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Matéria de capa

"Vai tudo bem"

Da edição de maio de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


LEIS E POLÍTICA

Hoje em dia, sempre há algo no jornal ou noticiário que aborde o tema da corrupção. Isso se dá em muitos países, tanto os desenvolvidos, como aqueles em desenvolvimento. É como uma epidemia, que, de início, se espalha silenciosamente por entre os níveis da sociedade, até finalmente chegar ao governo e se manifestar abertamente.

Sempre recorri à oração na Christian Science para resolver os problemas de meu dia-a-dia, por isso achei que não seria diferente orar para contribuir para a cura do problema da corrupção percebi que, assim como podemos nos proteger da doença, podemos nos proteger da corrupção, reconhecendo nossa relação, inseparável com Deus. Compreendi que, afirmar a supremacia do bem pode nos ajudar a expulsar a tentação e deixar evidente que o benefício aparentemente oferecido pela corrupção nada mais é do que ilusão, visto que seus motivos não são bons, por serem baseados na desonestidade. Ao orar dessa maneira podemos ajudar a anular suas aparentes conseqüências, tanto para nós como para os outros.

Há alguns anos, eu era encarregado de um escritório de vendas de ferramentas para indústrias metalúrgicas e o comprador de uma empresa importante para nós me deu a entender muito bem que uma fração do valor da compra dos produtos deveria reverter para o departamento de compras. Ficou claro que ele estava me pedindo uma propina. A venda era muito importante e esse cliente nos era essencial. A tentação era a de aceitar a proposta e seguir adiante como se nada tivesse acontecido. Que diferença poderia fazer mais um ato de corrupção?

Em tantos acontecimentos de nosso dia-a-dia vemos que o fim justifica os meios. Quando o objetivo é alcançado, ninguém se lembra dos meios utilizados ou então, alguém procura encontrar uma justificativa para eles. Então, por que não seguir adiante, de acordo com a maré?

Havia algo em minha consciência que me detia. Comentei o ocorrido com meus colegas de trabalho. Um deles, que também era estudante da Christian Science, me disse: "Se até hoje você nunca precisou pagar uma propina e sempre vendeu, por que teria de começar agora?" Essas palavras mudaram meu ponto de vista. "Se Deus cuidou de nós até agora, por que deixaria de fazê-lo?" Percebi que a corrupção é outra forma de dizer: "Deus não existe". Esse pensamento me manter firme no que acreditava e não tive de ceder a essa pressão. No final, tudo correu bem.

A corrupção é um mal onde quer que ocorra, mas quando se instala no governo de um país, de um município ou de qualquer entidade oficial, o efeito pode ser devastador. Provoca desigualdade, corrói a justiça, desequilibra o estado, reduz a um mínimo a eficácia da assistência social, desgasta os recursos e os desvia para setores propensos à corrupção, enriquecendo umas poucas pessoas e prejudicando os membros mais necessitados da sociedade. Os cargos públicos e as pessoas que os ocupam perdem a credibilidade. A descrença aumenta e põe fim à esperança.

A corrupção parece se deixar enganar pela falácia de que é encoberta com mais corrupção. Mas não somos obrigados a aceitar uma situação assim. Podemos e devemos expulsar a imposição e o efeito que possa ter sobre nós, insistindo, como diz um hino, que "vai tudo bem" (Hinário da Ciência Cristã, n° 350). Digamos com o salmista:" ...ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa ... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda" (Salmos 91:3, 10). Desse modo poderemos ajudar a recuperar a esperança do bem para todos. O bem é nosso.

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