Minha preocupação com o próximo não é recente. Sou de família religiosa. Freqüentei a igreja desde pequeno. Aos 18 anos, fazia parte de um grupo chamado Movimento Familiar Cristão. Discutíamos o que estava acontecendo com o mundo e como o evangelho se inseria nesse processo. Na faculdade, porém, estudei filosofia e marxismo e, por isso, comecei a viver numa dicotomia. Distanciei-me da igreja.
Naquela época, estávamos vivendo na ditadura militar. Em 1966, ingressei na Faculdade de Engenharia e tinha uma revolta muito grande pela inexistência de liberdade no nosso país e por reinar uma grande injustiça social. Imaginei que nós, estudantes, poderíamos derrubar a ditadura e implantar no país um regime mais justo. Eu não gostava dos partidos políticos da época (ARENA e MDB). Participei de diversos movimentos estudantis, mas a repressão desbaratou-os todos.
Na década de 1980, começou o processo de democratização no país e tive a esperança de que surgiria um capitalismo mais humano, com uma posição reformista. Decidi ingressar na vida política partidária em 1982. Como sou Engenheiro Civil, especializado na área de transportes, fazia política no exercício da profissão, ou seja, com qualificação, eficácia e justiça social. Iniciei no PDT (Partido Democrático Trabalhista) e posteriormente, optei pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
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