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Preparado para o exame de seleção?

Da edição de março de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Ali estava eu sentada, achando tudo aquilo muito além da minha capacidade de compreensão. Esta era a primeira de uma bateria de entrevistas e testes para um seleto programa de treinamento. O problema era que eu não correspondia aos requisitos, pelo menos no papel.

Talvez você esteja curioso por saber como fui parar ali. A resposta é: pela oração — uma busca humilde e sincera da vontade de Deus para mim. Acredito no terno interesse de Deus pelo bem-estar de cada um de nós. Acredito também que Sua totalidade inclui um conhecimento íntimo da bondade e do valor de cada membro de Sua criação. O propósito amoroso de Deus para nós é delineado de maneira a satisfazer às nossas necessidades e a se adequar à nossa natureza.

"preeminentemente credenciado pela aprovação de Deus"

Por essa razão, obedeci a um forte impulso de me candidatar. Mas, seguir adiante, apenas influenciada pela oração, estava difícil. O que eu estava fazendo ali? Sentia-me insegura.

Uma auto-análise fazia-se necessária. O meu motivo era altruísta? Sim, pois eu desejava servir de forma a fazer um uso melhor de minhas qualidades e demonstrar minhas habilidades. Estaria disposta a deixar passar essa oportunidade, caso minha oração me levasse para uma direção diferente? Prontamente. Eu já havia vencido a luta contra o desejo por algo, quer esse algo parecesse certo ou não. Teria eu a coragem de seguir minha intuição espiritual, aonde quer que ela me levasse? Achava que sim.

Finalmente, restou uma única dúvida: embora Deus talvez tenha me guiado até esse ponto, os encarregados da seleção não haviam levado muito a sério o meu pedido de emprego. Eles o estavam julgando, primariamente, sob o ponto de vista dos requisitos legais relativos ao sexo, mas ficou claro que eles não esperavam ou desejavam que eu estivesse à altura das exigências do cargo. Eu não tinha diploma de curso superior, carecia de experiência especializada naquela área e todos os estagiários, durante toda a história do programa, tinham pertencido ao sexo masculino, com apenas uma exceção.

À medida que eu continuava espiritualmente atenta, veio-me ao pensamento uma frase: "preeminentemente credenciado pela aprovação de Deus". Então, compreendi de imediato. Ao invés de necessitar do endosso de qualquer outra pessoa, eu tinha a aprovação de Deus. Ele me ama tal como Ele me criou, tal como sou. O medo se dissipou por completo e, nos quatro meses seguintes, entrevistas foram marcadas pela camaradagem, pelo respeito e por uma afetuosa recepção cordial, cada vez maiores. Podia agora considerar a oportunidade de treinamento sem ansiedade ou desânimo e explicar, de forma honesta, que eu estaria interessada no programa somente se ele fosse bom e adequado para todos os envolvidos.

Essa foi uma mudança comovente — e um alívio — do sofrimento de precisar persuadir ou impressionar pessoas. Além do mais, essa atitude era inteiramente inovadora para os meus entrevistadores e acabou ganhando facilmente o respeito deles. Eles passaram a considerar o meu potencial sem os limites impostos pela tradição e comentaram que estavam surpresos diante do meu sucesso. A frase que me veio ao pensamento em oração: "preeminentemente credenciado pela aprovação de Deus", é uma maneira pela qual Mary Baker Eddy descreve Jesus em sua obra Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 42).

Perguntei-me se seria correto reivindicar para mim uma condição que pertencia a Jesus. Quando ponderei sobre a missão dele, todas as minhas dúvidas foram dirimidas. Como o Filho do Pai-Mãe, condição que tínhamos em comum, o próprio propósito de Jesus foi provar que a eterna bondade de Deus não era apenas dele, mas nossa. Suas palavras confirmam isso: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10); "Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em darvos o seu reino" (Lucas 12:32). Jesus demonstrou como Deus valoriza infinitamente todos os Seus filhos, sem exceção ou interrupção.

A compreensão de que eu era credenciada pela aprovação de Deus, mudou radicalmente meu índice de aprovação. O reconhecimento da nossa aprovação, outorgada por Deus, pode regenerar até mesmo os sistemas de avaliação humanos consagrados pelo tempo ou os mais sofisticados. Quando nos volvemos a Deus em busca de aprovação, obedecemos ao conselho da Bíblia: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2:15).

Voltando ao meu pedido de emprego, às vésperas da minha aprovação para participar do programa, um acontecimento inesperado em minha vida pessoal tornou necessária a minha desistência. Fiquei imaginando por que tive de passar por aquele processo difícil, somente para desistir no final. Um pouco mais de oração trouxe uma resposta clara: eu precisava da lição espiritual, não do emprego. O próximo cargo que ocupei — o de ajudar pessoas a ponderar sobre opções de carreira e suas estratégias — exigia uma compreensão profunda do infinito valor que temos aos olhos de Deus.

Qual é nosso índice de aprovação espiritual? Ele está fora de todos os gráficos, porque cada um de nós é imensuravelmente bom, indispensável e precioso para Deus.

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