ditadura militar. Em 1966, ingressei na Faculdade de Engenharia e tinha uma revolta muito grande pela inexistência de liberdade no nosso país e por reinar uma grande injustiça social. Imaginei que nós, estudantes, poderíamos derrubar a ditadura e implantar no país um regime mais justo. Eu não gostava dos partidos políticos da época (ARENA e MDB). Participei de diversos movimentos estudantis, mas a repressão desbaratou-os todos.

Na década de 1980, começou o processo de democratização no país e tive a esperança de que surgiria um capitalismo mais humano, com uma posição reformista. Decidi ingressar na vida política partidária em 1982. Como sou Engenheiro Civil, especializado na área de transportes, fazia política no exercício da profissão, ou seja, com qualificação, eficácia e justiça social. Iniciei no PDT (Partido Democrático Trabalhista) e posteriormente, optei pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).

Quando o ímpeto de mudar o mundo pela força arrefeceu, as questões fundamentais voltaram à tona: "De onde vim? O que faço? Para onde vou?" Interessei-me pela vida de Paulo e pela sua transformação de incrédulo perseguidor dos cristãos para aquele que mais trabalhou em prol do cristianismo. Estabeleci minha relação com Deus, de forma que eu iria trabalhar com afinco, dentro de parâmetros corretos. Levei alguns golpes e meu propósito foi abalado. Depois de passar por diversas religiões, acabei por conhecer uma pessoa da Christian Science, em 1995.

Fui Vice-Governador do estado do Rio de Janeiro, quando Marcelo Alencar era Governador, de 1995 a 1998. Entrei no processo político cheio de sonhos. Fizemos muitas modificações. Por exemplo, havia uma companhia de transporte coletivo que tinha por volta de 50 funcionários por ônibus. Conseguimos liquidá-la. O BANERJ estava sob intervenção do Banco Central, pois atuava no vermelho, o que é inadmissível, considerando a prática de juros bancários. O banco foi privatizado. Desestatizamos muitas empresas, que hoje são mais eficientes.

Essas experiências deram-me maturidade, mas, ao mesmo tempo, me fizeram refletir e ver como é fundamental a mudança de todos nós. Não é a troca de partido ou de pessoa que dá eficiência à gestão. E preciso fazer uma reforma profunda no estado para que se torne mais competitivo e para que a iniciativa privada assuma os riscos, sem ser acobertada pelo estado. É preciso reformar o ser humano. Sob o ponto de vista espiritual, a sociedade é boa, construtiva, honesta, trabalhadora, tem bons sentimentos, porque todos são a imagem e semelhança Deus. Isso deveria se refletir nas casas legislativas do Brasil e do mundo inteiro, não é isso que acontece. As pessoas de bem, e que tenham vocação para a política, precisam participar desse processo para isso, também é necessária uma reforma neste país, pois os custos de uma campanha são muito altos para nossa realidade. Se tivéssemos um sistema de lista fechada (indicação dos candidatos feita pelo partido ) e financiamento público de campanha, os partidos se fortaleceriam, novas pessoas poderiam ingressar no processo político e desvincular o parlamentar do financiador da campanha

O país tem avançado muito com relação à justiça dentro da política houve a cassação de senadores, deputados federais. Há uma lei de responsabilidade fiscal que pune severamente os governantes que não tenham as devidas preocupações com o erário público. Entretanto, o povo ainda carece de educação, saúde e segurança pública.

Há dois anos estou estudando a Christian Science sistematicamente. O que mais me chamou a atenção nessa Ciência foi o estímulo da razão para compreender que somos o reflexo do Espírito imortal, sadio, perene. O estudo de Ciência e saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, ajudou-me não só a compreender isso, mas também a praticar. A Christian Science proporciona a transformação pela compreensão e incita o estudante a agir para a evolução espiritual, reconhecendo que não está à mercê das vicissitudes da carne.

Aprendi que nem tudo o que é justo é legal e nem tudo o que é legal é justo, se levarmos em consideração a justiça dos homens. Mas, para que a sociedade seja transformada, precisamos de uma grande participação popular. Como político, preciso cuidar para que as leis sejam justas e cumpridas e minhas atuações, dentro e fora do parlamento, sejam um instrumento do processo de transformação da sociedade. O político nada mais é do que um pregador que influencia não só por palavras, mas também pela sua própria vida, que influencia não sõ por mas tembém pela sue própria vida, que deve ser embasada nos princípios fundamentais da verdade e do amor, sendo digno e honesto. Nas minhas orações, peço a Deus a capacidade e a possibilidade de fazer o que é preciso ser feito.

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