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Matéria de capa

“A oração e o amor formam bons cidadãos...”

Da edição de março de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Poderia um problema trazer benefícios? Nem sempre esse é o caso, mas minha maneira de dar aulas hoje se deve ao que aprendi durante minha adolescência e juventude. Aos 12 anos sofria de bronquite e ia várias vezes ao hospital. Uma amiga de minha mãe nos convidou para ir à Igreja da Christian Science, porque o filho dela havia sido curado desse mesmo problema, pela oração. Comecei a freqüentar a Escola Dominical. Os anos passaram e eu tinha a impressão de que a situação só piorava. Aos 18 anos, tive de fazer uma intervenção cirúrgica e o sofrimento foi tão grande que não quis mais voltar ao hospital. Aos 19 anos passei por outra crise forte, mas decidi me apoiar somente na oração. Lembro-me de que foi uma noite muito difícil, pois eu mal conseguia respirar e praticamente não dormi. Pedi a uma praticista da Christian Science que orasse comigo e, no dia seguinte, já estava melhor. Fui ver a praticista e conversamos bastante. Melhorei e nunca mais precisei usar o remédio. Estudei o capítulo 13 de I Coríntios e o Evangelho de João, buscando entender mais sobre o amor de Deus. Aos 21 anos, percebi que a cura estava completa e nenhum sintoma de bronquite voltou a se manifestar nos mais de vinte anos transcorridos.

O amor que descobri e desenvolvi durante a adolescência serviu não apenas para me curar, mas me deu uma base espiritual para minha vida pessoal e profissional. Como professor, procuro ver a todos os meus alunos como idéias de Deus, mesmo aquele que é rotulado como ruim ou bagunceiro, sei que possui as qualidades de um filho amado de Deus. Assim, trabalho não apenas com dedicação, mas também com carinho e amor.

Comecei minha carreira de professor há 25 anos, na área de matemática da escola pública estadual e também no SESI (Serviço Social da Indústria). Ganhava muito pouco, mas eu fazia o trabalho com tanto amor que meu rendimento praticamente dobrou em 10 meses. Acredito que esse resultado foi pela oração e gratidão constantes que ocupavam meu pensamento. Pouco depois, fui dar aulas no curso de aprendizagem industrial da escola do SENAI (Serviço Nacional da Indústria) da Mercedes Benz. No momento, dou aulas para o curso de Aprendizagem Industrial e para o de Técnico em Mecânica de Produção Veicular. Alunos de 15 a 18 anos estudam conosco durante o dia e à noite vão ao curso regular de ensino médio, pois o reconhecimento do curso técnico do SENAI só acontece após a conclusão do ensino médio.

Quando estou dando aula, vejo que cada aluno tem a capacidade de aprender, procuro ter um bom relacionamento com todos eles e mostrar a necessidade do aprendizado da disciplina. Incentivo-os a que prestem atenção, pois o currículo é muito extenso. Mostro como é importante aprender durante a aula. Valorizo o ensino, dizendo que lhes trará idéias para desempenhar a profissão. Sinto bastante receptividade. Meu objetivo não é apenas de que eles aprendam a matéria. Quero formá-los, não apenas informá-los. No começo da minha carreira, eu simplesmente passava o conteúdo. Hoje, procuro orientar os alunos para que percebam a necessidade de não só “saber fazer”, mas sim de “saber ser”, o que os leva a um bom relacionamento interpessoal, no trabalho e na união do grupo para atingir os objetivos. Não é só aprender e aplicar as disciplinas. É preciso saber trabalhar em equipe dentro e fora do ambiente escolar, com pessoas de outras idades, de diferentes níveis sociais e profissionais.

Também costumo orar pelos meus alunos. Alguns trechos de Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, ajudam-me bastante: “O amor a Deus e ao homem é o verdadeiro incentivo, tanto para curar quanto para ensinar”; “Mantém-te firme na compreensão de que a Mente divina governa e de que na Ciência o homem reflete o governo de Deus" (pp. 454 e 393).

Eu vou orando com esses trechos da minha casa até a sala de aula. Gosto de pensar que é Deus quem transmite o conhecimento diretamente para os alunos. Como conseqüência dessa oração, ocorrem-me exemplos inesperados e respondo com mais facilidade às perguntas. Sinto que todo meu trabalho é fruto de oração, o que é uma grande alegria para mim.

Creio que para nós professores, o melhor é trabalhar com muita dedicação e amor, mesmo quando as condições parecem adversas. Aos alunos recomendo que estudem com dedicação e participem bastante dos grupos. Eles percebem como a oração faz a diferença. Meu próprio filho foi meu aluno no SENAI e seus amigos o admiravam por manter um pensamento elevado e espiritualizado. Para os pais, sugiro que orientem e conversem com os filhos. É muito importante lhes mostrar apreço e também lhes revelar o amor que Deus tem por eles e por todos nós.

Estou certo de que o Amor, Deus, não demora em nos colocar em um patamar mais elevado, pois isso aconteceu comigo.

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