Há alguns anos, eu era membro de uma delegação sindical no banco onde trabalhava. Havia falta de moeda corrente no país (na época, Zaire) e nossos salários não estavam sendo pagos de acordo com os termos dos contratos. Quando o banco recebeu uma grande quantia de dinheiro, destinada ao pagamento dos salários, houve uma reunião entre a gerência e a delegação sindical para que, juntos, pudéssemos decidir como alocar os fundos entre as diversas categorias de empregados, visto que o valor recebido não era suficiente para cobrir toda a folha de pagamentos. Decidimos a favor das categorias mais baixas, pois esses salários eram muito pequenos. Na manhã seguinte, a direção decidiu, unilateralmente, pagar os altos executivos, que ganhavam mais, prejudicando, assim, as categorias mais baixas. Essa injustiça não agradou ao sindicato. Ordenamos que os caixas não cumprissem as ordens da gerência até que tivéssemos chegado a um novo acordo. Então a direção decidiu demitir todos os caixas e, alguns dias depois, todos os membros da delegação sindical.
Nosso futuro parecia já estar decidido, pois a gerência do banco tinha a intenção de subornar os agentes do Ministério do Trabalho e da Previdência Social para que o nosso processo falhasse. Entretanto, firme em minha compreensão da supremacia da justiça divina, compreensão adquirida graças ao meu estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, fiquei calmo e compartilhei com meus colegas do sindicato o fato de que, ao nos unir ao sindicato, tínhamos aceitado a missão de servir aos outros sem esperar nada em troca. Então, essa era uma missão cheia de amor pelo próximo e o Amor, que é Deus, não poderia nos punir por termos concordado em ajudar o próximo. Além disso, não poderíamos sofrer por termos nos recusado a sancionar uma injustiça.
A experiência já tinha me mostrado que Deus é o verdadeiro empregador e que não cria a injustiça. Portanto, Ele não poderia favorecer alguns e prejudicar outros. Ele governava a situação toda e ninguém, nem a gerência do banco, nem o sindicato, poderiam estar fora de Seu amor. Pouco tempo depois, a Autoridade de Tutela, que supervisiona as questões da Previdência Social, notificou o banco de que deveríamos ser recontratados. Mas a gerência se recusou e recorreu da decisão.
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