A minha gravidez teve um desenvolvimento muito tranqüilo. Logo que descobri que estava grávida, li um artigo sobre gravidez e tive um vislumbre de que o bebê já era inteligente, por ser a expressão da Mente infinita, Deus, e a inteligência divina que ele refletia era o suficiente para o seu crescimento e para sua maturidade. Por isso, eu não precisaria me preocupar excessivamente com ele e com seu desenvolvimento.
Durante o pré-natal tive o acompanhamento de um médico que não insistiu para que eu tomasse remédios, e isso foi muito bom para mim, pois normalmente não faço uso de medicamentos por me tratar pela oração.
A gravidez transcorreu normalmente e o nascimento de meu filho, Luigi, foi muito tranqüilo. Entretanto, ele não sugava o meu leite. Na maternidade nos haviam assegurado que o fato de ele não ser amamentado não era problema, pois os bebês nascem com reserva alimentar e ele não deveria estar com fome. Eu respeitava isso. Mas, quando chegamos em casa, sempre que eu tentava amamentá-lo, ele dormia e depois chorava de fome. Meu seio estava cheio de leite. Eu tinha dor, ele, fome e não encontrávamos solução. O Luigi nasceu na época do Natal e como eu sou do Rio de Janeiro, minha família veio para minha casa em São Paulo. As opiniões eram das mais diversas. Meu marido e eu nos apoiamos muito na oração e nos mantivemos firmes para não vacilar nossa confiança e não nos deixar influenciar pelas opiniões com as quais não estávamos de acordo. A minha fé e a de meu marido não foram abaladas em razão da certeza de que estávamos fazendo a coisa correta.
Como estudo a Christian Science, estou acostumada a ver a harmonia em toda a criação de Deus. Por isso, não me era possível aceitar a idéia de que eu tinha leite e uma criança que não sabia mamar. Afinal, durante a gravidez inteira, eu sabia que o bebê era inteligente por ser o reflexo da Mente infinita, Deus. Então, como poderia ser que naquele momento ele não estivesse refletindo a sabedoria divina? Eu tive a certeza, então, de que ele estava preparado para sua primeira e muito importante função.
Inspirada pela oração, resolvi chamar uma auxiliar de enfermagem que havia me atendido na maternidade. Ela morava perto da minha casa e antes de ir ao trabalho, ela me atendia, tirando o leite do meu seio e colocando-o em copinhos, na geladeira. Quando o Luigi chorava, dávamos-lhe o leite no copinho ou pelo conta-gotas.
Um dos trechos em que eu pensava a todo momento era: "Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente" (Isaías 40:11). Essa frase "levará no seio" me fez sentir tranquila, pois eu sabia que Deus estava guiando aquela situação e que inclusive eu estava sendo guiada mansamente, visto que Deus estava com o bebê e comigo.
Mario e eu oramos firmemente durante uma semana. Percebi que estava me preocupando excessivamente com ele, porque estava em um emprego novo e a licença paternidade estava por acabar, sendo que a questão da amamentação ainda não estava resolvida. Eu me preocupava com ele e ele comigo. O versículo bíblico "as que amamentam, ele guiará mansamente" me fez perceber que poderia pensar no masculino "os que amamentam", pois o pai também tem sua parte de colaboração e apoio. Compreendi que Deus estava guiando o Mario mansamente, no trabalho ou em qualquer outro lugar. Precisávamos estar tranquilos para que a criança também se sentisse tranquila.
Certo dia, a auxiliar estava comigo em casa e colocou o Luigi para mamar no meu seio. Naquele momento, senti uma tranqüilidade enorme e me lembrei do trecho de um poema que está no hinário da Christian Science, que diz: "Mostra, Pastor, como andar sobre a escarpa além, Teu rebanho pastorear e cuidá-lo bem" (n° 304). Fechei os olhos, segurei o menino e a auxiliar o ajeitou para mim e eu me voltei a Deus. "Cuidá-lo bem"! Eu sabia que Deus tinha de mostrar o caminho para mim e para o menino.
De repente, o garoto sugou por alguns minutos. A auxiliar e minha cunhada que estavam perto, sentiram alívio e eu também. Desse dia em diante, a auxiliar não pôde mais ir à minha casa. Eu estava com medo de como seria a próxima vez. Mas, recebi o telefonema de uma amiga, que também estuda a Christian Science e perguntou como estavam as coisas. Eu lhe disse: "Bem, o Luigi mamou hoje, mas eu estava com a auxiliar". Minha amiga respondeu: "Você e ele já demonstraram que ele sabe mamar e que você pode amamentar, a auxiliar a ajudou hoje, mas ela não precisa estar sempre com você."
Ficou claro para mim que eu poderia amamentá-lo sozinha e continuei orando constantemente com este trecho do poema de Mary Baker Eddy: "Mostra, Pastor, como andar". Eu agora precisava me apoiar totalmente na oração e confiar em seus resultados.
Desde aquele dia, o Luigi mama muito bem e está crescendo forte e sadio. Meu marido voltou a trabalhar e eu fiquei tranqüila. Entretanto, um de meus mamilos ficou ferido. Liguei para uma enfermeira da Christian Science que me deu algumas instruções e logo houve a cura. Essas foram oportunidades para comprovar a eficácia da oração.
