A praia próxima do hotel onde me hospedara, no sul da Califórnia, estava deserta naquela manhã de início de semana. Eu tinha um curto intervalo de tempo, antes dos compromissos do dia, para me deliciar com a beleza do Pacífico e afundar meus pés na areia úmida, enquanto caminhava à beira mar. Quinze minutos depois, enquanto retornava, minhas pegadas já haviam sido apagadas e haviam desaparecido. Essa era a mensagem que eu precisava para aquele dia.
No meu trabalho como Praticista da Christian Science, oro regularmente com pessoas que lutam com as marcas de lembranças ruins e com o complexo de culpa. Freqüentemente, essas pessoas temem que nunca possam se livrar de tudo isso. Eu havia sido convidada para dar uma palestra para mulheres internadas em um centro de recuperação de drogados e alcoólatras e o faria mais tarde naquele dia; o tema era encontrar o perdão e um novo começo de vida. Algumas delas já haviam entrado e saído da prisão, diversas vezes, por crimes relacionados a hábitos de longa data. Aquela praia, sem marcas na areia, foi para mim uma promessa renovada de que nós mesmos não somos o poder que remove da consciência os indesejáveis padrões de pensamento e de comportamento. É o poder mais elevado, ou seja, o poder infinito de Deus, o bem, que age em nós. Tudo o que precisamos fazer é continuar caminhando junto ao mar, por assim dizer, próximos da verdade de que nenhuma forma de sofrimento pode resistir à ação sanadora do amor de Deus.
Para mim, tem sido um privilégio ver as pessoas deixarem para trás passados dolorosos e seguirem rumo a uma nova perspectiva sobre si mesmas, uma vida mais produtiva. Justamente no dia anterior, eu havia conversado com uma mulher que abandonara o alcoolismo e outros hábitos destrutivos, por meio de uma profunda confiança em Deus e de uma compreensão sobre a bondade original dela, como também da de outras pessoas, como a semelhança espiritual de Deus. Ela havia adquirido muita alegria a maior auto-estima. Quando lhe perguntei o que havia sido importante em sua cura, ela respondeu sem hesitar que o primeiro passo crucial foi ser honesta consigo mesma. Ela havia anteriormente resistido a enfrentar o medo e a obstinação que a levaram a beber. Mas, havia percebido que tinha de abandonar o estado de auto-engano em que se encontrava, de que o álcool lhe fazia bem.
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